Petz (PETZ3): ações fecham em alta de mais de 4% após Cade aprovar fusão com Cobasi

A Petz afirmou em fato relevante que o Acordo envolve a venda de 26 lojas no estado de São Paulo

Agências de notícias

Cade (Foto: Divulgação)
Cade (Foto: Divulgação)

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As ações da Petz (PETZ3) aceleraram os ganhos na volta das negociações durante a tarde na B3 nesta quarta-feira (10), em meio à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão com a Cobasi, com restrições.

Os ativos PETZ3 fecharam com ganhos de 4,32%, a R$ 4,35; na máxima do dia, os papéis subiram 7,19%, a R$ 4,47.

Às 13h30, as ações da Petz exibiam alta de 2,4% antes de terem negociação suspensa pela B3 por conta da iminência da divulgação do fato relevante da companhia sobre a decisão do Cade.  

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A operação da fusão entre as empresas, que formará a maior rede de lojas de produtos e serviços para animais de estimação do Brasil e uma das maiores da América Latina, tem como condicionante o cumprimento de condicionantes que incluem venda de algumas lojas.

A Petz afirmou em fato relevante ao mercado após a aprovação do negócio anunciado no ano passado que o Acordo em Controle de Concentração (ACC) acertado com a autoridade de defesa da concorrência envolve a venda de 26 lojas no estado de São Paulo. Segundo a empresa, essas lojas representaram 3,3% do faturamento da companhia combinada nos últimos 12 meses.

“Se vai dar certo ou não é o que vamos medir e monitorar”, disse o presidente do Cade, Gustavo Augusto Freitas de Lima, sobre o ACC antes de proclamar a decisão que liberou a criação de um grupo que tem hoje mais de 480 lojas no Brasil em cerca de 20 estados.

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A rival Petlove defendia que a criação de uma empresa “30 vezes maior que o terceiro colocado” no setor “compromete o mercado” de produtos para animais de estimação.

A Petlove, que tem atuação concentrada no mercado online, mas tem lojas físicas nas regiões Sudeste e Sul, fez petição na véspera ao Cade afirmando que uma proposta de venda “de até 28 lojas” seria um remédio “claramente inefetivo” e um “grave prejuízo à concorrência e ao consumidor”.

Mas na avaliação do presidente do Cade, o que dá conforto na aprovação do negócio é “a terceira interessada (Petlove) dizer que quer comprar (as lojas a serem vendidas) e há pelo menos mais uma empresa que manifestou interesse inicial” nelas.

“Tem ainda um pacote comportamental duro, são remédios que se destacam”, disse o presidente do Cade, sem dar detalhes.

A Petz afirmou no fato relevante que além da venda das 26 lojas, o ACC prevê “compromissos comportamentais”, mas também não deu detalhes.

Para a conselheira Camila Cabral Pires Alves o caso foi o mais difícil para avaliação pelo Cade nos últimos dois anos e também o mais difícil no varejo já trabalhado pela autarquia.

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Segundo Alves, mesmo com os remédios aprovados, “vamos continuar tendo uma quantidade relevante de mercados com problemas”.

Por sua vez, o conselheiro Carlos Jacques Vieira Gomes cobrou que o acordo acertado pelas empresas com o Cade tenha regras claras e isonômicas para a venda das lojas “caso apareça mais de um comprador”.

O relator do caso, conselheiro José Levi Mello do Amaral afirmou em seu voto que o ACC acertado “parece bom, porque garante uma situação concorrencial melhor” que a atual.

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(com Reuters)