Petrobras, Eletrobras e bancos sobem até 10% com “euforia Bolsonaro”; veja mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (3)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A sessão é mais uma vez de euforia para a bolsa brasileira, com o mercado indo às compras após o Datafolha confirmar o Ibope ao apontar tendência de alta para o candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL), e estagnação de Fernando Haddad (PT) no primeiro turno, além de melhora nos cenários de segundo turno para o nome do PSL.  O Ibovespa salta 4,64%, a 85.401 pontos, enquanto o dólar cai mais de 2%. 

Nesse cenário, estatais como Eletrobras (ELET3;ELET6), Petrobras (PETR3;PETR4) e bancos como Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), mais sensíveis ao cenário eleitoral, seguem a disparada da véspera, algumas com ganhos de 2 digítos. 

As quedas se resumem aos papéis da Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3), que registraram baixa em meio à queda do dólar, assim como Vale (VALE3) e sua holding, a Bradespar (BRAP4). Confira mais destaques do mercado: 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Confira mais destaques do radar corporativo desta quarta-feira (3):

Vale (VALE3)

Procuradores do Ministério Público no Estado de Minas Gerais anunciaram que fecharam um acordo final de indenização com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton sobre o rompimento de uma barragem em 2015 no município de Mariana.

De acordo com a Reuters, o acordo viabilizará o início do pagamento de indenizações aos familiares das 19 pessoas que morreram na tragédia, assim como aqueles afetados pelo desastre ambiental.

Continua depois da publicidade

Ainda no radar de Vale, fontes ouvidas pela Bloomberg afirmam que a mineradora está perto de aprovar um projeto de cobre no valor de US$ 1 bilhão.

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras voltou a ocupar o posto de maior empresa de capital aberto do Brasil, superando a Vale. Mesmo com o petróleo em queda, as ações da companhia subiram 8,67% (preferenciais) no pregão de ontem, a R$ 22,82, enquanto as ordinárias avançaram 6,74%, a R$ 25,81. Com a valorização, a Petrobras chegou a R$ 319,928 bilhões em valor de mercado, enquanto a Vale R$ 318,083 bilhões.

Qualicorp (QUAL3)

Na última segunda-feira (1), a Qualicorp pagou R$ 150 milhões para que o seu presidente e fundador, José Seripieri Filho, não venda toda sua participação na empresa nem crie uma concorrente.

De acordo com o Valor Econômico, Seripieri pretendia deixar a empresa para desenvolver uma operadora de planos de saúde e usaria como base a Gama, rede de prestadores de serviços da Qualicorp. Isso ocorre, porque a lei não permite que o mesmo grupo atue como administrador de benefícios e operador de planos de saúde. 

Agora, com assinatura do contrato de R$ 150 milhões determinando a permanência do fundador na companhia pelos próximos seis anos, esse projeto deve ser incorporado à Qualicorp, mas com algumas adaptações por conta da legislação. Há outros três ou quatro projetos que podem ser implementados em cerca de seis meses, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal.

Acionista da Qualicorp, a XP Investimentos solicitou a suspensão do acordo com o sócio fundador da empresa e o ressarcimento da quantia acordada. Segundo o Estadão, a XP pede ainda que a gestora de planos de saúde revogue o contrato e convoque uma assembleia geral extraordinária.

Em comunicado, a companhia afirmou que o conselho de administração entende que o valor indenizatório pago ao acionista “é adequado, dentro de parâmetros de mercado e representa importante contribuição de valor para a companhia, na medida em que não havia até então mecanismos de proteção dessa natureza”. 

Leia Mais: Com acordo “sem precedentes desde a Telemar”, Qualicorp gera indignação e acionistas ameaçam entrar na Justiça

Hypera (HYPE3)

A Hypera Pharma, antiga Hypermarcas, avança em uma investigação interna para apurar supostas irregularidades que levaram à Operação Tira-Teima. Enquanto isso, seu controlador João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, e o presidente afastado, Claudio Bergamo, parecem não concordar com uma potencial delação premiada.

De acordo com o jornal Valor Econômico, Júnior já estaria em  conversas iniciais sobre um acordo dessa natureza, ao passo que Bergamo aguardaria agendar uma eventual convocação das autoridades para prestar esclarecimentos.

Arezzo (ARZZ3)

A Arezzo anunciou em fato relevante que aprovou a recompra de até 10% das ações em circulação. A liquidação das operações de compra de ações será realizada no prazo máximo de 18 meses, iniciando-se nesta quarta-feira (3).

A empresa também anunciou que realizará o pagamento aos acionistas de dividendos intercalares, com base no lucro líquido referente ao último trimestre, no valor total de R$ 25 milhões.

Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner teve a recomendação elevada para outperform (desempenho acima da média do mercado) pelo Safra, com preço-alvo de R$ 36,20. 

Quer investir em ações pagando zero de corretagem? Abra uma conta na Clear

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.