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Depois do retorno total da Petrobras (PETR4) aos acionistas atingir 51% (54% de rendimento de dividendos – 3% de variação no preço das ações) em 2022 e 67% (17% de rendimento de dividendos + 50% de valorização do preço das ações) no ano passado, o Golman Sachs segue vendo as ações da estatal como atrativas, com espaço para um potencial de rendimento de dividendos (dividend yield) de 11 a 18% em 2024.
O Goldman Sachs mantém recomendação de compra para Petrobras; o preço-alvo para as ações é de R$ 45,10 para PETR3 (14% de upside) e R$ 41,00 para PETR4 (8% de upside).
Segundo os analistas, embora a atual política de remuneração aos acionistas da estatal implique um rendimento de dividendos de aproximadamente 11% em 2024 (que está ligeiramente acima da média dos pares globais), o banco acredita que a estatal possa distribuir dividendos extraordinários, devido a projeção de rendimento de fluxo de caixa (FCF yield, na sigla em inglês) de aproximadamente 16% em 2024, e alta posição de caixa – cerca de US$ 17 bilhões em 30 de setembro de 2023.
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Segundo cálculos do Goldman, a estatal tem capacidade financeira para o pagamento potencial de até US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários no curto prazo (potencialmente em março com os resultados do 4T23), sob a suposição de que a petrolífera reduziria sua posição de caixa para o nível mínimo exigido, como previamente indicado pela administração.
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Com relação à valorização das ações em si, contudo, analistas veem um espaço limitado para novos ganhos em 2024 a níveis semelhante aos de 2023, “uma vez que há um ano, o mercado estava preocupado com uma potencial mudança significativa nas políticas de dividendos, alocação de capital e preços de combustíveis, enquanto o os desdobramentos em 2023 reduziram o risco deste cenário, conforme refletido no desempenho do preço das ações no ano passado (Petrobras subiu 50% nos últimos 12 meses)”.
O desconto Preço/Lucro da Petrobras em relação às grandes empresas globais já diminuiu de 57% há um ano para 40% atualmente, agora semelhante à média dos últimos 3 anos.
Os analistas ainda projetam que o rendimento do FCF da estatal em 2024 atinja 16%, cerca de 5 pontos percentuais (p.p.) acima da média das principais empresas globais, mas em 2025 estimam um declínio para 12% (que é apenas 1 p.p. acima da média das principais empresas globais) devido ao investimento anual mais elevado, aos preços do petróleo ligeiramente mais baixos (a curva futura está invertida) e ao pressuposto de spreads de crack normalizados.