Petroleiras sofrem para aumentar sua produção

Maioria dos balanços do terceiro trimestre divulgados nos últimos dias por grandes empresas superou as expectativas dos analistas

Reuters

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LONDRES/HOUSTON – As maiores companhias de petróleo e gás no mundo estão sofrendo para melhorar a sua produção e não conseguem capturar o valor das altas cotações do petróleo, enquanto os fracos preços do gás nos Estados Unidos também pressionam os resultados.

A maioria dos balanços do terceiro trimestre divulgados nos últimos dias por empresas como a Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, entre outros importantes atores internacionais, superou as expectativas graças a escassez de combustíveis e outros produtos que aumentou a diferença entre os preços dos derivados e do petróleo bruto, elevando as margens no refino.

Mas os lucros operacionais foram menores devido a problemas de manutenção e atrasos em novos campos de produção de óleo e gás –produtos que proporcionam rentabilidade a longo prazo.

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Com os “melhores” ativos de petróleo e gás atualmente nas mãos das petrolíferas do Oriente Médio, o setor privado está gastando mais e mais em águas profundas e ambientes adversos, como o Ártico, com petróleo e gás natural mais difíceis de extrair e projetos dispendiosos em GNL (Gás Natural Liquefeito).

“As grandes petrolíferas estão gastando muito para estender a duração de seus campos, em projetos de GNL e areias betuminosas e na exploração mais agressiva em águas profundas”, disseram Brandon Robert e Kessler Mei, analistas da Tudor Pickering Holt & Co, uma nota divulgada antes dos resultados da temporada.

“Eles ainda têm que convencer o mercado de que esses investimentos vão revigorar o crescimento, mas quem diz que devemos nos convencer?”, acrescentaram.

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A produção de petróleo e gás da empresa número um do setor, a Exxon, caiu 7,5% no trimestre, bem abaixo das expectativas.