Petrobras sobe 3%, Vale cai com pressão da Samarco e banco dispara 21% com rumor de compra

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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11h13: Vale e siderúrgicas
As ações da Vale (VALE3, R$ 16,75, -0,95%; VALE5, R$ 13,06, +0,31%) seguem pressionadas nesta sessão, apesar da forte alta do minério de ferro lá fora. O mercado digere um relatório do Bradesco BBI apontando que a mineradora pode ter de provisionar R$ 1,2 bilhão para Samarco. Em meio ao pessimismo gerado em torno da companhia, os papéis descolam do preço do minério de ferro, que fechou hoje em valorização de 2,80% no porto de Qingdao, na China, a US$ 52,54 a tonelada.

Já as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 8,03, +0,88%) – holding que detém participação da mineradora – operam no positivo, assim como os papéis do setor siderúrgico, com Gerdau (GGBR4, R$ 6,49, +2,20%), CSN (CSNA3, R$ 7,32, -0,95%) e Usiminas (USIM5, R$ 1,95, +1,56%).  

Em relatório, o Bradesco BBI prevê provisões de R$ 1,2 bilhão da Vale dada a necessidade de recursos para operação da Samarco. O banco corta estimativa do minério de ferro no longo prazo de US$ 55 a tonelada para US$ 45 a tonelada, em razão da inclinação negativa da curva de custos e da persistente oferta superavitária. A conclusão do acordoNacala/Moatize deve liberar US$ 3 bilhões do balanço da Vale.

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O acordo Moatize/Nacala deve ser concluído no 2º semestre de 2016. Ao mesmo tempo, outras alternativas, como venda de opção de compra para produção futura de minério de ferro, estão sendo discutidas – ainda em estágio inicial. A Samarco, Vale e BHP Billiton Brasil formalizaram criação de fundação que desenvolverá e executará programas ambientais e socioeconômicos com a finalidade de reparar e compensar os danos causados pela ruptura da barragem da Samarco, segundo anúncio em 2 de março.

Além disso, no radar da Vale, o presidente interino Michel Temer quer tirar Murilo Ferreira do comando da mineradora, enquanto os acionistas controladores resistem a fazer uma mudança agora, diz Valor Econômico. Os sócios da Vale têm receio de que troca seja vista pelo mercado como interferência política, com efeitos negativos sobre a imagem da companhia. A Valepar, holding que comanda a Vale, é controlada pelos fundos de pensão Funcef, Previ, Petros e Funcesp, além de Bradespar, holding do Bradesco, Mitsui e BNDESPar.

11h10: Petrobras (PETR3, R$ 11,21, +3,61%; PETR4, R$ 8,68, +2,48%)
Os papéis da Petrobras ganham força e viram para alta, puxadas pelos ganhos dos preços do petróleo no mercado internacional. Neste momento, o contrato Brent subia 1,21%, a US$ 51,16 o barril, enquanto o WTI marcava alta de 1,21%, a US$ 50,29 o barril. 

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No radar da estatal, o UBS elevou o preço-alvo das ações ordinárias da Petrobras de R$ 8,00 para R$ 12,00. A mudança deve-se por redução de risco no Brasil e apreciação do real frente ao dólar. O banco segue com recomendação neutra para a estatal. As ações preferenciais tiveram preço-alvo mantido em R$ 10,00. 

10h59: Sabesp (SBSP3, R$ 26,59, +0,80%)
O Haitong iniciou cobertura das ações da Sabesp com recomendação de compra e preço justo de R$ 33,00. “Nós acreditamos que a Sabesp é uma boa opção para portfólios de valor, vendo um potencial de alta de 23% e estável crescimento de fluxo de caixa nos próximos anos”, comentaram os analistas Sergio Tamashiro e Gabriel Brilhante em relatório do banco. 

10h52: Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 42,45, +1,22%)
As ações do Pão de Açúcar chegaram a subir 2,5% nesta sessão, indo a R$ 43,00, após elevação de recomendação pelo Deutsche Bank. Neste momento, os papéis lideram os ganhos do Ibovespa. O banco revisou a recomendação das ações da companhia de manutenção para compra. 

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10h23: Indusval (IDVL4, R$ 1,53, +21,43%)
Segundo a Reuters, o grupo chinês Shanghai Pengxin está negociando a compra do controle do banco Indusval, em estratégia para se expandir para além de commodities na América Latina, afirmaram três fontes com conhecimento direto do assunto. Representantes do Pengxin e sócios do Indusval discutiram potenciais cenários para um acordo, disseram duas das fontes. As negociações estão em estágio preliminar e podem não resultar em um negócio, disseram as fontes.  

10h21: Oi (OIBR3, R$ 1,38, +6,15%; OIBR4, R$ 1,24, +5,08%)
A Oi estima que vai investir cerca de R$ 1,6 bilhão na instalação de fibra ótica na Baixada Fluminense, no adensamento do sinal 3G e em melhorias do atendimento ao consumidor, informa o jornal Folha de S. Paulo. O dinheiro equivale a metade da soma do valor das multas que a Anatel aplicou com o que a Oi já iria gastar para adaptar seus serviços aos padrões de qualidade impostos pela agência. 

10h20: Tereos (TERI3)
A Tereos contratou bancos para roadshow com investidores, dizem fontes para a Bloomberg. A captação de 400 milhões de euros com títulos de sete anos deve suceder encontros com investidores programado para 7-9 de junho, segundo pessoas familiarizadas com o assunto e que pediram anonimato por não estarem autorizadas a falar publicamente. O uso dos recursos será para propósitos gerais da companhia e refinanciamento de dívida.

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Além disso, o CEO (Chief Executive Officer) da Tereo vê alta em preço do açúcar com impasses em portos. O congestionamento em portos alavancará os preços durante o verão europeu, disse presidente do conselho de administração da companhia, Alexis Duval, em entrevista em Paris. A situação deve voltar à normalidade após mercado se tornar bem abastecido.

10h14: Marcopolo e Tupy
A Marcopolo (POMO4, R$ 2,51, -0,40%) foi rebaixada de neutra para underweight pelo JPMorgan; o mesmo banco elevou de neutra para overweight a recomendação para Tupy (TUPY4, R$ 13,00, +1,56%). 

10h12: Restoque (LLIS3, R$ 4,22, +0,24%)
A RestoqueInbrands deve ter capitalização de R$ 500 milhões, diz o Valor Econômico. As duas empresas anunciaram na quinta-feira à noite, por meio de fato relevante enviado ao mercado, que negociam uma fusão.  

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10h08: Ser Educacional (SEER3, R$ 12,88, +3,70%)
Operando entre leilões, as ações da Ser Educacional já iniciam a sessão em disparada, seguindo o bom humor do mercado após a companhia ter feito proposta para união com a Estácio (ESTC3, R$ 14,65, +0,76%). Segundo o Valor, os gestores da Estácio são favoráveis à oferta da Ser.

direção da Estácio inclina-se pela proposta da Ser Educacional, segundo apurou o Valor, enquanto mercado acredita que melhor alternativa seria associação com Kroton (KROT3, R$ 12,72, +0,16%), diz Valor Econômico sem revelar como obteve a informação. Em 2 de junho, Kroton informou que tinha a intenção de fazer a oferta por Estácio com pagamento em ações. Em 5 de junho, a Ser enviou para a Estácio proposta não-vinculante para fusão com Estácio.