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A Petrobras (PETR3; PETR4) apresentará seu resultado do segundo trimestre de 2024 nesta quinta-feira (8), após o fechamento do mercado. A expectativa de analistas é que os números venham ligeiramente abaixo do trimestre anterior. A razão disso é a menor produção de petróleo apresentada pela companhia no último trimestre (quando comparada ao 1T24), que, de acordo com analistas, teria eclipsado o maior volume de vendas e os preços mais estáveis de combustíveis. Na comparação anual, a produção apresentou alta de 2,4%.
Para o research da XP, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) teve apresentar queda de 7% na comparação trimestral, em US$ 11,6 bilhões. O valor representaria a menor produção e os preços de derivados marginalmente mais baixos em dólar, reflexo da depreciação do real.
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“Estes efeitos mais do que compensaram o aumento marginal do preço do Brent de US$ 84 o barril (bbl), uma alta trimestral de 1,2%. O menor Ebitda reflete-se no resultado final, que também é afetado por uma provisão substancial de R$ 11,9 bilhões (após impostos) para uma liquidação fiscal”, considera a XP.
O Bradesco BBI tem projeção ligeiramente mais otimista, com Ebitda de US$ 12,2 bilhões, 2% menor do que o observado no trimestre anterior. Dentre os números esperados para divulgação da Petrobras, os dividendos devem ficar em US$ 2,2 bilhões (ou R$ 12,36 bilhões de acordo com a cotação de fechamento do dólar da véspera), de acordo com o BBI.
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Para o BTG Pactual, a menor produção se soma a spreads reduzidos e maiores descontos na precificação dos combustíveis para resultar em balanço mais fraco. A expectativa da casa é que isso não surpreenda negativamente os investidores, uma vez que os fatores já estariam devidamente precificados.
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“O foco provavelmente estará no gasto de capital (capex, em inglês) orgânico da Petrobras, que está rodando 30% abaixo da orientação e pode reforçar nossa visão de que a geração de fluxo de caixa do acionista (FCFE em inglês) pode ser maior do que o esperado em 2024”, comentam os analistas. Dentre os números, a expectativa é de Ebitda de US$ 12,2 bilhões (queda de 1,5% na comparação trimestral) e dividendos de US$ 2,9 bilhões.
De acordo com o consenso LSEG, a projeção é de um lucro líquido de R$ 22,3 bilhões, Ebitda de R$ 63,26 bilhões e receita de R$ 129,23 bilhões.