Petrobras e bancos caem mais de 1%; Vale sobe quase 3% e BTG tem alta com recompra

Confira os principais destaques desta segunda-feira (14)

Lara Rizério

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Petrobras (PETR3, R$ 8,70, -1,69%PETR4, R$ 7,11, -1,93%) 
As ações da Petrobras registram um dia de queda, com um novo dia de baixa para o barril do brent, que registra queda de 2,90%, a US$ 36,83. No noticiário da estatal, o Plano de Negócios da Petrobras deve alcançar US$ 83 bilhões em 2016-2020, uma redução de 37% em relação ao plano do período 2015-2019, segundo relatório dos analistas do Itaú BBA, Diego Mendes e Pablo Castelo Branco.

“Esperamos que a Petrobras invista cerca de US$ 1 bilhão ao ano em exploração, enquanto a produção doméstica provavelmente vai parar de crescer e se estabilizará em cerca de 2,2 mi bpd em 2017 (Petrobras poderá precisar instalar dois sistemas de produção por ano para manter produção estabilizada). Para outros negócios, esperamos apenas gastos em manutenção e investimento limitado em ativos que devem ser vendidos (principalmente no segmento internacional)”. “Independentemente do mercado internacional, reajustes nos preços do diesel e da gasolina são necessários”, afirmam. 

 A Petrobras disse ainda na sexta-feira após o fechamento do pregão que não considera “neste momento” a venda de participação na promissora área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, como parte do plano de desinvestimentos de 15,1 bilhões de dólares no biênio 2015-16.

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Gol (GOLL4, R$ 3,21, -3,60%)
Após abrir em alta em meio à queda do preço do petróleo, as ações da Gol viraram e têm forte queda, acompanhando a forte alta de mais de 1% do dólar, negociado na casa dos R$ 3,92.

A companhia se beneficia da queda do preço da commodity por utilizar o insumo. A cotação da commodity nas bolsas internacionais é um balizador para o preço do querosene de aviação, um insumo que representa cerca de 40% dos custos das aéreas brasileiras.  Contudo, o seu endividamento é atrelado à moeda americana. 

Vale e siderúrgicas
As ações de Vale e siderúrgicas têm um dia misto na sessão desta segunda-feira, na sequência de uma leve recuperação do preço do minério de ferro, com a tonelada da commoditiy em Qingdao negociada com um valor 2% maior em relação à sexta-feira.  

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Vale (VALE3, R$ 12,41, +1,64%; VALE5, R$ 9,83, +2,50%), CSN (CSNA3, R$ 4,51, +0%) e Gerdau (GGBR4, R$ 4,89, 0%) oscilam entre leves altas e quedas, enquanto Usiminas (USIM5, R$ 1,74, -3,33%) têm baixa. 

No radar da Vale, segundo a Agência Estado, o transporte de rejeito de minério de ferro da mina de Alegria para a barragem de Fundão, da Samarco, que se rompeu em 5 de novembro, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, não estava previsto no processo de licenciamento da represa, informou nesta sexta-feira (11/12), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Conforme a pasta, o transporte poderia ser realizado desde que estivesse dentro dos autos de licenciamento da barragem.

Segundo a Vale, 5% dos cerca de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro de Fundão, que vazaram da represa destruindo Bento Rodrigues e atingindo o Rio Doce, saíram da mina de Alegria. De acordo com os dados do Ministério Público Federal (MPF), que investiga o rompimento da barragem, o volume seria ainda maior, de 28%.

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BTG Pactual (BBTG11, R$ 14,04, +2,11%)
As ações do BTG sobem mais de 2% na sessão de hoje. O conselho de administração do banco aprovou a recompra de até 21.061.230 units observando o limite de 10% dos papéis em circulação, com o objetivo de “demonstrar confiança” em sua estrutura de capital. A nova recompra é possível porque o banco cancelou ações compradas anteriormente e que estavam em tesouraria. 

Mais cedo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou um pedido do grupo BTG Pactual de recomprar até 41 por cento de suas units em circulação para segurar a queda de preços dos papéis causada pela prisão do ex-controlador e fundador da instituição financeira André Esteves no fim do mês passado.

 

Oi (OIBR4, R$ 1,37, +5,38%)
A Oi, por sua vez, tem uma das maiores altas do índice. A companhia informou que não é parte e que não foi notificada sobre decisão cautelar do TCU(Tribunal de Contas da União). Em  decisão anunciada na quarta-feira, 9, pelo ministro do TCU Bruno Dantas, relator do caso, a corte determina que o chamado “Termo de Ajuste de Conduta” (TAC) previsto para ser assinado com a Oi seja paralisado, até que os apontamentos sejam esclarecidos.

O TCU deu 15 dias para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) explique uma série de indícios de irregularidades encontrados em uma proposta de acordo que será assinada com a operadora Oi.

Os indícios de irregularidades recaem sobre obrigações de empresas ligadas ao Grupo Oi, em relação a metas de qualidade e universalização dos serviços ligados à telefonia fixa, telefonia móvel, banda larga e TV por assinatura. O valor de referência estimado do acordo é estimado em R$ 1,18 bilhão.

Fibria (FIBR3, R$ 49,58, +0,61%)
As ações da Fibria registram leves ganhos hoje. Segundo o Estadão, a Suzano (SUZB5, R$ 17,67, -0,06%) tem interesse em comprar uma fatia na Fibria, resultado da união entre a Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, a maior companhia do setor. A Suzano já teria buscado assessoria para avaliar como poderia alinhavar essa operação, apurou o jornal.

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A Fibria tem como principais acionistas a família Ermírio de Moraes, com 29,42% das ações, e o braço de participações do BNDES, o BNDESPar, com outros 29,08% de ações, segundo dados referentes a setembro.

Bancos
O dia também é de baixa para as ações de bancos, seguindo o dia de aversão ao risco dos mercados. As ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,31, -1,70%), Bradesco (BBDC3, R$ 22,99, -1,20%, BBDC4, R$ 20,57, -1,20%) e Banco do Brasil (BBAS3 , R$ 17,10, -1,82%). 

  Ambev e Ultrapar
As ações da Ambev (ABEV3, R$ 18,13, -0,82%) e Ultrapar (UGPA3, R$ 62,71, -1,45%) registram queda na sessão de hoje.  Na noite da última sexta-feira, a agência de classificação de risco Moody’s colocou o rating da Ultrapar Participações (Baa2) e a nota em escala global e moeda estrangeira da Ambev (Baa1) em revisão para possível rebaixamento. Na quarta-feira, a agência colocou a nota de crédito do Brasil em observação negativa. 

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A Moody’s afirmou que, embora a Ambev tenha boas métricas de crédito, ampla liquidez e dependência limitada do sistema bancário nacional, cerca de 59% de sua receita é dependente do Brasil, o que pode afetar seu rating, considerando a deterioração econômica do país. 

A Moody’s ressaltou que a nota da Ultrapar está a um nível acima do rating do Brasil, mas não deverá conseguir manter esse grau. “Uma ação negativa no rating do Brasil poderá desencadear um ação negativa no rating da empresa”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.