Petrobras eleva gasolina em 1,7%; resultados de CCR, Suzano e mais 4 empresas agitam a noite

Confiras as principais notícias corporativas da noite desta quinta-feira (26)

Rodrigo Tolotti

(Foto: Bloomberg)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo da noite desta quinta-feira (26) fica bastante agitado diante da temporada de resultados do terceiro trimestre, em especial a Raia Drogasil, a Suzano e a CCR. Enquanto isso, o Banco Central aprovou a compra do Citibank pelo Itaú Unibanco e a Petrobras comunicou um novo reajuste de combustíveis. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou nesta noite um aumento de 1,7% no preço da gasolina e redução de 0,5% no valor do diesel comercializados nas refinarias. Os novos valores passam a valer a partir de amanhã, 27 de outubro.

A companhia pratica uma nova política de preços desde o dia 3 de julho deste ano. Pela metodologia atual, os reajustes acontecem com maior frequência, podendo inclusive ser diários.

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RD (RADL3)
A RD fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 136,49 milhões, resultado 16,8% superior ao apresentado no mesmo período de 2016, mas ficando levemente abaixo dos R$ 137 milhões esperados pelos analistas consultados pela Bloomberg.

A receita, por sua vez, atingiu R$ 3,580 bilhões, uma alta de 17% ante os R$ 3,050 de um ano atrás. Especialistas projetavam receita de R$ 3,421 bilhões. Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 296,5 milhões, 16,72% acima do período entre julho e setembro do ano passado – e levemente acima dos R$ 294 milhões que o mercado esperava.

Os ativos da companhia voltaram para a Carteira InfoMoney no mês de outubro, com participação de 6,4% (para conferir o portfólio completo, clique aqui). No mês, os papéis estão estáveis, enquanto no acumulado de 2017, as ações RADL3 registram valorização de 23,41%.

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Enquanto os especialistas esperavam uma queda da margem Ebitda, a companhia conseguiu entregar um resultado estável em 8,3%. “Apesar de termos enfrentado uma pressão de margem bruta de 1,0 ponto percentual no trimestre, principalmente em função da forte base de comparação do 3T16, fomos capazes de neutralizá-la completamente através da diluição de despesas, obtendo um sólido ganho de eficiência que, ao contrário da pressão de margem bruta, é estrutural e recorrente, e será fundamental para apoiar a expansão da margem nos próximos trimestres”, disse a empresa.

As vendas mesmas lojas (abertas a mais de 12 meses), por sua vez, tiveram resultado levemente abaixo do esperado. Enquanto os analistas apontavam para uma alta de 8%, a companhia entregou 7,6% no terceiro trimestre. “Registramos um efeito calendário negativo de 0,1% no período, embora tenhamos nos beneficiado de uma base menor de comparação no 3T16 devido às Olimpíadas”, explicou a RD.

CCR (CCRO3)
A CCR reportou um lucro líquido de R$ 472,3 milhões no terceiro trimestre, resultado 59% inferior ao apresentado no mesmo período de 2016. Na mesma base – resultado que exclui diversos eventos ocorridos desde o ano passado -, o lucro ficou em R$ 433,1 milhões, avanço de 63,1%.

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O critério “mesma base” exclui efeitos não-recorrentes das aquisições de participações na ViaQuatro e na ViaRio. Além disso, também não considera a ViaQuatro, que passou a ser controlada a partir do segundo trimestre deste ano, e a STP, cuja venda da participação foi concluída em 31 de agosto do ano passado.

A coordenadora de Relações com Investidores da CCR, Flávia Godoy, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o crescimento do lucro líquido na mesma base no terceiro trimestre explica-se, principalmente, pela exclusão dos efeitos da venda de participação da STP – Sem Parar, concluída no final de agosto de 2016. De acordo com Flávia, a venda havia impactado positivamente o resultado do terceiro trimestre do ano passado, adicionando R$ 1,3 bilhão ao Ebitda e R$ 863 milhões ao lucro daquele período.

A receita líquida, por sua vez, atingiu R$ 1,983 bilhão, uma alta de 11,5% ante os R$ 1,778 bilhão de um ano atrás – o resultado na mesma base subiu 4,6%, para R$ 1,860 bilhão. Especialistas projetavam receita de R$ 2,108 bilhões. Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,268 bilhão, 47,8% abaixo do período entre julho e setembro do ano passado. O Ebitda ajustado subiu 5,7%, para R$ 1,187 bilhão, ficando abaixo dos R$ 1,340 bilhão que o mercado esperava.

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Um dos principais pontos foi a esperada recuperação do volume de tráfego da concessionária de rodovias após 3 trimestres de queda. A CCR conseguiu entregar um avanço de 4,1% no tráfego, para 260,56 bilhões de veículos equivalentes, excluindo os dados da ViaRio. Considerando esta concessão, a empresa viu seu tráfego subir 5%, para 263,15 bilhões.

Suzano (SUZB5)
A Suzano Papel e Celulose registrou um lucro líquido de R$ 801 milhões no terceiro trimestre de 2017, um valor 15 vezes acima do mesmo período do ano passado (R$ 52,8 milhões) e praticamente estável (-0,5%) ante o segundo trimestre de 2016.

De julho a setembro deste ano, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 1,186 bilhão, um avanço de 54,5% ante igual intervalo de 2016. No período, a margem Ebitda ajustada passou de 35,3% para 45,7%.

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A receita líquida totalizou R$ 2,595 bilhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 19% em relação ao mesmo período de 2016.

As despesas financeiras foram de R$ 315,222 milhões, um avanço de 5% na comparação com o ano passado, enquanto as receitas financeiras somaram R$ 66,326 milhões, queda de 42,1%. A Suzano, porém, registrou uma variação cambial e monetária positiva de R$ 340,840 milhões e um resultado também positivo de R$ 177,736 milhões de operações com derivativos. Assim, o resultado financeiro ficou positivo em R$ 269,680 milhões no terceiro trimestre de 2017.

Cia. Hering (HGTX3)
A Cia Hering registrou lucro líquido de R$ 51,9 milhões no terceiro trimestre de 2017, o que representa uma queda de 9,8% ante o registrado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) por sua vez cresceu 30,9% entre julho e setembro na comparação com os mesmos meses de 2016 para R$ R$ 63,8 milhões.

A receita líquida totalizou R$ 375,103 milhões no terceiro trimestre, com avanço de 7% ante o apurado um ano antes.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 13,317 milhões entre julho e setembro, o que representa uma queda de 56,3% ante o mesmo período de 2016.

Pão de Açúcar (PCAR4)
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) reportou lucro líquido consolidado de R$ 32 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo prejuízo de R$ 119 milhões obtido em igual período do ano anterior.

Os dados consideram o lucro consolidado atribuído ao controlador. Já o lucro apenas das operações continuadas chegou a R$ 109 milhões no terceiro trimestre, alta de 207,2% na comparação anual. O GPA tem reportado os resultados da empresa de eletroeletrônicos Via Varejo como operação descontinuada em razão da decisão de vender o controle da companhia.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do GPA atingiu R$ 411 milhões entre julho e setembro, queda de 9,6% na comparação anual.

A companhia divulgou ainda um Ebitda ajustado, que exclui receitas e despesas extraordinárias. O Ebitda com ajuste foi de R$ 541 milhões no terceiro trimestre, alta de 11,4% ante o mesmo período de 2016.

O GPA já publicou antecipadamente o resultado de vendas do trimestre. A companhia registrou receita líquida de R$ 10,909 bilhões, crescimento de 8,1% na comparação anual.

Grendene (GRND3)
A Grendene encerrou o terceiro trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 146,7 milhões, montante 2,8% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 4,2% entre julho e setembro de 2017 ante igual etapa de 2016 para R$ 126,7 milhões.

A receita líquida cresceu 11,2% na mesma base de comparação para R$ 596,3 milhões.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 55,347 milhões no terceiro trimestre de 2017, uma queda de 12,2% ante resultado positivo de R$ 63,041 milhões apurado um ano antes.

Itaú Unibanco (ITUB4)
O Banco Central aprovou a aquisição dos negócios de varejo do Citibank no Brasil pelo Itaú Unibanco. Foram aprovadas também as aquisições das participações que o Citi detinha na Tecban, de até 5,64% do capital, e de 3,60% do capital na Companhia Brasileira de Securitização (Cibrasec). O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação no dia 16 de agosto.

Em comunicado, o Itaú Unibanco informa que a liquidação financeira da compra das operações de varejo do Citi vai ocorrer em 31 de outubro, dia em que o Itaú assumirá essas operações. A liquidação da aquisição do segmento pessoa física da Citibank Corretora será realizada posteriormente, em data ainda a ser definida. Os pagamentos referentes à Tecban e Cibrasec também serão feitos posteriormente, após o cumprimento de algumas condições previstas em contrato.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.