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O leilão de blocos exploratórios de petróleo em regime de concessão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) arrecadou nesta quarta-feira, 13 de dezembro, R$ 421,7 milhões em bônus de assinatura para o governo federal. O montante será pago no momento de assinatura dos contratos.
Ao todo, informou a ANP, 192 blocos dos 602 ofertados foram arrematados por 15 diferentes empresas, que entraram na disputa sozinhas ou consorciadas entre si.
Ao final, o desembolso das empresas ficou 179,69% acima do mínimo exigido em edital para as concessões vendidas.
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Entre as empresas tradicionais do setor, as grandes vencedoras foram a Petrobras (PETR4) e a britânica Shell que, juntas, arremataram 29 blocos na Bacia de Pelotas, no litoral sul do País. Em três desses blocos, a dupla terá como sócia a petroleira chinesa CNOOC, que tem negócios no pré-sal há anos.
Na mesma Bacia de Pelotas, a norte-americana Chevron levou sozinha outros 15 blocos, em apertado rali com o consórcio encabeçado pela Petrobrás.
Os lances vencedores por Pelotas corresponderam a 71% do total arrecadado no leilão ou R$ 298,74 milhões.
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Fora das ambições do mercado por duas décadas, Pelotas voltou à baila neste ano como fronteira de exploração após resultados promissores do outro lado do oceano, na Namíbia, e animação do mercado com o litoral uruguaio, espécie de continuação do litoral brasileiro.
Além disso, as negativas ao licenciamento ambiental na Margem Equatorial têm levado a Petrobras a reorientar suas buscas.
‘Grande sucesso’
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, definiu o leilão como “grande sucesso” e disse que o resultado vai permitir à Petrobras expandir sua área exploratória de 30 mil quilômetros quadrados para 50 mil quilômetros quadrados.
Prates destacou que o baixo risco de licenciamento ambiental em Pelotas e o bom potencial da região para geração de energia eólica offshore, mercado em que a Petrobras pretende se lançar no futuro.
Comparação
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No 3º Ciclo de Oferta Permanente no regime de concessão, realizado em abril de 2022, 59 blocos foram arrematados por 13 empresas, com arrecadação de R$ 422 milhões em bônus de assinatura, recorde até então.
Em comparação, o 1º Ciclo da Oferta Permanente de concessão, em 2019, movimentou apenas R$ 15,3 milhões, em cima de 33 ativos.
Já o 2º Ciclo, em 2020, levantou R$ 30,9 milhões em bônus e vendeu 17 concessões.
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Shell fala em acerto ao entrar na disputa com a Petrobras
Já o presidente da Shell, Cristiano Pinto da Costa, disse que a companhia acertou ao entrar na disputa junto da Petrobras e defendeu a abertura de novas fronteiras exploratórias, necessidade que teria ficado patente no certame desta quarta-feira.
Outra bacia que despertou interesse, ainda que bem menor, foi a de Santos, onde a CNOOC arrematou um bloco sozinho, a Karoon Energy, outros dois e, a norueguesa Equinor, mais um ao notável bônus de R$ 62,5 milhões.
Na Amazônia, área sob forte vigilância ambiental, a produtora de gás Eneva arrematou a área de acumulação marginal de Japiim logo na abertura do certame.
A companhia chegou a disputar mais um campo na Bacia do Amazonas, mas foi superada pelo grupo Atem, que arrematou bloco AM-T-63 pagando um bônus de R$ 5,08 milhões, quase cinco vezes mais que a proposta da Eneva.
Da metade para o fim do leilão de concessão, um personagem em especial chamou a atenção de todos os presentes, o empresário mineiro Ernani Machado, presidente da Elysian, empresa entrante no setor que arrematou nada menos do que 122 blocos a bônus médio relativamente baixo, mas que pelo volume de ofertas, vai exigir um desembolso de R$ 12 milhões.
As concessões da Elysian se concentram principalmente na Bacia Potiguar, mas também nas bacias de Sergipe-Alagoas e do Espírito Santo.
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