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Um dos principais temas que permeia conversas sobre a Petrobras (PETR3, PETR4) atualmente, a Margem Equatorial foi citada durante a teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2024. Para a presidente da companhia, Magda Chambriard, a Margem Equatorial é peça fundamental para reposição de reservas necessária.
“O que nós temos é uma expectativa de exploração e perfuração de um poço pioneiro para que a gente veja e possa confirmar o potencial da área”, diz a CEO. Magda considera que a Petrobras está pronta para enfrentar a sensibilidade citada pelo Ibama no momento de apreciação do pedido de perfuração de poço para confirmação do potencial. “Temos compromisso de entrega de mais um centro de reabilitação de Fauna, caso haja algum efeito indesejado”, diz.
Sylvia Anjos, diretora executiva de Exploração e Produção, sustenta que condições observadas em países como Gana, Guiana e Suriname se apresentam também na região. Por isso, é possível estimar positivamente o potencial de exploração da região. “Vamos fazer, de fato, uma avaliação exploratória digna de todos esse esforço”, diz. “Geologicamente, temos certeza que as correntes marítimas da região correm paralelas a costas e, por isso, se houver qualquer tipo de espirro de óleo, não vai para a costa”, afirma.
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Para a diretora, a perfuração do poço não dará problema nenhum e não há nenhum conflito em cuidar do meio ambiente e fazer exploração do petróleo.
“Temos parceria até com a NASA para monitoramento de possíveis derrames”, afirma. Em sua visão, todas as exigências apresentadas pelo Ibama, com exceção do novo centro de reabilitação (que tem entrega prevista ainda nesse primeiro semestre). “Tenho 45 anos nessa indústria e nunca vi um esforço dessa natureza, em nenhum país do mundo, para mitigar qualquer impacto”, afirma.

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Segundo Clarice Coppetti, diretora executiva de Assuntos Corporativos, foi composto um plano de emergência sem precedentes em busca de mitigação de riscos. Dentre os esforços, está plano de fauna, centro de defesa ambiental (como barreiras para areia, mangue e offshore) e demais equipamentos necessários. “Temos também aeronaves, como contar com três helicópteros na região, para atuar, além de quatro embarcações para resposta à fauna na costa”, diz. “Não há, no mundo, uma prontidão de resposta como estamos colocando por lá”.
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Clarice também afirmou que a sonda que será destacada para exploração na região é a mais adequada e mais moderna para que sejam realizados os estudos na Margem Equatorial.