Petrobras (PETR4): ações seguem atrativas com retorno de dividendos em até 18% em 2024, diz Goldman

Estatal tem capacidade financeira para pagamento de até US$ 7 bi em dividendos extraordinários no curto prazo, avalia banco

Felipe Moreira

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - MAY 12: A person walks by The Petroleo Brasileiro SA (Petrobras) headquarters on May 12, 2023 in Rio de Janeiro, Brazil. Brazilian President Lula Da Silva said on Thursday that his administration is working to reduce the price of gas in Petrobras and that the government will keep its stake at the company. (Photo by Buda Mendes/Getty Images)
RIO DE JANEIRO, BRAZIL - MAY 12: A person walks by The Petroleo Brasileiro SA (Petrobras) headquarters on May 12, 2023 in Rio de Janeiro, Brazil. Brazilian President Lula Da Silva said on Thursday that his administration is working to reduce the price of gas in Petrobras and that the government will keep its stake at the company. (Photo by Buda Mendes/Getty Images)

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Depois do retorno total da Petrobras (PETR4) aos acionistas atingir 51% (54% de rendimento de dividendos – 3% de variação no preço das ações) em 2022 e 67% (17% de rendimento de dividendos + 50% de valorização do preço das ações) no ano passado, o Golman Sachs segue vendo as ações da estatal como atrativas, com espaço para um potencial de rendimento de dividendos (dividend yield) de 11 a 18% em 2024.

O Goldman Sachs mantém recomendação de compra para Petrobras; o preço-alvo para as ações é de R$ 45,10 para PETR3 (14% de upside) e R$ 41,00 para PETR4 (8% de upside).

Segundo os analistas, embora a atual política de remuneração aos acionistas da estatal implique um rendimento de dividendos de aproximadamente 11% em 2024 (que está ligeiramente acima da média dos pares globais), o banco acredita que a estatal possa distribuir dividendos extraordinários, devido a projeção de rendimento de fluxo de caixa (FCF yield, na sigla em inglês) de aproximadamente 16% em 2024, e alta posição de caixa – cerca de US$ 17 bilhões em 30 de setembro de 2023.

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Segundo cálculos do Goldman, a estatal tem capacidade financeira para o pagamento potencial de até US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários no curto prazo (potencialmente em março com os resultados do 4T23), sob a suposição de que a petrolífera reduziria sua posição de caixa para o nível mínimo exigido, como previamente indicado pela administração.

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Com relação à valorização das ações em si, contudo, analistas veem um espaço limitado para novos ganhos em 2024 a níveis semelhante aos de 2023, “uma vez que há um ano, o mercado estava preocupado com uma potencial mudança significativa nas políticas de dividendos, alocação de capital e preços de combustíveis, enquanto o os desdobramentos em 2023 reduziram o risco deste cenário, conforme refletido no desempenho do preço das ações no ano passado (Petrobras subiu 50% nos últimos 12 meses)”.

O desconto Preço/Lucro da Petrobras em relação às grandes empresas globais já diminuiu de 57% há um ano para 40% atualmente, agora semelhante à média dos últimos 3 anos.

Os analistas ainda projetam que o rendimento do FCF da estatal em 2024 atinja 16%, cerca de 5 pontos percentuais (p.p.) acima da média das principais empresas globais, mas em 2025 estimam um declínio para 12% (que é apenas 1 p.p. acima da média das principais empresas globais) devido ao investimento anual mais elevado, aos preços do petróleo ligeiramente mais baixos (a curva futura está invertida) e ao pressuposto de spreads de crack normalizados.