Petrobras sobe após notícia de acordo por cessão onerosa; Sabesp cai 4% e mais destaques

Confira os principais destaques da bolsa nesta terça-feira (2)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Guiado pelo exterior, sem novos fatos relevantes na política e corrigindo excessos de ganhos anteriores, o Ibovespa que subiu forte na abertura do pregão, virou para queda e fechou no vermelho, em baixa de 0,70%.

Entre os destaques, Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e siderúrgicas abriram em alta, mas viraram para queda. Sabesp (SBSP3), que já caía no período da manhã, fechou com queda de 4,15% refletindo a fala de Henrique Meirelles que descarta a capitalização ou venda da Sabesp para este ano.

Já Petrobras (PETR3; PETR4), chegou a cair pela tarde, mas virou para alta após notícia sobre ofertas pela TAG e que o acordo sobre a cessão onerosa foi fechado. Entre as maiores altas estão Via Varejo, que fechou com ganhos de 6,56%, a R$ 4,27 e BB Seguridade, com alta de 3,30%, a R$ 26,38.

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Confira os principais destaques do mercado corporativo desta terça:

Vale (VALE3)

Em comunicado ao mercado, a Vale informou que a Justiça determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão em recursos, visando resguardar a reparação de danos causados às pessoas atingidas pela evacuação na Zona de Auto Salvamento da barragem de Vargem Grande. Até o momento, a mineradora possui R$ 17,6 bilhões bloqueados.

A companhia afirmou que ainda não foi formalmente notificada da decisão e que adotará as medidas cabíveis no prazo legal. Segundo a Vale, a estimativa de vendas de minério de ferro anunciada na semana passada não será alterada.

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Também no radar da companhia, a Vale informou que 17 de suas estruturas não obtiveram as chamadas Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs). Entre elas estão as barragens Sul Superior, de Gongo Soco e Vargem Grande, do Complexo de Vargem Grande.

Petrobras (PETR3; PETR4); Engie (EGIE3)

Duas notícias movimentaram a Petrobras no final do pregão desta terça. Segundo o Valor Econômico, a estatal e o governo chegaram a acordo por cessão onerosa. Os termos do acordo devem ser apresentados ao Tribunal de Contas da União nesta semana e a formalização também depende de outras etapas, como aprovação pelo conselho de administração da Petrobras, diz o jornal. De acordo com a publicação, o montante a ser pago pelo governo à Petrobras pode estar próximo de US$ 10 bilhões.

A Reuters informou ainda que a estatal recebeu três lances pela TAG (subsidiária da Petrobras que concentra rede de gasodutos no Nordeste). Outras duas fontes, que pediram anonimato, confirmaram que as ofertas foram feitas próximas do meio-dia nesta terça-feira. Os três grupos são 

Mais cedo, a Reuters tinha anunciado que ao menos três grupos de investidores que estavam interessados em adquirir a TAG tinham desistido de fazer lances pelo ativo.

Pão de Açúcar (PCAR4)

O Grupo Pão de Açúcar iniciou ontem a operação do James Delivery em São Paulo, aplicativo que reúne uma série de funcionalidades em um ambiente virtual, como encomenda e entrega de produtos de restaurantes, drogarias e supermercados.

De acordo com a companhia, o app será a plataforma oficial e exclusiva de entregas das redes Extra e Pão de Açúcar. A expectativa é de que até o final do ano toda a capital paulista esteja coberta pelos serviços da plataforma de entrega.

Sabesp (SBSP3)

O Secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, disse que não será viável ou será pouco provável a conclusão da capitalização ou venda da Sabesp ainda este ano. Segundo ele, isso deve ocorrer somente no início de 2020.

Meirelles explica que o “atraso” leva em consideração a indefinição da votação MP 868, que encaminharia o marco regulatório para o setor de saneamento e viabilizaria a privatização.

BRF (BRFS3)

A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de probabilidade de inadimplência das notas sênior sem garantia da BRF, de ‘BBB-‘ para ‘BB’, tanto em moeda estrangeira quanto em moeda local, com perspectiva estável (antes negativa). Em escala nacional, o rating foi rebaixado de ‘AAA(bra)’ para ‘AA+(bra)’, também com perspectiva estável. 

De acordo com a agência, o rebaixamento reflete o desempenho operacional “pobre”, a alta alavancagem e o ritmo de desalavancagem mais lento do que o inicialmente esperado devido a “múltiplos obstáculos” enfrentados pela companhia no ano passado.

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Multiplus (MULT3)

A ação da Multiplus deixa de ser negociada no Novo Mercado da B3 nesta terça-feira (2). Ontem, ocorreu o leilão de OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações da companhia, movimentando R$ 1.023.039.640 na B3. Realizado pela controladora da empresa, a Latam, foram adquiridas 38.116.231 ações, ao preço de R$ 26,84 cada.

A Latam anunciou a OPA da companhia de milhagens em setembro do ano passado, quando informou que não iria renovar seu contrato operacional com a empresa. O preço inicial proposto era de R$ 27,22, mas sofreu ajustes após pagamentos de dividendos e juros sobre capital próprio. Ao lançar a oferta, a Latam justificou a decisão diante da perda de participação de mercado que a Multiplus, que foi a primeira empresa do setor de fidelidade a abrir capital, tem sofrido. Confira mais clicando aqui. 

JBS (JBSS3)

De acordo com a Bloomberg, a JBS precificou a emissão de US$ 1 bilhão em títulos com yield de 6,5%. Segundo fontes, inicialmente a companhia buscava uma emissão de US$ 650 milhões em títulos sêniores com vencimento em 2029, não resgatáveis por cinco anos, mas aumentou o tamanho da emissão. O objetivo da emissão é captar recursos para financiar a recompra de título sênior com taxa de 7,250% e vencimento em 2021.

Rumo (RAIL3)

A Rumo anunciou que João Alberto Fernandez de Abreu será o novo presidente da companhia, substituindo Júlio Fontana.

Qualicorp (QUAL3)

De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, a CVM está acusando a Qualicorp de ter feito um contrato para a retenção do presidente-executivo, José Seripieri Filho (conhecido como Júnior), lesivo para a companhia. Além disso, o processo aponta que o benefício é superior ao valor da remuneração global aprovado na assembleia de acionistas de 2018.

Além de Júnior, todo o conselho de administração da companhia à época é acusado. Ainda não há data prevista para julgamento e, até lá, os acusados podem propor acordos para encerrar o caso (termo de compromisso).

Em nota, a Qualicorp afirma que o caso ainda está sendo analisado pela CVM. Confira, abaixo, o posicionamento na íntegra:

“A Qualicorp esclarece que o caso é objeto de discussão e ainda será analisado pelo colegiado da CVM. A Companhia, seus administradores e o senhor José Seripieri Filho vêm prestando todos os esclarecimentos para a autarquia. De qualquer maneira, é importante reiterar que (i) o senhor José Seripieri Filho vinha demonstrando a intenção de desenvolver novos projetos fora da Qualicorp; (ii) como se trata de uma pessoa que, pelo seu conhecimento do mercado e por sua postura empreendedora, apresenta valor estratégico para a Companhia, o Conselho de Administração tomou a iniciativa de um processo de discussões acerca da sua retenção e alinhamento de longo prazo com a Companhia; (iii) para tal processo o Conselho de Administração contou com o suporte técnico de empresas especializadas, bem como buscou aconselhamento jurídico de renomados especialistas em direito societário; (iv) o Conselho de Administração deliberou sobre a matéria de forma independente, unânime e sem a intervenção do senhor José Seripieri Filho e entende que, pelos motivos acima, agiu dentro dos seus deveres fiduciários e no melhor interesse de longo prazo da Companhia e seus acionistas.”