Petrobras estuda vender US$ 8 bi em ativos e JP eleva Ambev; BB e mais 10 notícias no radar

De acordo com informações do jornal O Globo de hoje, o Banco do Brasil (BBAS3) decidiu cobrar na Justiça o ex-diretor de marketing Henrique Pizzolato e o publicitário Marcos Valério o dinheiro desviado do fundo Visanet para abastecer o chamado o valerioduto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta segunda-feira (1) é bastante movimentado, com destaque para o noticiário das estatais. De acordo com informações do jornal O Globo de hoje, o Banco do Brasil (BBAS3) decidiu cobrar na Justiça o ex-diretor de marketing Henrique Pizzolato e o publicitário Marcos Valério o dinheiro desviado do fundo Visanet para abastecer o chamado o valerioduto, dez anos depois do mensalão.

O BB deve pedir na Justiça um valor menor do que os R$ 73,8 milhões apontados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) como sendo o total desviado da cota do banco no fundo da empresa de cartão de crédito.

Segundo o jornal, o BB avalia que não se poderia cobrar todo o valor que está no acórdão do Supremo porque há comprovação de que algumas campanhas de publicidade foram realmente veiculadas. Para chegar a uma cifra, funcionários do BB começaram a fazer um levantamento desses casos há cerca de um ano e meio. O valor exato é mantido sob sigilo.

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Petrobras
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras (PETR3;PETR4) pode colocar à venda parte dos campos de petróleo que possui no golfo do México, nos EUA. Os ativos da companhia estão avaliados em cerca de US$ 8 bilhões na região.

A estatal teria contratado o banco BNP Paribas para conduzir o negócio, mas ainda não iniciou o processo de venda, segundo o jornal. A Petrobras diz que “não informa sobre hipotéticas negociações ou acordos”. 

As pessoas envolvidas no processo de venda desses ativos acreditam que o valor total do patrimônio que a estatal está oferecendo no mercado chegue a US$ 20 bilhões. 

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Nesta manhã, o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) suspendeu a Petrobras do seu quadro de associados por 12 meses devido a dúvidas sobre os mecanismos de controle interno da companhia após as denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, informou nesta segunda-feira a estatal, citando correspondência recebida do instituto.

“Não se encontra ainda evidências de que a companhia adotou mecanismos robustos e efetivos para monitorar o padrão de conduta ético estabelecido em suas políticas e que mantenha sobre tais mecanismos controles independentes e supervisionados regularmente pelo Conselho de Administração”, disse o IBGC no documento enviado à Petrobras.

A Petrobras ainda foi autorizada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a operar novas unidades de processamento de gás natural no Terminal de Cabiúnas (Tecab), em Macaé, no Rio de Janeiro. A autorização é por tempo determinado de 90 dias, sendo considerada uma pré-operação para licença de instalação, segundo decisão da diretoria da agência reguladora, publicada na última sexta-feira, 29, pela autarquia.

Os dados sobre a ampliação das unidades de processamento não foram informados pela autarquia. O projeto apresentado pela Petrobras previa a construção a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) com entrada em operação no segundo semestre de 2014. A unidade permitiria ampliar de 23 milhões para 28 milhões de metros cúbicos a capacidade diária de processamento de gás natural. A unidade também processaria óleo condensado, ampliando em 1.500 metros quadrados por dia a capacidade do terminal.

A Petrobras ainda teve o preço-alvo do ADR elevado pelo Santander de US$ 7,20 para US$ 8,10; o banco destacou que a desalavancagem é fundamental, mas é desafiadora. 

O anúncio da atualização do plano estratégico da Petrobras de 2015-19 previsto para o final de junho será o catalisador mais importante para o estoque no futuro próximo. “O foco da Administração sobre desalavancagem é fundamental, mas vai levar tempo a concretizar, em nosso ponto de vista.  O nosso cenário de base implica apenas uma lenta melhoria nas metas de dívida da empresa, dado que a Petrobras continuou com a dependência de dívida no futuro. Além disso, pesada dívida da empresa resulta em apenas uma lenta melhora em seu retorno sobre o capital empregado ao longo do tempo, que permanece abaixo do seu custo de capital nos próximos anos. No da front geração de fluxo de caixa livre, estimamos que Petrobras continuará a gerar fluxo de caixa livre negativo, pelo menos, até 2020“.

Ambev
As ações da Ambev (ABEV3) tiveram a sua recomendação elevada de neutra para overweight (exposição acima da média do mercado) pelo JPMorgan, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 18,40 para R$ 21,30, sendo considerado agora a top pick do setor. O preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) passou de US$ 5,80 para US$ 6,50. 

Bradesco
Conforme informações do jornal Valor Econômico, ainda com alguma sobra de recursos na caderneta de poupança para aplicar no financiamento imobiliário, Itaú e Bradesco terão que encontrar soluções para emprestar mais se não quiserem perder a rentabilidade.

O jornal ouviu o vice-presidente do Bradesco, Domingos Figueiredo de Abreu, que destacou que o Bradesco avalia a possibilidade de reduzir a taxa do financiamento imobiliário para atrair mais consumidores interessados na compra de imóveis.  

BHG 
Em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) realizada na última sexta-feira, os acionistas da BHG (BHGR3) aprovaram a emissão de R$ 400 milhões em debêntures, com valor nominal unitário de R$ 10 mil. A emissão será realizada em série única. 

BRB
O Banco de Brasília (BSLI3) informou em comunicado que não estuda alienar ações pertencentes ao governo de Brasília. O banco comunicou que o poder legislativo do Distrito Federal recebeu, em 26 de maio, o Projeto de Lei 467/2015, de autoria do poder executivo do Governo de Brasília, que autoriza a alienação da participação acionária de suas empresas até o limite da manutenção do controle acionário pelo ente.

“Ressaltamos que o Estatuto Social do BRB já obriga, em seu art. 13, que o Distrito Federal detenha sempre, no mínimo, 51% das ações do Banco com direito a voto. Informamos, ainda, que no âmbito do BRB não há nenhuma deliberação por parte do seu Conselho de Administração ou qualquer estudo em andamento sobre a alienação das ações pertencentes ao Governo de Brasília. Caso o Projeto de Lei seja aprovado e a decisão de alienação acionária abranja a participação do Governo de Brasília no BRB, o mercado será comunicado tempestivamente, nos termos da Instrução Normativa nº 358/2002 da CVM”, informou a nota.

CPFL Energias Renováveis
A CPFL Energias Renováveis (CPRE3) comunicou ao mercado a atualização de suas projeções de investimentos para o período entre 2015-2019. Para tal período, a companhia planeja investir R$ 2,3 bilhões que serão direcionados, principalmente, para construção de projetos, informou.

Unipar
O megainvestidor em Bolsa Luiz Barsi Filho informou à empresa Unipar Carbocloro (UNIP6) que, na última sexta-feira, alcançou posição de 8.233.945 ações preferenciais nominativas classe “B”, representativa de 15,5% das referidas ações e a 9,86% em relação ao Capital Total.

Ele informou ainda que detém 3.041.100 ações ordinárias nominativas, representando 10,92% sobre este tipo de ação e a 3,64% do capital Social total. “Em decorrência desse aumento de participação passei a deter 8.233.945 ações preferenciais classe “B” e 3.041.100 ações ordinárias nominativas, significando uma participação integral equivalente a 13,49% do Capital Social”, destacou.

“Por fim, informo que não detenho quaisquer bônus de subscrição, direitos de subscrição ou opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações em emissão da Companhia, declarando finalmente que o referido aumento de participação não tem como objetivo alterar a composição do controle ou da estrutura administrativa da companhia”.

Gol
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o custo
 trabalhista de aéreas pode subir em R$ 2,23 bilhões com nova lei segundo estimativa da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e impactar as companhias do setor. O projeto de lei que altera as condições de trabalho dos pilotos mobilizou as principais companhias aéreas brasileiras nas últimas semanas. As empresas alegam que a mudança pode gerar um novo choque de custo no setor e até inviabilizar algumas rotas novas e atuais. O maior impacto seria sentido pela TAM, que voa para mais destinos internacionais e compete com aéreas estrangeiras.

A proposta em análise na Comissão de Viação e Transporte da Câmara trata da criação de um sistema de gerenciamento de fadiga pelas empresas aéreas brasileiras, com foco em aumentar a segurança dos voos e melhorar a qualidade de vida dos tripulantes. O texto muda regras trabalhistas em vigor desde 1984, como folgas, jornada máxima diária ou mensal, pagamento de horas extras e disposições sobre voos na madrugada.

Qualicorp
Após ver suas ações desabarem 20% em poucas horas na Bolsa, a Qualicorp (QUAL3) foi a público no final do pregão da última sexta-feira (29) para convocar o mercado para uma teleconferência hoje, 1° de junho, para esclarecer o ocorrido. 

Segundo o comunicado da companhia, a teleconferência será realizada às 09h (horário de Brasília). Informações adicionais podem ser encontradas no portal de relações com investidores da empresa.

Sobre a queda das ações, a empresa disse que tudo não passou de rumores e que desconhece o teor da matéria geradora da derrocada das ações sobre envolvimento do dona da Qualicorp, José Seripieri Filho, na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, conforme foi divulgado no jornal O Globo nesta tarde. Na mínima da última sexta-feira, os papéis da companhia chegaram a cair 26%.

Em nota esclarecendo a reportagem, a companhia reforçou que a não foi alvo da operação e as atividades da companhia seguem em completa normalidade, dentro dos mais altos padrões de governança, auditoria e compliance. A companhia esclareceu ainda que está tomando as medidas cabíveis para preservar seus interesses.   

A Qualicorp anunciou ainda a aprovação de programa de recompra de ações. O prazo máximo para a aquisição de ações da Companhia no âmbito do Programa será de 365 dias, contados a partir do dia 01.06.2015 e tendo como termo final o dia 31.05.2016, cabendo à Diretoria definir as datas em que a recompra será efetivamente executada. O limite de ações a ser adquirido pela Companhia nos termos do Programa é de até 2.105.263 do total de ações em circulação da Companhia, de um total de 218.195.895 em circulação no mercado. 

Cemig
A Cemig (CMIG4) foi designada para prestar serviços para treze hidrelétricas. A decisão envolve Três Marias, com potência instalada de 396 MW, e Salto Grande, com 102 MW, e outras 11 usinas, segundo portaria do MME publicada no Diário Oficial.

A portaria também define custos da gestão dos ativos de geração das usinas que serão utilizados para a definição das respectivas receitas anuais de geração.

General Shopping
A General Shopping (GSHP3) informou a eleição de Alexandre Lopes Dias como presidente.

All Ore
A All Ore Cosmetics (AORE3) informa a seus acionistas e ao mercado em geral que, nesta data, o Conselho de Administração da Companhia aprovou, por unanimidade, a alteração da denominação social da Companhia para Sweet Cosmetics.

“Conforme aprovado, pela totalidade dos acionistas presentes, na Assembleia Geral Extraordinária da Companhia de 31 de março de 2015, ficou facultada ao Conselho de Administração da Companhia a alteração da denominação social para ‘Sweet Cosmetics S.A.’ até 31 de março de 2016, sem a necessidade de nova aprovação pela Assembleia Geral. Dessa forma, a nova denominação social da Companhia, a partir desta data, passa a ser ‘Sweet Cosmetics S.A.’, informou.

 Em março, a companhia chegou à sua fase final de transformação na Bolsa. A empresa, criada em 2008 focada em identificação e exploração de mineração como ouro e minério de ferro, agora trabalha no negócio de cosméticos e produtos de beleza. 

(Com Reuters e Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.