Petróleo pode chegar a US$ 380 o barril em cenário extremo se Rússia cortar produção, diz JPMorgan

Medida poderia ser avaliada pelos russos como retaliação a medidas estudadas pelo G7 contra o país

Equipe InfoMoney

Instalações de petróleo da Aramco (divulgação)

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Os preços do petróleo Brent podem subir para “estratosféricos” US$ 380 o barril no “cenário mais extremo” da Rússia reduzira produção de petróleo em 5 milhões de barris por dia (bpd) em retaliação a um teto de preço considerado pelo Grupo dos Sete, destacaram os analistas do JPMorgan.  Na sexta-feira (1), o brent fechou na casa dos US$ 111 o barril – ou seja, o avanço seria da ordem de 242%.

Na semana passada, o Grupo das Sete potências econômicas (G7) concordou em analisar impor uma proibição ao transporte de petróleo russo vendido acima de um determinado preço.

Este teto seria uma forma de evitar que Moscou lucre com a invasão da Ucrânia, que elevou drasticamente os preços da energia, abrandando os esforços ocidentais para reduzir as importações de petróleo e gás russos.

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“Um teto de preço de US$ 50-60 por barril provavelmente serviria aos objetivos do G7 de reduzir as receitas do petróleo para a Rússia, garantindo que os barris continuem a fluir”, disse o banco.

Contudo, apontam os especialistas do banco, “o risco mais óbvio e provável” é a Rússia retaliar reduzindo as exportações de petróleo, disseram, acrescentando que Moscou pode cortar a produção em até 5 milhões de barris por dia (bpd) “sem prejudicar excessivamente seu interesse econômico”.

E complementam: “é provável que o governo possa retaliar cortando a produção como forma de afetar o Ocidente. O aperto do mercado global de petróleo está do lado da Rússia”.

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“Dado o alto nível de estresse no mercado de petróleo, um corte de 3 milhões de bpd poderia fazer com que o preço global do Brent saltasse para US$ 190/bbl, enquanto no pior cenário, um corte de 5 milhões de bpd poderia levar o preço do petróleo a estratosféricos US$ 380/bbl”, disse J.P. Morgan.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse na semana passada que as tentativas de limitar o preço do petróleo russo podem levar a um desequilíbrio no mercado e elevar os preços.

O JPMorgan também viu cenários alternativos onde a China e a Índia não cooperam com o G7 no teto de preços, ou aquele em que a Rússia redireciona totalmente as exportações do oeste para o leste, mas perde o poder de precificação.

(com Reuters)

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