Petrobras sobe 3%, exportadoras caem com dólar e Ambev renova máxima com dividendos

Confira aqui a atualização dos principais destaques da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – As ações da Vale e Petrobras, que caíram forte ontem, operavam no positivo nesta terça-feira. No caso da petroleira, a alta dos preços do petróleo no mercado internacional contribuíam para o movimento. Por outro lado, os papéis de empresas com perfil exportador caíam forte em meio à queda do dólar frente ao real após fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que manteve o discurso que permanecerá “paciente” sobre o início da alta dos juros. Confira abaixo os principais destaques desta terça-feira, segundo cotação das 15h49 (horário de Brasília):

Petrobras (PETR3, R$ 9,66, +2,99%; PETR4, R$ 9,78, +3,06%)
As ações da Petrobras têm primeira alta após três sessões seguidas de quedas. Os papéis acompanham o desempenho positivo dos preços do petróleo no mercado internacional. O Brent, negociado em Londres, registrava alta de 1,1%, a US$ 59,55, enquanto o WTI, cotado no Texas, subia 0,34%, a US$ 49,67.  

Vale (VALE3, R$ 22,14, +2,41%; VALE5, R$ 19,18, +2,29%)
As ações da Vale sobem após forte queda da véspera, quando o Morgan Stanley cortou a recomendação dos papéis da companhia de equal weight (desempenho em linha com a média) para underweight (desempenho abaixo da média). Acompanham o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 13,32, +0,91%), holding que detém participações na mineradora.  

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Exportadoras
Por outro lado, os papéis das exportadoras Suzano (SUZB5, R$ 11,66, -3,87%) e Fibria (FIBR3, R$ 36,29, -3,23%), ambas do setor de papel e celulose, apareciam entre as maiores quedas do Ibovespa em meio à desvalorização do dólar, uma vez que essas empresas são beneficiadas pela valorização da moeda americana já que suas receitas são em dólar. Os papéis da Suzano caem após subir 21% desde o fechamento do dia 23 de janeiro, enquanto as ações da Fibria acumularam ganhos de 28%. 

Usiminas (USIM3, R$ 15,97, -1,42%; USIM5, R$ 4,00, +3,09%)
Depois de forte disparada nos últimos dias (de +80% entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro), as ações ordinárias da Usiminas passaram a cair. Hoje, as ações USIM3 registram sua sexta queda seguida, acumulando no período desvalorização de 27,58%. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais vai decidir hoje sobre o pedido da Techint para reintegrar três executivos expulsos da Usiminas, incluindo o então presidente, Julián Eguren. A audiência está marcada para às 13h (horário de Brasília). Segundo analista Ricardo Kim, da XP Investimentos, embora seja difícil precisar como vai ser o novo confronto, novos desdobramentos poderão acentuar ainda mais a briga entre as controladoras Ternium-Techint e a Nippon Steel. (Para entender mais sobre o caso, clique aqui). Vale monitorar o aluguel de ações com USIM5. Segundo a mesa de BTC da XP Investimentos, tinha mais de 690 mil ações emprestadas, batendo 18,85% do free float (ações em circulação no mercado). 

Educação
Depois da forte disparada da véspera, as ações do setor de educação operam entre leves altas e baixas hoje: Kroton (KROT3, R$ 12,48, +1,63%), Estácio (ESTC3, R$ 20,81, +2,36%), Anima (ANIM3, R$ 23,20, -1,69%) e Ser Educacional (SEER3, R$ 14,47, +0,49%). A Kroton teve sua recomendação elevada de market perform (desempenho em linha com a média) para outperform (desempenho acima da média) pelo Bradesco BBI.

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O Ministério da Educação publicou nova portaria informando que a partir do próximo ano voltará a efetuar os repasses a cada 30 dias em vez dos 45 dias que será realizado hoje. Agora, o setor reivindicará a derrubada do teto de reajuste da mensalidade escolar. As últimas notícias foram bem positivas para as faculdades privadas, pelo fato de o governo ter recuado nas medidas de restrição ao FIES – esperava-se que o teto do reajuste fosse de 4,5% e que o repasse de recursos continuasse em 45 dias (sendo efetivado em 18 meses em vez do espaço de um ano), mas tivesse uma correção pelo IGP-M das parcelas remanescentes entre um ano e outro, comentou a Guide Investimentos. 

Embraer (EMBR3, R$ 25,60, -2,44%)
O governo da Indonésia ameaça cancelar a compra de aviões da Embraer após a deterioração das relações entre os dois países em função da execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, em janeiro. Hoje, as ações da fabricante de aeronave registravam queda, figurando no momento como a terceira maior baixa do Ibovespa. 

Ambev (ABEV3, R$ 18,58, +1,09%)
As ações da Ambev renovam máxima histórica nesta sessão. Do dia 5 de janeiro para cá, a valorização do papel atinge 18,5%. No radar, o conselho de administração da companhia aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor bruto de R$ 0,09 por ação, que após o imposto de renda cai para R$ 0,076. O pagamento será feito no dia 31 de março, considerando as posições dos acionistas em 27 de fevereiro. 

Braskem (BRKM5, R$ 12,53, -0,48%)
O mercado no aguardo em relação ao contrato de fornecimento de nafta pela Petrobras, sua principal fornecedora. O contrato tem previsão de termino para essa sexta-feira, dia 28 de fevereiro. O acerto considerado mais “factível” pela petroquímica neste momento seria a assinatura de um novo aditivo com duração de 6 meses, o terceiro acordo do tipo assinado entre as empresas. O período seria suficiente para que a nova diretoria da Petrobras analisasse o tema e negociasse com a Braskem uma solução de longo prazo, com custos mais competitivos e prazo de 5 ou 10 anos. 

A companhia defendeu hoje, em encontro com analistas, a necessidade do governo de estabelecer uma agenda de defesa da indústria local, em pararelo às propostas de ajuste fiscal que têm sido apresentadas. 

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 36,03, -0,58%)
Foi anunciado ontem à noite o início da reestruturação do alto comando do Itaú e, conforme se espera, Roberto Setúbal deve começar a deixar a direção do Itaú Unibanco. Agora, um trio de diretores comandará o maior banco privado do país: Marcos Bonomi no varejo, Candido Bracher no banco de investimentos e Marcio Schettini na área de tecnologia. Setubal continuará na presidência da holding por mais dois anos. O comitê executivo do banco passará a ser formado por apenas cinco executivos, depois da saída de quatro vice-presidentes, além dos três diretores-gerais acima citados teremos dois vice-presidentes: Eduardo Vassimon e Claudia Politanski. 

Brasil Pharma (BPHA3, R$ 0,97, +5,43%)
A Brasil Pharma, braço de varejo de farmácias do banco BTG Pactual (BBTG11), estuda colocar redes à venda, apurou o Valor. A companhia, no entanto, nega que suas redes estejam à venda. No ano, as ações da empresa caem 64%. 

Lojas Renner (LREN3, R$ 81,07, +0,46%)
Já a Lojas Renner teve recomendação elevada de neutra para overweight (desempenho acima da média) pelo JPMorgan.

Equatorial (EQTL3, R$ 27,12, +5,61%) 
Um dos maiores acionistas da Equatorial – que controla as distribuidoras Cemar, no Maranhão, e a Celpa, no Pará – se desfez de quase 10% da empresa em leilão que ocorreu na BM&FBovespa nesta terça-feira (24). Embora o comunicado divulgado pela Bolsa não faça menção de quem tenha sido o acionista, pelo tamanho da venda trata-se de um dos dois maiores acionistas da empresa: o fundo FIC PCP, gerido pela Vinci Partners, ou a Squadra Investimentos.
 

A operação, que ocorreu nesta manhã, tinha como previsão a venda de 5,96 milhões de ações da companhia, conforme comunicou a Bolsa, mas acabou envolvendo 19,47 milhões de papéis, ou 9,8% da empresa, como uma indicação de forte demanda por parte do mercado. Apesar de não ter sido divulgado oficialmente, pelo Profit Chart pode-se observar que o BTG Pactual intermediou a venda desse montante de papéis na Bolsa durante o leilão. A ação iniciou sua negociação na Bovespa hoje às 10h34 (horário de Brasília) por conta da operação. 

PDG Realty (PDGR3, R$ 0,49, +2,08%)
A PDG Realty teve seu rating corporativo reduzido a B3/B1.br pela agência de classificação de risco Moody’s. O que mais preocupa é o nível de endividamento o cronograma de amortização da dívida, com uma concentração grande no curto prazo, este ano, disse a XP Investimentos. A companhia, no final do 3° trimestre de 2014, possuía um caixa de R$ 1 bilhão. E este ano tem R$ 1,78 bilhão de vencimentos. A rolagem da dívida é imprescindível para a companhia. 

Marcopolo (POMO4, R$ 2,40, -1,48%)
A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, informou na noite de ontem que seu conselho de administração aprovou hoje o programa de recompra de até 20 milhões de ações preferenciais da companhia, o que representa 3,70% do total das ações em “free float” (em circulação no mercado), em um prazo de 120 dias. O anúncio vinha sendo aguardo pelo mercado. Nos últimos dias, analistas atribuíram a alta das ações de 12% em seis pregões à possibilidade da recompra. A recuperação dos papéis veio após ter batido sua mínima de agosto de 2010 no dia 11 de fevereiro. Segundo a Guide Investimentos, o curto espaço da recompra pode ter um impacto positivo e leva em consideração 9,2 “trading days”. 

Além disso, nesta manhã, a empresa divulgou seu resultado do quarto trimestre. A empresa mostrou queda de 23,3% no lucro líquido de 2014 ante o ano anterior, a R$ 224,1 milhões.