Petrobras dispara 5%, Vale sobe 3% e Vivo salta 8% com troca de ações

Acompanhe os principais destaques da Bovespa nesta quarta-feira

Paula Barra

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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11h38: Petrobras (PETR3, R$ 11,50, +4,74%; PETR4, R$ 10,38, +4,11%)
As ações da Petrobras passaram a disparar nesta manhã, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, “repetindo” o forte movimento de alta ontem. Apesar da alta dos preços do petróleo lá fora, os papéis sobem muito mais forte do que a commodity. Neste momento, o petróleo Brent, negociado em Londres e usado como referência pela estatal, avançava 0,43%, US$ 53,53. 

11h37: Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 44,68, +7,66%)
As ações da operadora Telefônica Brasil, dona da marca Vivo no Brasil, disparam após anúncio de troca de ações com a Vivendi ofuscando balanço considerado neutro por Credit Suisse e JPMorgan. Analistas comentam que o anúncio dessa troca de ações reduz o “overhang” em Vivo – ou excesso de liquidez – pela metade já que diversos investidores esperavam que um grande bloco de ações pudesse vir ao mercado. A Vivendi trocará 58,4 milhões de ações preferenciais da companhia por 46 milhões de ações ordinárias da Telefónica espanhola, segundo comunicado da companhia. 

Sobre o balanço, a Telefônica informou que teve lucro líquido de R$ 932,9 milhões no segundo trimestre, queda de 56,4% frente ao mesmo período do ano passado. O balanço inclui os resultados da operadora GVT, adquirida no ano passado, comparáveis a partir de janeiro de 2014. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 3,13 bilhões, crescimento de 2,8% ano contra ano. 

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Acompanham o movimento da Telefônica as ações da TIM (TIMP3, R$ 9,09, +2,48%) e Oi (OIBR4, R$ 4,56, +1,33%), que aparecem como a segunda e sétima maior alta do Ibovespa, respectivamente, neste momento. 

10h45: Elétricas 
As ações do setor elétrico aparecem entre as maiores baixas do Ibovespa nesta sessão. Na ponta negativa do índice figuram os papéis da Eletrobras (ELET3, R$ 5,38, -1,29%; ELET6, R$ 8,15, -2,28%), Cemig (CMIG4, R$ 9,06, -2,37%), Cesp (CPLE6, R$ 18,04, -2,80%) e Copel (CPLE6, R$ 33,26, -1,66%). Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s, seguindo sua revisão na perspectiva do rating do Brasil, cortou a perspectiva para 41 empresas brasileiras, incluindo companhias do setor elétrico, como Eletrobras, Cesp, Tractebel (TBLE3, R$ 34,45, -0,23%) e Coelce (COCE5).

Por outro lado, a Moody’s reafirmou o rating em escala global da Taesa (TAEE11, R$ 20,20, -0,44%), com perspectiva estável. Segundo a agência, a companhia tem “fluxos de caixa estáveis e previsíveis”, graças a contratos de concessões de transmissão de eletricidade de longo prazo.

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10h41: Vale (VALE3, R$ 18,67, +3,21%VALE5, R$ 15,33, +3,16%)
A Vale segue em alta acompanhando o forte movimento da véspera, impulsionada hoje pela valorização do minério de ferro, que subiu 4,57% no porto de Qingdao, na China, para US$ 55,89 a tonelada. Acompanham o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 10,02, +1,62%), holding que detém participação na mineradora. A Vale divulga resultado na manhã da próxima quinta-feira. Analistas esperam por bons números no segundo trimestre, com vendas robustas compensando a queda do minério de ferro no período.    

10h38: Indústrias Romi (ROMI3, R$ 2,40, -5,51%)
As ações da small cap Indústrias Romi caem forte após a empresa ter reportado ontem um prejuízo líquido de R$ 13,8 milhões. O prejuízo alcançado é 14 vezes maior que os R$ 892 mil do segundo trimestre do ano passado. No acumulado do semestre, o prejuízo atribuído aos sócios da empresa controladora somou R$ 15,5 milhões, contra R$ 2,1 lucrado no igual período de 2014.

Sua receita operacional líquido caiu 17% para R$ 118,9 milhões e seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de R$ 10,1 milhões para R$ 8,9 milhões do segundo trimestre do ano passado para este.

10h11: Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 70,58, -1,85%)
O Grupo Pão de Açúcar teve prejuízo no segundo trimestre, afetado por retração econômica do país, aumento de despesas e menor geração de caixa operacional. O caixa operacional teve impacto dos fracos resultados de Cnova e Via Varejo (VVAR11), os braços que abrigam as operações de móveis e eletrodomésticos e de comércio eletrônico, disse a varejista em seu relatório de resultados divulgado nesta terça-feira. A varejista teve prejuízo de R$ 30 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 358 milhões um ano antes. Excluindo o resultado consolidado da Cnova, o lucro líquido da companhia alcançou R$ 123 milhões. No segmento alimentar, o lucro caiu 44,1%, para R$ 102 milhões, enquanto as despesas subiram 12,9%. 

Na manhã de terça-feira, a Via Varejo, empresa de móveis e eletrodomésticos do Grupo, informou prejuízo líquido de R$ 13 milhões entre abril e junho frente a lucro de R$ 187 milhões obtido um ano antes. A Cnova, que reúne ativos de comércio eletrônico do francês Casino e também do Pão de Açúcar, informou na semana passada prejuízo de 40,2 milhões de euros, ante resultado negativo um ano antes de 21,3 milhões. 

Segundo o analista independente Flávio Conde, do blog What’sCall, o segmento alimentar do grupo foi relativamente bem, mas a Via Varejo e a Cnova jogaram para baixo o Ebitda e o lucro líquido do grupo virou prejuízo no segundo trimestre. O balanço pode pressionar os papéis da companhia hoje. Já o BTG Pactual lembra que, apesar do resultado ruim, as ações já caíram 27% no acumulado do ano, refletindo a rápida deterioração dos resultados, em meio à enorme volatilidade do lucro por ação do grupo e das duas principais subsidiárias – Via Varejo e Cnova. Os analistas do banco esperam alguma recuperação das vendas nos próximos dois trimestres, pensando que o potencial de queda agora é limitado, mas devemos ver antes a construção de um momentum mais positivo antes de iniciar uma visão mais positiva.