Petróleo tem reviravolta e cai mais de 3% com temor sobre aperto monetário dos EUA ofuscando noticiário positivo

Dados fortes da economia americana reacenderam temores sobre juros mais altos nos EUA e levaram à baixa da commodity

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Os preços do petróleo tiveram uma reviravolta e registraram queda na sessão desta segunda-feira (5), com o noticiário da manhã sobre as decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e de reabertura da China sendo ofuscado pelo noticiário dos EUA.

O mercado de commodity seguiu o de ações dos EUA, que registram queda, depois que os dados do setor de serviços dos EUA levantaram preocupações de que o Federal Reserve possa continuar sua política agressiva de aperto monetário, suscitando novamente temores de recessão, com impactos na demanda.

O contrato futuro do brent para fevereiro de 2023 caiu 3,38%, a US$ 82,68 por barril, na ICE, enquanto o WTI para janeiro recuou 3,81%, a US$ 76,93 por barril, na Nymex. Mais cedo, a commodity registrava ganhos de cerca de 2%.

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A atividade da indústria de serviços dos EUA se recuperou inesperadamente em novembro, seguindo os dados de recuperação do emprego oferecendo mais evidências do ímpeto da economia.

A notícia fez com que os mercados de petróleo e de ações reduzissem os ganhos.

Os dados desafiam a esperança de que o Fed possa desacelerar o ritmo e a intensidade de seus aumentos de juros em meio aos recentes sinais de retração da inflação.

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“O nervosismo macroeconômico sobre o Fed e o que eles farão com as taxas de juros estão tomando conta do mercado”, disse à Reuters Phil Flynn, analista do grupo Price Futures.

Dando suporte ao mercado anteriormente, a Opep+ concordou no domingo em manter seu plano de outubro de reduzir a produção em 2 milhões de barris por dia (bpd) de novembro a 2023.

“A decisão … não é uma surpresa, dada a incerteza no mercado sobre o impacto da proibição de importação de petróleo bruto da Rússia pela União Europeia em 5 de dezembro e o limite de preços do G7”, disse Ann-Louise Hittle, vice-presidente de consultoria Wood Mackenzie. “Além disso, o grupo de produtores enfrenta riscos negativos devido ao potencial de enfraquecimento do crescimento econômico global e à política de Covid-zero da China”, complementa.

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Os países do Grupo dos Sete (G7) e a Austrália concordaram na semana passada com um teto de preço de US$ 60 por barril para o petróleo russo transoceânico.

Ao mesmo tempo, em um sinal positivo para a demanda por combustível no maior importador de petróleo do mundo, mais cidades chinesas reduziram as restrições do COVID no fim de semana.

A atividade empresarial e manufatureira na China, a segunda maior economia do mundo, foi atingida este ano por medidas estritas para conter a propagação do coronavírus.

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(com Reuters)