Petrobras, Vale e mais 8 notícias agitam o radar desta quarta-feira

A Petrobras teve seu perfil de crédito "stand alone" (perfil individual da companhia) cortado de "BBB-" para "BB" pela agência de risco Standard & Poor's na noite de ontem

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quarta-feira inicia com o noticiário corporativo bastante agitado. A Petrobras (PETR3; PETR4) teve seu perfil de crédito “stand alone” (perfil individual da companhia) cortado de “BBB-” para “BB” pela agência de risco Standard & Poor’s. Segundo a agência, o rating de crédito corporativo foi reiterado em “BBB-“, enquanto a perspectiva permaneceu estável. De acordo com o S&P, os escândalos de corrupção que a estatal está envolvida podem enfraquecer a flexibilidade financeira da companhia. 

Ainda sobre a Petrobras, o governo estuda reduzir a exigência de conteúdo nacional nas compras da Petrobras e rever a legislação do pré-sal para aliviar a situação alarmante da estatal, mas a presidente Dilma Rousseff descarta por enquanto trocar a diretoria da estatal, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto. As duas medidas em análise reduziriam os custos e as necessidades de investimentos da estatal, mas são de complexa implementação e não resolveriam os problemas de curto prazo da companhia, no epicentro de investigação sobre suposto esquema bilionário de corrupção em obras, com envolvimento de funcionários e ex-empregados, empreiteiras e políticos.

Além disso, o Ministério Público do Rio de Janeiro informou ontem que entrou com uma ação civil pública contra a Petrobras e a construtora Andrade Gutierrez por suspeita de superfaturamento em contratos da estatal. O MP-RJ pediu ainda a indisponibilidade dos bens e quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente da petrolífera José Sérgio Gabrielli (entre 2005 e 2012) e do ex-diretor da companhia Renato Duque (2003 a 2012), além de outras seis pessoas. 

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Vale
A Vale (VALE3; VALE5) quer levantar R$ 2 bilhões com venda de 15 supernavios cargueiros de sua propriedade em meio à queda do preço do minério de ferro, informou a Folha de S. Paulo. Para Murilo Ferreira, presidente da mineradora, o cenário internacional é “muito preocupante” com a freada do crescimento da China – que não deve ficar em torno de 7% neste ano -, estagnação na Europa e recessão no Japão. 

PDG
A PDG Realty (PDGR3) tem capacidade de lançar R$ 2 bilhões no próximo ano, patamar de VGV (Valor Geral de Vendas) semelhante ao registrado em 2013, mas o volume dependerá ainda das condições de mercado, disse ontem o diretor de relações com investidores da incorporadora, Rafael Espírito Santo. Neste ano, os lançamentos da companhia vão somar R$ 1,4 bilhão.

Banco do Brasil
A Lazard Asset Management Securities informou que reduziu participação no capital social do Banco do Brasil (BBAS3), passando para 5,03% do total das ações ordinárias, que representam 144.004.294 papéis. A Lazard comunicou ainda que a movimentação apresentada é estritamente de investimento, não objetivando alterar a composição do controle ou da estrutura administrativa do banco, e que não firmou qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia.

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GP Investments
A GP Investments (GPIV33) informou que os fundos Third Avenue reduziram participação em seu capital social, passando a deter participação de 5,14% nos papéis preferenciais. 

Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco (ITUB4) pode avaliar a Banamex se estiver à venda, disse Roberto Setubal, presidente do banco, em apresentação a investidores em São Paulo ontem.

OSX
A aprovação do plano de recuperação judicial da OSX (OSXB3) pode ser adiada pela segunda vez, informou ontem o Wall Street Journal. A votação estava programada para quarta-feira em assembleia com credores no Rio de Janeiro, mas dois advogados representantes de dois grandes credores da empresa disseram que na terça-feira à tarde os credores ainda não haviam entrado em acordo sobre os termos da proposta. 

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Embraer
O avião executivo Legacy 500, da Embraer (EMBR3) obteve certificação da agência europeia de segurança na aviação, Easa, informou a fabricante brasileira na terça-feira. 
Com o certificado, o jato está habilitado para entrar em serviço nos países da União Europeia. 

A aeronave, um jato executivo de médio porte que tem alcance de cerca de 5.800 quilômetros e capacidade para quatro passageiros, foi certificada no Brasil em agosto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e nos Estados Unidos, em outubro, pela agência FAA.

Eneva
A Eneva (ENEV3), antiga MPX Energia, fundada por Eike Batista, informou ontem que o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decidiu autorizar o processamento da recuperação judicial da companhia e de sua subsidiária, Eneva Participações. O juiz decidiu, também, pela nomeação da Delloitte Touché Tohmatsu como administrador judicial. A empresa tem um endividamento da ordem de R$ 2,3 bilhões.  

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MMX
mineradora MMX (MMXM3) informou ontem à noite que teve prejuízo de R$ 86 milhões no terceiro trimestre, ante resultado negativo de R$ 1,2 bilhão um ano antes. No segundo trimestre, o prejuízo havia sido de R$ 1,9 bilhão. “Este resultado no trimestre é fundamentalmente consequência do teste de recuperabilidade de ativos realizado pela companhia no segundo trimestre, desdobrando em um reconhecimento de impairment de R$ 1,8 bilhão”, disse a MMX em seu relatório de resultados.