Petrobras, resultados, prévia da PDG e mais 5 notícias nos destaques

Sobre a Petrobras, fontes disseram à Reuters que companhia ainda corre o risco de ser declarada inadimplente

Paula Barra

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SÃO PAULO – O radar corporativo segue agitada nesta quinta-feira (29), em meio ao início da temporada de balanços do quarto trimestre e outra série de notícias. Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) ainda corre o risco de ser declarada inadimplente em bilhões de dólares em dívida, mesmo tendo divulgado os resultados atrasados do terceiro trimestre dentro de um prazo autoimposto, disse à Reuters um hedge fund com sede em Nova York. 

Segundo um executivo sênior do fundo Aurelius Capital Management, a divulgação dos resultados sem as baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato da Polícia Federal pode até elevar o número de obrigações em contratos de dívida (covenants) e promessas a investidores que foram quebradas pela estatal. Vale lembrar que a Petrobras realiza hoje às 14h (horário de Brasília) teleconferência sobre seu resultado não auditado do terceiro trimestre.

Ainda sobre a empresa, a Petrobras decidiu abortar a ideia de construir refinarias premium no Nordeste do país, segundo uma fonte com conhecimento do assunto. Segundo ela, com a menor demanda por derivados, não há pressa em expandir o parque de refino brasileiro até 2025.

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Educacionais
Uma reunião entre os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Educação, Cid Gomes, está prevista para a próxima semana, disse o Valor. Eles poderão por um fim à polêmica em torno das mudanças nas regras do Fies (fundo de financiamento estudantil). Vale monitorar os papéis da Kroton (KROT3), Estácio (ESTC3), Ser Educacional (SEER3) e Anima (ANIM3).

Fibria
Na temporada de balanços, a Fibria (FIBR3) também apresentou seu balanço de fim de ano reportando um prejuízo líquido de R$ 128 milhões, uma melhora ante os R$ 185 milhões negativos registrado um ano antes. No anualizado, a companhia encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 163 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 698 milhões do ano anterior.

Para o Itaú BBA, o prejuízo líquido foi devido ao efeito não caixa negativo da variação cambial sobre a dívida denominada em dólar. Os analistas acreditam em uma reação positiva do mercado em função de resultados sólidos. O Bradesco BBI comentou que o balanço foi positivo, ajudados por melhores volumes e preços mais fortes, combinados com a redução surpreendente de custos de caixa. Analistas reiteram posição construtiva na companhia.

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Bradesco
O Bradesco (BBDC4) viu seu lucro subir quase 30% no quarto trimestre, apoiado em maiores margens com crédito, robusta alta em seguros e menos despesas com provisões para calotes, embora o crédito tenha crescido abaixo do previsto. De outubro a dezembro, o lucro líquido do segundo maior banco privado do país somou R$ 3,993 bilhões, aumento ano a ano de 29,7%. Excluindo itens não recorrentes, o lucro somou R$ 4,132 bilhões, alta de 29,2%. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para lucro recorrente de R$ 3,971 bilhões.

Cielo (CIEL3)
Já a Cielo, registrou lucro líquido de R$ 803,0 milhões no quarto trimestre, um aumento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Excluindo os R$ 37,2 milhões referentes às despesas relacionadas à Joint Venture com o Banco do Brasil, o lucro líquido da companhia atingiu R$ 827,6 milhões, aumento de 14,5% em relação ao quarto trimestre de 2013. No acumulado do ano, a Cielo teve lucro de R$ 3,23 bilhões, alta de 20,5% contra os R$ 2,68 bilhões de 2013. A companhia aprovou também programa de recompra de até 2 milhões de ações em um ano. 

O Itaú BBA comentou que o balanço da Cielo mostrou que o volume de crédito e débito e preços de pré-pagamento se deterioraram e não descarta uma reação negativa do mercado hoje. Para o Bradesco BBI, a empresa deve enfrentar uma “batalha difícil para apresentar alavancagem operacional no curto prazo e provavelmente terá crescimento suave do lucro em 2015”.  

PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) divulgou ontem à noite seus dados operacionais do quarto trimestre. Segundo a incorporadora, o VGV (Valor Geral de Vendas) do período ficou em R$ 624 milhões, contra R$ 768 milhões do terceiro trimestre, enquanto os distratos subiram para R$ 180 milhões, ante R$ 102 milhões no trimestre anterior.

Eletrobras 
A Eletrobras (ELET3; ELET6) adquiriu 50,93% do capital da Celg D por R$ 59,5 milhões. 

Energias do Brasil
A Energias do Brasil (ENBR3) informou em comunicado divulgado nesta quarta-feira que a energia vendida a clientes finais no mercado cativo cresceu 3,8% no quarto trimestre do ano passado ante mesmo período de 2013. 
A energia destinada para clientes do mercado livre caiu 2,2% na mesma base de comparação. Já a energia vendida no segmento de geração subiu 7,5% no período, enquanto o de energia comercializada teve elevação de 9,5% de outubro a dezembro.

Segundo o Santander, o guidance de volume da companhia confirma os benefícios já esperados de antecipação das unidades de Jari, bem como as penalidades mais baixas para Pecém. Além disso, confirma o crescimento suave de volume nas unidades de distribuição.

Brasil Pharma
A Brasil Pharma (BPHA3) teve seu rating cortado pela agência de classificação de risco Moody’s, de B3 para B1.br.  

Dufry 
A Dufry (DAGB33) exerceu sua opção de comprar 20% de participação na Dufry Lojas Francas (DLF) por uma quantia de 148 milhões de francos suíços de sua parceria minoritária Grupo Brasif. Após o exercício de opção, a Dufry terá 80% da DLF. A DLF é a entidade operacional da Dufry para o novo negócio duty free no Brasil, que inclui as operações duty free no aeroporto de Guarulhos em São Paulo.