Petz (PETZ3): “Nosso navio está muito bem, mas o tempo lá fora é de tempestade”, diz CEO, sobre cenário econômico

Executivo diz que momento não é propício a fazer movimentos em busca de maior competitividade; foco é no equilíbrio

Camille Bocanegra

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Em teleconferência para comentar os resultados do 3º trimestre, o CEO da Petz (PETZ3), Sergio Zimerman, pontuou as dificuldades do cenário econômico e os impactos da situação para o setor varejista, especialmente o voltado ao seu segmento de atuação. “Vamos aceitar que o mercado arrefeceu e controlar as variáveis que conseguimos controlar”, disse, nesta sexta-feira (10).

“Nosso navio está muito bem, mas o tempo lá fora é de tempestade”, afirmou, no encontro com os analistas, nesta sexta-feira (10), para comentar os resultados do 3º trimestre, quando a empresa reportou queda de 52% do lucro ajustado, para R$ 14,7 milhões. Por volta das 17h10, as ações da companhia oscilavam entre perdas e ganhos, na faixa de R$ 3,85.

Nesse sentido, segundo Zimerman, o quarto trimestre deste ano deve seguir, mesmo, com o mercado arrefecido, enquanto descarta ser possível trabalhar com a perspectiva de melhoria para 2024.

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“Problema zero, quando estamos pensando em longo prazo”, minimizou, reforçando, inclusive, que a empresa não deverá fazer grandes esforços para avançar sobre a concorrência.

Petz quer proteger caixa

Segundo ele, a companhia saberá proteger caixa, cuidando dos recursos, antes da realização de investimentos. “É momento de não fazer qualquer coisa pela competitividade”, disse. “Estamos interessados no equilíbrio”, acrescentou, em relação aos concorrentes.

“Eles vão ganhar espaço, vão ganhar share e está tudo bem para nós. A gente não precisa evitar o crescimento de concorrência; nós estamos muito bem resolvidos em relação aos nossos clientes”, afirmou.

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“Agora não é um bom momento para que a gente queime combustível, com resultados pouco interessantes”, justificou.

A expectativa era de um terceiro trimestre com margens “sacrificadas”, mas com um crescimento mais expressivo, o que não ocorreu, de acordo com o CEO.

“Em épocas de normalidade, a gente troca margem por crescimento, mas essa não é a realidade agora”, explicou.

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Físico versus online

O CEO comentou que o mercado está bastante arrefecido no mundo físico, mas muito mais aquecido no mercado online.

“A gente está bastante confortável em relação ao que passou, muito consciente do ruído de curto prazo e muito confiante em relação ao futuro”, resume.

“Estamos muito bem no online, com uma rede física, com mini hubs de distribuição”, comentou o CEO, reforçando ser esta a garantia de crescimento no médio e longo prazos da companhia.

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Zimerman destaca que a companhia apresenta crescimento em patamares saudáveis e conta com plataforma em melhoria contínua.

O foco, de acordo com o executivo, é estreitar o gap de rentabilidade entre o online para o físico, para que os resultados se tornem parecidos.