Petróleo a US$ 300 `não é impossível’, diz gerente de fundo

"Paradoxalmente, esses temores em relação ao pico da demanda podem provocar o maior choque de oferta da história“, escreveu  Pierre Andurand

Bloomberg

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(Bloomberg) — Pierre Andurand, um dos gerentes de fundo de hedge mais proeminentes do setor de petróleo, disse que devido à atual relutância das empresas de energia em investir em produção nova, “não é impossível” que o barril chegue a US$ 300 em alguns anos.

Andurand, que muitas vezes adotou posições otimistas, disse em uma série de tweets no domingo que a preocupação com o impacto dos veículos elétricos na demanda futura estava limitando o investimento em projetos com prazos de entrega longos.

“Então, paradoxalmente, esses temores em relação ao pico da demanda podem provocar o maior choque de oferta da história”, escreveu. “Se os preços do petróleo não subirem rápido o bastante, não é impossível que o petróleo chegue a US$ 300 em alguns anos.”

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O gestor de fundo de hedge, que administra a Andurand Capital Management, focada no petróleo, também se mostrou contrário à visão convencional de que um barril de petróleo com preço de três dígitos prejudicaria o crescimento da demanda.

“Não, o petróleo a US$ 100 não matará a economia”, escreveu. “E precisamos do petróleo a mais de US$ 100 para incentivar investimentos suficientes fora dos EUA.”

Um porta-voz da Andurand preferiu não comentar os tweets, que posteriormente foram removidos da conta de Andurand no Twitter.

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Os comentários dele a respeito da demanda fazem coro aos do ministro do Petróleo saudita, Khalid Al-Falih, que sugeriu no início do mês que os preços poderiam subir ainda mais em relação ao nível atual, com o barril próximo de US$ 75, sem causar danos econômicos.

“Vimos preços significativamente mais altos no passado, o dobro do nível atual”, e a economia global tem capacidade para absorver um petróleo bruto mais caro, disse Al-Falih. Em 2008, o barril de petróleo Brent chegou a quase US$ 150 e depois despencou.

Ministro saudita

Andurand foi um dos principais gerentes de fundos de hedge de commodities que se reuniram com Al-Falih em julho, em Londres, para discutir o estado do mercado de petróleo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros planejam manter, neste ano, os cortes de produção que ajudaram a elevar os preços do petróleo.

A Andurand registrou queda de quase 10 por cento nos dois primeiros meses do ano, quando seu fundo tropeçou diante das oscilações dos preços da energia, segundo pessoas informadas sobre o assunto. O fundo ganhou dinheiro em março, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada discutindo informações privadas.

O fundo de hedge lançado por Andurand em 2013 tem tido desempenho positivo todos os anos desde então. 

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