Petrobras tem maior lucro trimestral da história com venda de ativos; balanços de Hering, Localiza e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta sexta-feira

Equipe InfoMoney

(Divulgação)

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No Radar InfoMoney desta sexta-feira (2) destaque para o balanço da Petrobras com lucro recorde para o período, mas impulsionado pela venda de ativos. Mercado vai avaliar ainda os resultados de Porto Seguro, Localiza, Cia Hering, Odontoprev e Grendene.  

Petrobras (PETR3;PETR4) e BR Distribuidora (BRDT3)

Com a venda da TAG, rede de gasodutos que interliga as Regiões Sudeste e Nordeste do País, a Petrobras registrou lucro de R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre, o maior da história da empresa para o período. O resultado foi marcado por fatores que podem não se repetir nos próximos meses, como a alta do petróleo e a taxa de câmbio favorável à empresa. No documento de divulgação do balanço, a petroleira anunciou também que poderá sair completamente da BR Distribuidora, com nova oferta de ações.

Se não fossem os ganhos que não devem acontecer de novo, o lucro teria sido de R$ 5,2 bilhões, abaixo da expectativa do mercado, que contava com um resultado positivo de R$ 7,7 bilhões, segundo projeções do Estadão/Broadcast levantadas com analistas de mercado. O desempenho da estatal sem esses eventos veio abaixo também do lucro registrado em igual período do ano passado, de R$ 10 bilhões. Ainda assim, a leitura de especialistas é que o resultado foi positivo.

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Na carta de apresentação do balanço no segundo trimestre, a estatal classificou o resultado como “bom desempenho financeiro”. “Estamos muito confiantes de que a implementação criteriosa de nossa agenda possui capacidade para eliminar no futuro a diferença do desempenho que nos separa das melhores companhias globais de petróleo e criar substancial valor para nossos acionistas”, escreveu a companhia. O documento, pela primeira vez, trouxe uma fotografia do caixa e da operação no trimestre atrelado a metas para o futuro.

Por conta do alto endividamento, de US$ 83,7 bilhões, a empresa continuará vendendo ativos. A perspectiva é de redução da dívida no terceiro trimestre. A Petrobras sinalizou também que vai investir menos. O orçamento de US$ 16 bilhões foi revisto para um intervalo de US$ 10 bilhões a US$ 11 bilhões. Esses valores, no entanto, não incluem os gastos que a petroleira deve ter com a compra de áreas nos leilões deste ano.

As vendas somaram US$ 15 bilhões até o fim de julho, com destaque para TAG, BR Distribuidora e campos maduros de petróleo. A empresa anunciou a perspectiva de se desfazer da totalidade das ações da distribuidora de combustíveis.

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“Ficamos ainda com 37,5% do capital da BR, que no futuro temos a intenção de vender parcial ou totalmente. Enquanto isso, vamos nos beneficiar como acionistas do enorme potencial de criação de valor da BR com a flexibilidade que possui uma empresa privada”, informou a empresa.

Cielo (CIEL3)

A Cielo informou, em comunicado ao mercado, não ter conhecimento sobre informações referentes à venda das ações que o Banco do Brasil detêm na companhia. A informação foi publicada ontem pelo Broadcast, levando os papéis da companhia a fechar o pregão com alta de 15%.

Esta foi a maior alta dos papéis da empresa desde sua estreia na Bolsa, em junho de 2009, elevando o valor de mercado da participação do BB a mais de R$ 6 bilhões.

A avaliação é de que, com a chamada “guerra das maquininhas” os preços estão sendo empurrados para baixo, o que se torna apenas mais um motivo para o Ministério da Economia seguir com seu discurso de desinvestimentos.

Localiza (RENT3)

A Localiza teve lucro, sem os efeitos do IFRS 16, de R$ 191,4 milhões no segundo trimestre deste ano, resultado 34,9% acima do reportados em igual intervalo de 2018. O lucro com IFRS 16 somou R$ 190,1 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 466,4 milhões no segundo trimestre, alta de 34,2%. Com IFRS 16, o Ebitda atingiu R$ 499,9 milhões.

A receita liquida consolidada subiu 36,8%, para R$ 2,381 bilhões. A receita de aluguel somou R$ 996,6 milhões, alta de 29,5%, e de seminovos avançou 42,6%, a R$ 1,384 bilhão.

Cia Hering (HGTX3)

A Cia Hering apresentou um lucro líquido antes do IFRS 16 de R$ 41,2 milhões no segundo trimestre, uma queda de 28,1% na comparação anual. Com o IFRS 16, o lucro atingiu R$ 40,6 milhões, queda de 29%.

O Ebitda, antes do IFRS 16, totalizou R$ 39,1 milhões, com margem de 10,9%. Considerando o IFRS 16, o Ebitda somou R$ 46,1 milhões, representando uma queda de 20,4%, com margem de 12,8% (-3,2 p.p.)

A receita líquida somou entre abril e junho R$ 359,9 milhões, uma retração de 0,6%. A margem bruta, por sua vez, subiu 0,5 ponto porcentual, para 43,4%.

As vendas no conceito mesmas lojas subiram 1,7% no segundo trimestre, acumulando ao longo do primeiro semestre uma alta de 6%, ambas na comparação anual.

Porto Seguro (PSSA3)

A Porto Seguro registrou um lucro líquido, com business combination, de R$ 379 milhões no segundo trimestre, um desempenho 13,7% superior ao reportado no mesmo intervalo do ano passado. Sem business combination, o lucro atingiu R$ 380,9 milhões. O ROAE, sem business combination, ficou em 22,2%%, ante 19,7% de um ano antes.

O resultado operacional de seguros somou R$ 242,5 milhões, uma queda de 27,7%, e o resultado operacional de outros negócios avançou 0,8%, para R$ 98,1 milhões. A receita total recuou 2,5%, para R$ 4,4 bilhões, enquanto os prêmios auferidos caíram 2,3%, para R$ 3,7 bilhões. A receita de negócio financeiros e serviços diminuiu 0,4%, para R$ 617 milhões.

O índice combinado encerrou o segundo trimestre em 93,4%, alta de 2,4 pontos porcentuais. Já a sinistralidade total ficou em 51,6%, aumento de 1,4 ponto porcentual. O resultado financeiro subiu 46%, para R$ 246 milhões.

Odontoprev (ODPV3)

A Odontoprev apresentou lucro líquido de R$ 62,2 milhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 3,2% sobre o mesmo intervalo de 2018.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) atingiu R$ 90,1 milhões no segundo trimestre, alta de 8,3%, com uma margem de 20,1% (-2,1 pontos porcentuais). O Ebitda ajustado foi de R$ 101,5 milhões, aumento de 7,6% e margem de 22,7% (-2,5 p.p.).

A receita líquida somou R$ 447,4 milhões, avanço de 19,2%, enquanto o montante de beneficiários subiu 11,3%, para 7,187 milhões.

Grendene (GRND3)

A fabricante de calçados Grendene reportou um lucro de R$ 41,5 milhões no segundo trimestre, desempenho 36,9% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda caiu 66%, para R$ 26,7 milhões. A receita líquida somou R$ 399,8 milhões, montante 10,4% abaixo do registrado no segundo trimestre do ano passado.

CVC (CVCB3)

A CVC, por meio de sua controlada SV Viagens (Submarino Viagens), fez uma proposta vinculante, no valor de US$ 77 milhões, com desconto de dívida líquida, do grupo Almundo, incluindo as operações da Argentina e do Brasil, “em linha com sua estratégia de expansão internacional e de digitalização de suas plataformas de turismo”.

Nos termos da proposta vinculante, a Submarino Viagens terá um prazo de 90 dias de exclusividade para conclusão da aquisição, que “está sujeita à realização de auditoria legal e financeira pela Submarino Viagens, bem como à aprovação da transação pelas autoridades de defesa da concorrência no Brasil”. Após o fechamento, a transação será submetida às autoridades de defesa da concorrência na Argentina, acrescenta.

A Almundo atua no setor de turismo e viagens no segmento de lazer, com modelo omnichannel, e possui cerca de 80 lojas, call center e vendas online (site, mobile e App), sendo que a maioria das reservas é feita por meios digitais. Sua marca está presente em quatro países na América Latina: Argentina, Colômbia, México e Brasil, dos quais a Argentina é o mercado mais relevante.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras informou nesta quinta-feira (1) que o presidente Jair Bolsonaro autorizou que sejam aprofundados estudos para a desestatização da companhia. Segundo fato relevante divulgado pela empresa, a privatização deve ocorrer por meio de um “aumento de capital social, mediante subscrição pública de ações ordinárias da Eletrobras ou de eventual empresa resultante de processo de reestruturação”. Foi informado ainda que o processo de desestatização deverá observar o rito legislativo para apreciação do Congresso Nacional.

(Com Agência Estado)

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