Petrobras (PETR4) eleva produção no 3º trimestre apoiada pelo pré-sal

Petroleira elevou 1,2% produção frente ao segundo trimestre deste ano, mas apresentou queda de 4,1% na comparação anual

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3,PETR4) registrou uma produção média no terceiro trimestre deste ano de 2,83 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN), segundo relatório de produção divulgado nesta quarta-feira (20).

Segundo a companhia, esse foi um incremento de 1,2% frente ao segundo trimestre deste ano, mas retração de 4,1% na comparação anual. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a produção recua 3,1%.

A Petrobras destacou que o aumento da produção entre julho e setembro ocorreu devido, principalmente, à entrada em operação do FPSO Carioca (campo de Sépia) no pré-sal da Bacia de Santos e à maior média de produção do trimestre do FPSO P-70 (campo de Atapu), após alcançar a sua capacidade de produção no início de julho.

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Pré-sal da Petrobras

Conforme o relatório, do total produzido, o extraído dos campos pré-sal atingiu 1,673 milhão de boe/d, representando alta de 3,3% na comparação com o segundo trimestre e de 1,3% no ano. Entre janeiro e setembro, essa é única linha com expansão da produção.

Enquanto isso, do total produzido pela Petrobras, 71% vieram do pré-sal, ante 67% do mesmo intervalo de 2020.

Mais operação

A Petrobras destacou a entrada em operação da plataforma flutuante (FPSO, na sigla em inglês) Carioca, com o 1º óleo do campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos.

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A nova unidade, que possui capacidade para processar até 180 Mbpd de óleo e 6 milhões de m3 de gás natural, contribuirá para ampliar o crescimento da produção no pré-sal.

Essa será a maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade, acrescentou a companhia.

“O FPSO Carioca é um exemplo da nossa estratégia de concentrar investimentos em ativos de exploração e produção de classe mundial, como o pré-sal, que possui áreas com grandes reservas, baixo risco e custos competitivos. Isso promove mais retorno para a empresa e a sociedade, criando um ciclo virtuoso de geração de valor”, afirma o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.

Já a produção do pós-sal no terceiro trimestre foi de 501 Mbpd, montante 1,0 % inferior ao trimestre anterior, “devido às maiores perdas com paradas de manutenção e ao declínio natural dos reservatórios, efeitos parcialmente compensados pelos ganhos de projetos complementares no Campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos.”

Derivados de petróleo

No terceiro trimestre, a comercialização de derivados no mercado interno cresceu novamente, atingindo volumes de 1.946 Mbpd, com destaque para o aumento das vendas de diesel, gasolina e QAV.

O processamento de petróleo e a produção de derivados aumentaram no 3º trimestre deste ano, acompanhando o crescimento das vendas no mercado interno.

Vendas de derivados

Conforme a empresa, a expansão das vendas de derivados foi de 10,6% frente o segundo trimestre e de 10,5% na comparação anual.

Nesse total, as vendas de gasolina no terceiro trimestre registraram crescimento de 14,3% em relação ao 2T21, com destaque para as vendas de setembro de 2021, as maiores desde dezembro de 2017.

“Houve ganho de participação da gasolina sobre o etanol hidratado em veículos flex na comparação entre os trimestres, devido, principalmente, à oferta de etanol a preços mais altos, favorecendo o consumo da gasolina”, explicou a empresa.

Além disso, afirmou, vem ocorrendo uma elevação gradual da demanda ciclo Otto ao longo dos meses com a redução das medidas restritivas, relacionadas à pandemia, considerando-se que no 2T21 houve restrições mais intensas em algumas cidades.

Por sua vez, a produção de gasolina acompanhou o movimento das vendas, com aumento de 14,3% no 3T21 em comparação ao 2T21, com a retomada da capacidade de produção após as paradas programadas.

Diesel

De acordo com o relatório, as vendas de diesel foram de 867 Mbpd no 3T21, as maiores desde 2015 e as vendas de gasolina foram de 441 Mbpd no 3T21, chegando a 449 Mbpd em setembro, maiores volumes desde 2017.

O principal motivo do aumento foi a sazonalidade da demanda, com consumo mais alto no terceiro trimestre em função do período de safra de grãos e da atividade industrial, além da redução do teor médio de biodiesel entre os trimestres.

“Alcançamos novo recorde de vendas de diesel S-10 em setembro, com a comercialização de 498 Mbpd, volume 2,7% acima do recorde anterior, alcançado em julho de 2021”.

Adicionalmente, a empresa informou que segue elevando a parcela de petróleo do pré-sal utilizado nas refinarias, “em consonância com o perfil de produção e as demandas e oportunidades do mercado nacional e internacional”.

Conforme a Petrobras, o processamento de petróleo do pré-sal se manteve elevado no 3T21, representando 63% da carga processada e um novo recorde de 1.125 Mbpd, com participação de 65% em setembro.

Produção de derivados

A produção de derivados, por sua vez, subiu 11,0% no 3T21 em relação ao 2T21 devido à maior demanda do mercado interno e maior disponibilidade de refino.

Segundo a Petrobras, no 2T21 houve concentração de paradas programadas nas refinarias REDUC, RPBC, REGAP, RLAM, REPAR e REVAP.

Exportações e importações da Petrobras

Por fim, a Petrobras informou que a exportação líquida no 3T21 teve queda 39% em relação ao 2T21.

Isso ocorreu, sobretudo, à redução nas exportações de petróleo, em função da maior carga nas refinarias no trimestre, à retomada da capacidade de refino após as paradas programadas e ao crescimento do mercado no 3T21.

O aumento das importações de derivados no 3T21 também contribuiu para a queda da exportação líquida, com destaque para a importação de diesel e gasolina, que se elevaram devido ao aumento das vendas no mercado doméstico.

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