PF deflagra 14ª operação contra garimpo ilegal na Terra Yanomami desde o início do governo Lula

Operações anteriores levaram à apreensão de R$ 589 milhões em bens e recursos e a mais de 200 prisões

Reuters

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A Polícia Federal deflagrou nesta semana a primeira operação do ano para combater o garimpo legal e outros crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami. É a 14ª operação desde o inicio do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o cargo decidido a ampliar os esforços para combater a criminalidade na região.

As 13 operações anteriores na área Yanomami levaram à apreensão de R$ 589 milhões em bens e recursos e a mais de 200 prisões (179 prisões flagrante, 20 preventivas e 4 temporárias), segundo dados do diretor de Amazônia e Meio Ambiente da PF, Humberto Freire.

A nova operação da PF na maior reserva indígena do país, que enfrenta grave crise humanitária, ocorre após o governo Lula ter lançado um plano com R$ 1,2 bilhão em investimento para enfrentar o problema em Roraima, na fronteira com a Venezuela.

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Comunicado do órgão diz que a ação conta com o apoio das Forças Armadas e é resultado do cumprimento de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a intensificação de ações de combate a crimes praticados dentro de territórios indígenas.

Imagens repassadas pela PF de Roraima mostram a apreensão de armas, munições, coletes, radiotransmissores e outros equipamentos usados na atividade criminosa.

Em entrevista à Reuters na semana passada, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que todo o peso do Estado precisa estar presente no Território Indígena Yanomami para expulsar definitivamente os garimpeiros ilegais, ressaltando que apenas a presença da corporação na localidade não é suficiente.

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Do tamanho de Portugal, o Território Yanomami tem sido invadido por garimpeiros há décadas, mas as incursões mais destrutivas se multiplicaram nos últimos anos, especialmente depois que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) desmantelou os esforços de proteção ambiental.

A mineração ilegal e o desmatamento exacerbaram uma crise humanitária no território, marcada por desnutrição e doenças como malária em indígenas, além de abusos sexuais. Os rios foram poluídos e os peixes envenenados pelo mercúrio utilizado pelos garimpeiros, enquanto a fauna de que os yanomami dependem desapareceu.