Petrobras (PETR4): Bacia de Pelotas pode ser uma importante forma de diversificação e redução de riscos, apontam analistas

ANP (Agência Nacional do Petróleo) realizou na última quarta-feira (14) o seu 4º Ciclo de Oferta Permanente de Concessões

Felipe Moreira

Agência Nacional do Petróleo (ANP)

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A ANP (Agência Nacional do Petróleo) realizou na última quarta-feira (14) o seu 4º Ciclo de Oferta Permanente de Concessões. Dos 602 blocos oferecidos em nove bacias diferentes, apenas 192 receberam propostas (144 blocos em terra e 48 blocos no mar), totalizando um bônus de assinatura de aproximadamente US$ 85,7 milhões, o equivalente R$ 421,7 milhões.

A Bacia de Pelotas foi o destaque principal do leilão, concentrando cerca de 70% do total do bônus de assinatura. Petrobras (PETR4), Shell, CNOOC, Chevron, Equinor e Karoon foram as principais empresas de petróleo que venceram blocos no mar, enquanto 3R Petroleum (RRRP3), PetroRecôncavo (RECV3) e Eneva (ENEV3) foram as principais empresas que venceram blocos em terra.

O Morgan Stanley destaca que essa rodada de licitações marcou o retorno da Petrobras à Bacia de Pelotas. A estatal, trabalhando em dois consórcios diferentes, adquiriu 29 blocos na bacia, atingindo um bônus de assinatura de cerca de US$ 23,6 milhões, a ser pago em abril de 2024. Os consórcios da Petrobras enfrentaram a concorrência da Chevron em 11 lances, mas a Petrobras venceu todos eles. No cenário em terra, 3R e PetroRecôncavo adquiriram três e dois blocos na Bacia Potiguar, respectivamente.

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Na visão do banco americano, apesar de não ter sido um leilão altamente competitivo, o interesse demonstrado na Bacia de Pelotas pode representar uma nova fronteira de investimentos exploratórios no Brasil.

“Ainda é cedo para avaliar o potencial da região, especialmente após a devolução de blocos pela Petrobras nos últimos anos”, comenta. “No entanto, a dominância da empresa durante o leilão pode representar uma visão mais positiva da bacia e ser uma maneira importante de diversificar seu portfólio exploratório e reduzir os riscos relacionados à possibilidade de questões de licenciamento ambiental na Bacia do Foz do Amazonas”, avalia.

O Bradesco BBI, por sua vez, aponta que a participação da Petrobras na bacia de Pelotas era esperada, pois é “unida” à pré-Pangea da bacia da Namíbia, que fez vários recentes descobertas importantes anunciado pela Shell e TTE.