PIB do Brasil, Orçamento, emprego nos EUA e feriados: o que acompanhar nesta semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após uma semana bastante positiva no mercado brasileiro, os investidores terão dias bastante agitados pela frente neste início de junho, apesar de dois feriados, um no Brasil e outro nos Estados Unidos nesta semana.

Nesta segunda-feira (31) será feriado de Memorial Day nos EUA, deixando as bolsas locais fechadas, o que, por sua vez, deve reduzir bastante o volume negociado na B3. Já na quinta-feira (3) será a vez da bolsa brasileira parar os trabalhos por conta do feriado de Corpus Christi.

Apesar dos negócios não funcionarem por aqui nesse dia, é importante o investidor ficar de olho no movimento dos ADRs das companhias brasileiras negociados em Wall Street, que costuma já dar uma sinalização sobre o que esperar da reabertura da bolsa no dia seguinte.

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No campo político, além do andamento da CPI da Pandemia, atenção especial para uma sessão do Congresso Nacional marcada para terça-feira (1) que pode resolver os impasses envolvendo o Orçamento de 2021.

A sessão deve analisar 18 vetos presidenciais e três projetos de lei, entre eles, o PLN 4/2020, que restabelece cerca de R$ 20 bilhões ao Orçamento deste ano para o pagamento de benefícios sociais.

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Destaque ainda para o PLN 5/2021, que abre crédito especial no valor de R$ 584,2 milhões para ações no âmbito dos ministérios do Desenvolvimento Regional, Defesa e Mulher, Família e Direitos Humanos, e também o PLN 6/2021, que abre crédito suplementar de R$ 1,09 bilhão para mais seis ministérios: Ciência, Tecnologia e Inovações; Economia, Meio Ambiente; Defesa; Desenvolvimento Regional e Mulher, Família e Direitos Humanos.

Agenda de indicadores

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do primeiro trimestre será o grande centro das atenções na agenda de indicadores. Previsto para terça às 9h, o resultado deve confirmar a tese de resiliência da economia brasileira, a despeito da redução dos estímulos fiscais e de novas restrições à mobilidade implementadas como resposta ao agravamento da pandemia, segundo os analistas do Bradesco.

No quarto trimestre de 2020, a economia brasileira mostrou crescimento de 3,2%, mas encerrou o ano com queda de 4,1%.

Já na quarta, as atenções no cenário doméstico se voltam para o dado de produção industrial de abril, que após a queda de 2,4% no mês anterior deve seguir cambaleante influenciada pelas restrições de mobilidade que ainda estavam vigentes.

No exterior, a semana já começa com alguns dados importantes de Índice de Gerente de Compras (PMI) de manufatura e composite na China na noite deste domingo (30). Nos próximos dias, sempre durante a noite, também saem mais alguns PMIs de indústria e serviços.

Já nos EUA, os focos serão os dados de emprego. Primeiro na quinta, com o Relatório Nacional de Emprego ADP de maio, que mostra a criação de vagas no setor privado do país. Projeções compiladas pela Refinitiv esperam um resultado de 680 mil vagas abertas, contra 742 mil no mês anterior.

Vale lembrar que o dado de abril frustrou o mercado, que esperava um número acima de 800 mil. Por conta disso esse indicador ganha ainda mais importância, conforme o Federal Reserve tem condicionado a retirada dos estímulos à melhora do mercado de trabalho.

No dia seguinte será a vez do tradicional relatório de emprego, conhecido como Payroll. Entre os principais números apresentados no documento, a taxa de desemprego deve recuar de 6,1% para 5,9%, segundo a Refinitiv.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.