Petrobras (PETR4) lucra R$ 26,6 bilhões no terceiro trimestre, queda de 42,2% no ano e abaixo do consenso

Petroleira estatal divulgou seus resultados nesta quinta-feira (9)

Equipe InfoMoney

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A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2023 (3T23) nesta quinta-feira (9), registrando um lucro líquido de R$ 26,6 bilhões, número menor do que os R$ 46,1 bilhões do mesmo período do ano passado, configurando uma queda de 42,2%.

O consenso LSEG de analistas projetava, na média, um lucro líquido de R$ 30,485 bilhões, Ebitda (ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) de R$ 69,05 bilhões e receita líquida de R$ 130,157 bilhões no período entre julho e setembro deste ano.

A receita de vendas da Petrobras ficou em R$ 124,8 bilhões, queda de 26,6% no ano. Na base trimestral, no entanto, houve alta de 11%. Já o Ebitda ficou em R$ 66,2 bilhões.

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“O aumento das receitas no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o segundo trimestre de 2023 é explicado, em grande medida, pela valorização de 11% do Brent e por maiores volumes de vendas de derivados no mercado interno e de exportações de petróleo”, justifica a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (9).

Na comparação ano a ano, houve recuo da receita em todas as frentes no terceiro trimestre – dado o menor preço do petróleo e dos derivados na comparação com o mesmo período de 2022.

No fim de outubro, a Petrobras já havia divulgado sua prévia operacional, com a produção média diária de óleo e gás crescendo 9% no ano e 9,2% no trimestre, chegando a uma média de 2,88 milhões barris por dia.

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Do lado dos custos dos produtos vendidos, o número ficou em R$ 58,5 bilhões, alta de 4,2% na comparação com o segundo trimestre mas com queda de 29,7% na comparação anual.

“O custo dos produtos vendidos cresceu em relação ao segundo trimestre de 2023, refletindo, principalmente, maiores volumes exportados de petróleo, maiores gastos com participações governamentais e maior volume de vendas de derivados no mercado interno, com destaque para o diesel. Este efeito foi parcialmente compensado por menores volumes de importação de gás natural”, contextualiza.

As despesas operacionais, por sua vez, ficaram em R$ 17,5 bilhões, alta de 41,6% no ano e de 12,5% no trimestre – o que a estatal atribui a um aumento das despesas com vendas, por conta das maiores explorações de petróleo, e às maiores despesas exploratórias.

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Por fim, o resultado financeiro da Petrobras foi negativo em R$ 9,7 bilhões. No segundo trimestre, esse número foi negativo em R$ 269 milhões e no terceiro trimestre de 2022, em R$ 7,9 bilhões.

“O resultado financeiro foi impactado principalmente pela perda com variação cambial do real frente ao dólar, que desvalorizou 3,9% na base sequencial, de R$ 4,82 para R$ 5,01. Além desse efeito, contribuíram para um resultado financeiro mais negativo em relação ao 2T23 as
maiores despesas com juros de financiamentos e de arrendamentos”, explica a empresa.

“Apesar do maior lucro bruto, influenciado principalmente pela valorização do Brent e por maiores volumes de exportações de petróleo, de vendas de derivados e menores importações de GNL, o menor lucro líquido observado é explicado, principalmente, pelo resultado financeiro”, acrescenta.

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Quanto aos investimentos, a Petrobras aportou US$ 3,4 bilhões entre julho e setembro deste ano, alta de 4,7% frente ao segundo trimestre e de 59,2% no ano. A companhia fechou o período com sua dívida líquida em R$ 43,7 bilhões, menos do que os R$ 47,4 bilhões de um ano antes mas subindo 3% frente ao segundo trimestre.