Petrobras, Vale e mais 14 notícias agitam o radar desta terça-feira

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Apesar da semana reduzido por conta do recesso de Ano Novo, que deixa a Bovespa com volume reduzido nesses últimos dias de negociação de 2015, o noticiário corporativo aparece morno nesta terça-feira (29), preenchido principalmente por destaques de pequenas e médias empresas da Bovespa. Confira abaixo:

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou que atingiu a meta de desinvestimentos de US$ 700 milhões neste ano, com a conclusão ontem da venda de 49% da Gaspetro. A transação foi concluída com o pagamento de R$ 1,93 bilhão pela Mitsui-Gás, ocorrido na segunda-feira. A projeção de desinvestimento da estatal para o biênio 2015-2016 foi mantida em US$ 15,1 bilhões, dos quais US$ 700 milhões em 2015 e US$ 14,4 bilhões em 2016. 

Em nota a clientes, a XP Investimentos comentou que a informação da venda da Gaspetro já era esperada pelo mercado e muito pouco para uma companhia que pretende se desfazer de US$ 15 bilhões de ativos até 2016, ainda mais com o preço do petróleo renovando a mínima quase que diariamente. Ontem, o Brent, contrato usado como referência pela Petrobras, fechou negociado a US$ 36,62 o barril, queda diária de 3,35%.  

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Eletrobras
O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou a importação de energia elétrica do Uruguai pela Eletrobras (ELET3; ELET6). De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, a importação se dará de forma excepcional e temporária, por meio das conversoras de frequência de Rivera (70 MW), situada na fronteira dos municípios de Riveira, no Uruguai, e Santana do Livramento, no Brasil, e a futura conversora de Melo (500 MW), na cidade de uruguaia de Melo. 

Localiza
A Unidas disse que não há assessor contratado para eventual venda. Ontem, os papéis da Localiza (RENT3) fecharam em queda de 3,15% em meio a rumor de que a Enterprise (empresa americana que controla marcas como Enterprise, Alamo e National) estaria negociando a compra de fatia da Gávea, Vinci e Kinea na Unidas (21,75% cada). 

Segundo comunicado enviado à CVM, a Unidas informou que acionistas estão constantemente avaliando oportunidades estratégicas envolvendo a sua participação acionária na companhia, mas que, até o momento, não existe qualquer documento vinculativo ou assessor financeiro contratado relacionado à potencial operação. 

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Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) deve ter que pagar, no pior cenário, R$ 658 milhões ao ano por folha servidor, antes de impostos, ao governo, segundo cálculos do Santander. O BB detém entre 60% a 70% das contas bancárias de servidores públicos. Em 1° de dezembro, o Ministério do Planejamento emitiu aviso aos bancos de que terão que pagar mensalmente 1,03% do valor líquido dos sálarios de servidores depositados em contas bancárias ao governo a partir de fevereiro de 2016, segundo relatório. Uma matéria do Valor aponta que a folha de servidores pode render R$ 5 bilhões ao governo. 

BTG Pactual
A Acciona vai comprar a fatia de 39% que o BTG Pactual (BBTG11) detém na companhia de águas Aigues TErLlobregat, segundo matéria do Expansion, que não cita como obteve a informação. A Acciona passará então a deter 78% da ATLL após a transação, segundo o jornal.  

Log-In
A Log-In (LOGN3) informou que iniciou estudo para eventual reestruturação da dívida. A companhia disse que faz parte de suas atividades a contínua busca de negociação de suas obrigações junto aos seus credores, sejam eles bancos ou fornecedores, com vistas à otimizar a sua estrutura de capital, segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

A companhia comunicou que, até a presente data, não há obrigações vencidas junto a instituições financeiras, assim como, quaisquer propostas vinculantes ou acordos firmados quanto à estruturação do atual endividamento. O comunicado da companhia foi divulgado após notícia no Valor de 23 de dezembro, citando reuniões da empresa com credores e que a companhia estaria considerando possibilidade de recuperação judicial, se não encontrar saída.  

Varejo
S
egundo o Serasa, CNDL e Boavista, as vendas de Natal foram fracas. Para o Serasa, o número de consultas de crédito pelos varejistas caiu 6,4%, sendo que somente na cidade de São Paulo caiu 6,1%. Já segundo a CNDL (Confederação Nacional de Lojistas), esse número foi ainda pior, -15,8%.

No geral, as vendas foram fracas, em parte explicado pelo efeito Black Friday que vem ganhando espaço. Diante desse cenário, o BTG Pactual reiterou hoje as ações da Lojas Renner e Lojas Americanas como suas top picks do setor, uma vez que elas apresentaram números melhores que o mercado. Os analistas do banco falaram ontem com as empresas e revisaaram o guidance do segmento “mesmas lojas” do quarto trimestre deste ano de Renner de 3,8% para 5%, enquanto mantiveram Lojas Americanas em crescimento de 9%. Ontem, as ações da Lojas Renner caíram 0,18%, enquanto os papéis da Lojas Americanas dispararam 5,79%. 

Açúcar e álcool
Segundo matéria do Valor, a moagem de cana nesta entressafra pode ser recorde. Estima-se 40 milhões de toneladas de cana bisada (cana que não foi processada nesta safra e que ficará para a safra seguinte). Para o BTG Pactual, essa maior disponibilidade de cana pode se traduzir em forte diluição de custo no próximo ano, o que é bastante positivo para as margens das companhias. Sendo assim, 2016 tem tudo para ser um ano bom, assumindo que preços continuarão no patamar atual.

No setor, o banco segue preferência para São Martinho (SMTO3), que tem yield de fluxo de caixa livre de dois dígitos. A Cosan (CSAN3) também é alternativa. Os analistas lembram que, além de tudo isso, a Cide pode vir, sendo que a aposta é que ainda poderia ser anunciada no início de 2016, ficando efetiva no início da safra após o período de noventena. O que jogaria contra o call do BTG é se a Petrobras mudar de postura com relação a preço – o que chegou a ser noticiado nas ultimas semanas.

Hypermarcas
Hypermarcas (HYPE3) recebeu nesta terça-feira parcela de R$ 1,7 bilhão da Coty. Juntamente, a companhia assinou a transferência das marcas do negócio de cosméticos à CotyApós implementadas as demais condições previstas no contrato entre as empresas e fechada a operação, a Hypermarcas também receberá saldo de mais R$ 2,1 bilhões.

Cemig
A elétrica mineira Cemig (CMIG4) aprovou a realização de uma emissão de R$ 1,44 bilhão em notas promissórias com o objetivo de pagar a primeira parcela do bônus de outorga de 18 hidrelétricas arrematadas pela companhia em leilão do governo federal em dezembro, segundo ata de reunião divulgada nesta segunda-feira.

A Cemig garantiu no certame, realizado em 25 de novembro, o direito de operar por 30 anos as usinas, que somam 700 megawatts em capacidade, mediante o pagamento de um bônus de 2,2 bilhões de reais– do qual 65% deve ser quitado em 30 de dezembro deste ano, segundo o edital da licitação. A emissão foi aprovada pelo Conselho de Administração da Cemig e terá como coordenadores os bancos BB Banco de Investimento, Bradesco BBI e Caixa Econômica Federal. Segundo a ata da reunião, os papéis serão remunerados por 120% do CDI.

Fibria
A Fibria (FIBR3) e Votorantim Industrial fecharam acordo com imóveis rurais. A operação prevê a venda pela Fibria para a Votorantim Industrial de imóveis rurais, totalizando área de 5.014,97 hectares por R$ 171,7 milhões, segundo comunicado da Fibria enviado à CVM. Como parte do negócio, a Votorantim Industrial venderá à Fibria outros imóveis com área total de 33.993,95 hectares por R$ 451,7 milhões. A transação ocorre entre partes relacionadas, já que a Votorantim Industrial detém 29,42% do capital social total da Fibria Celulose. 

Vale
As mineradoras caem nas bolsas internacionais em meio aos temores sobre os preços dos metais. Às 08h58 (horário de Brasília), a Rio Tinto recuava 1,94%, enquanto a BHP Billiton caía 1,03%. O movimento negativo pode puxar novamente para baixo as ações da Vale (VALE3; VALE5) e Bradespar (BRAP4), holding que detém participação na mineradora, nesta sessão.  

Ainda no radar da mineradora, a Samarco, joint venture entre Vale e BHP Billiton, segue pressionando a empresa. O escritório Marc S. Henzel, dos Estados Unidos, começou investigações que podem levar à abertura de um processo coletivo contra a companhia, devido ao desastre de Minas Gerais.

Em comunicado, os advogados informam que os ADRs tiveram queda forte em novembro por causa da tragédia em Mariana, no dia 5 daquele mês. O texto cita que, em 30 de novembro, a retração foi de 5,6% por conta de notícias de que o governo brasileiro iria processar a empresa em uma ação de R$ 20 bilhões. A decisão do Marc S. Henzel segue à de várias outras firmas de advocacia dos EUA que anunciaram nas últimas semanas a intenção de processar a Vale. Outras mostraram disposição de entrar com litígio com a BHP. Uma delas foi a Khang & Khang, da Califórnia, na semana antes do Natal.

Energias do Brasil
A Energias do Brasil (ENBR3
decidiu não aderir à proposta da Aneel de repactuação do risco hidrológico no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A companhia decidiu aderir à repactuação no Ambiente de Contratação Regulado (ACR). Segundo a empresa “a decisão foi embasada na avaliação dos vários cenários de PLD – Preço de Liquidação das Diferenças e GSF – Generation Scaling Factor, através de um modelo econômico financeiro, tendo como principal objetivo o equilíbrio entre o custo efetivo do risco hidrológico e o custo do prêmio de risco associado a cada opção de repactuação”.

A EDP Brasil ainda está em processo de avaliação para adesão da repactuação do risco hidrológico para as usinas UHEs Mascarenhas e Peixe Angical, PCHs Jucu, Rio Bonito, São João e Francisco Gros, para suas parcelas de energia vendidas no ACR. A UHE Suíça e o PCH Paraíso não vão aderir à repactuação, pois possuem 100% de suas produções vendidas no ACL. Outras três usinas (PCHs Alegre, Fruteiras e Viçosa) também não vão aderir, e estão com previsão de exclusão do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).

SulAmérica
A SulAmérica (SULA11) concluiu a venda de 100% do capital social da SulAmérica Companhia de Seguros Gerais (SASG) para a Axa Corporate Solutions Brasil e América Latina Resseguros (AXA) por R$ 135,2 milhões

Dasa
A Cromossomo está se dispondo a comprar todas as 86,6 milhões de ações em circulação da Diagnósticos da América (DASA3) por R$ 10,50 cada, segundo edital da oferta. O Bradesco BBI fará a intermediação da operação, que tem leilão programado na BM&FBovespa para dia 1° de fevereiro, às 15h (horário de Brasília). A Cromossomo adquiriu 150,8 milhões de ações por R$ 2,3 bilhões, segundo comunicado de março do ano passado.  

Contax
A Verde Asset reduziu participação em ações preferenciais da Contax (CTAX11) para 19,81%. No final de novembro, a fatia era de 24,9%.