Petrobras: Luna reafirma em NY liberdade de gestão e garante dividendos

CEO da Petrobras diz que ano de eleição tem pressões em qualquer lugar do mundo, mas que não vê nenhum risco de não pagamento de dividendos

Estadão Conteúdo

(Rodrigo Soldon/Flickr)

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Em sua primeira apresentação em Nova York para analistas, durante o Petrobras Day, nesta terça-feira, 30, o presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, foi logo de saída questionado sobre a governança da companhia e o impacto das eleições de 2022, pergunta repetida algumas vezes durante a apresentação.

Luna reafirmou que a empresa é acompanhada por vários órgãos, e que sua equipe tem total conforto e liberdade para gerenciar. Ele disse que a estatal vai entregar o que prometeu aos acionistas na sua nova política de dividendos, e descartou riscos políticos com as eleições no ano que vem.

“Ano de eleição tem pressões em qualquer lugar no mundo. A economia continua refletindo a recuperação da pandemia. Mas não vemos nenhum risco de não entregarmos (dividendos). Pelo contrário, no momento em que atingimos o nível de dívida com um ano de antecedência, assumimos o compromisso com nossos investidores, é uma coisa que temos condições de cumprir”, disse Luna.

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O Conselho de Administração da Petrobras aprovou em 24 de novembro a revisão da Política de Remuneração aos Acionistas, que passa a ter mínima anual de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do Brent for superior a US$ 40/bbl, a qual poderá ser distribuída independente do seu nível de endividamento, desde que observados os princípios previstos na política.

Ressarcida

Presente no evento, o diretor de Governança e Conformidade, Salvador Dahan, também garantiu aos investidores que a Petrobras hoje é guiada para compartilhar todas as informações, o que dá transparência às suas decisões. Segundo ele, se a empresa tiver que adotar políticas públicas, terá que ser compensada, e não há como garantir 100% de proteção.

“Mas temos um modelo de decisão muito responsável”, explicou Dahan. “Rodamos testes de estresse todo o tempo para ver como os controles internos detectam violações nos códigos de conduta”, informou.

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O diretor destacou ainda, que a estatal mantém uma política de nomeação rígida para evitar influência política, como já ocorreu no passado.

“Se comparar a política de nomeação da Petrobras com a média do mercado privado, ou mesmo estatais no Brasil, nossos requisitos são altos para evitar relações políticas, relações com partidos políticos, pessoas sem conhecimento”, explicou.

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