PIB da China, IBC-Br e bateria de indicadores nos EUA: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Superando a marca dos 100 mil pontos na reta final do último pregão, o Ibovespa terminou a semana em tom positivo, apesar do clima global ainda ser de cautela diante do aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos e o risco de uma segunda onda.

No Brasil, o número de casos e de mortes causadas pela Covid-19 segue em alta, mas mesmo assim diversas regiões estão reabrindo os negócios. Em especial, São Paulo avançou mais um pouco em seu plano de retomada e irá reabrir parques e academias.

Na agenda de indicadores doméstica, conforme aumentam as apostas para o próximo Comitê de Política Monetária (Copom), na terça-feira (14) sai o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio, conhecido também como a prévia do PIB nacional.

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Há a expectativa de que o dado reflita o desempenho acima do previsto da produção industrial e vendas no varejo do mês passado, que levaram o mercado de juros a reduzir as apostas em um corte adicional da Selic.

Por outro lado, nesta sexta, o IPCA abaixo do previsto levou o mercado a elevar novamente as apostas em novo alívio monetário. Por conta disso, ganham destaques outros números de inflação da próxima semana, como IGP-10 de julho e novas prévias do IPC-Fipe, IPC-S e IGP-M.

No campo político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que, se o Senado não retomar o debate sobre a reforma tributária por meio da comissão mista temporária criada no início do ano, os deputados voltarão a discutir a proposta a partir da próxima terça-feira.

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Neste debate, Maia já pediu para que o governo envie sua proposta de reforma e também destacou que uma volta da CPMF não tem apoio no Congresso.

Além disso, foi adiada para a próxima semana a votação da MP que altera as regras trabalhistas durante o período da pandemia de Covid-19 para evitar demissões.

Agenda externa

No exterior, enquanto segue o acompanhamento de perto dos casos de novo coronavírus, na agenda de indicadores a semana será mais agitada.

Em destaque, na quarta-feira (15), a China divulga o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que ainda deve ser pressionado pela pandemia, mas pode indicar boa recuperação da segunda maior economia do mundo. No mesmo dia saem os dados da indústria local e do varejo.

Nos Estados Unidos, a semana tem bateria importante para continuar a melhorar as projeções de recuperação americana. Na terça sai o CPI, enquanto no dia seguinte é a vez do Empire Manufacturing e produção industrial, seguido ainda pelas vendas no varejo.

Na quarta também será divulgado o Livro Bege, com as avaliações dos dirigentes do Federal Reserve sobre a economia dos EUA. Além disso, James Bullard (Fed e St. Louis) e John Williams (Nova York) fazem discursos na semana.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) se reúne na quinta e deve manter taxas estáveis, enquanto o Banco Central do Japão divulga sua decisão monetária entre os dias 14 e 15.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.