Petrobras deve vender ações da Braskem na bolsa; Fitch eleva rating da Usiminas e mais notícias no radar

Confira os principais destaques do noticiário corporativo da noite desta quinta-feira (3)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo da noite desta quinta-feira (3) deixa de ser mais focado na temporada de resultados, com atenção especial para duas notícias envolvendo a Petrobras – sendo uma delas sobre o follow on da Braskem -, além da elevação do rating da Usiminas. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3)
Em uma reviravolta da disputa, a empresa francesa Engie SA fez a maior oferta pela unidade Transportadora Associada de Gás da Petrobras no Nordeste, segundo informou a Bloomberg citando duas pessoas com conhecimento direto do assunto.

A Petrobras está renegociando os termos do contrato com a Engie, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. Quando os novos termos forem definidos, a Petrobras irá falar com os outros dois grupos interessados para tentar uma segunda rodada de ofertas.

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O fundo Mubadala Development em consórcio com o EIG Global Energy e o Macquarie Group da Austrália apresentaram duas ofertas separadas para a Petrobras em 19 de abril, disseram as pessoas na época.

Nenhum detalhe sobre o montante envolvido nas propostas foi informado, mas espera-se que elas alcancem até US$ 8 bilhões incluindo dívidas, disseram pessoas familiarizadas com o processo no mês passado.

A Petrobras deve tomar uma decisão em um mês, já que precisa de mais informações, disseram as pessoas. A TAG tem uma rede de 4,5 mil quilômetros que percorre 10 Estados brasileiros. Este pode se tornar o maior desinvestimento da Petrobras em sua história. Engie e Macquarie não quiseram comentar; Petrobras, Mubadala e EIG não responderam a pedidos de comentários até o momento.

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Petrobras 2 (PETR3)
A Petrobras fechou o grupo de bancos que irá estruturar uma oferta subsequente (follow on) da Braskem, que terá Bradesco BBI como coordenador líder, JPMorgan, Itaú BBA, Citi, BofAML e Santander, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, a Odebrecht, que tem 50,1% das ações com direito a voto, também pode vender uma fatia de sua participação.

Oferta estaria programada para acontecer ainda esta ano, se possível em julho. A expectativa é que os sócios cheguem a uma conclusão sobre a
reorganização e sobre contrato de longo prazo para fornecimento de nafta.

Usiminas (USIM5)
A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating da Usiminas de B para B+ e melhorou a perspectiva para a nota de crédito da empresa brasileira, de estável para positiva.

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De acordo com a Fitch, a elevação do rating reflete “aprimoramentos contínuos” no perfil de crédito da siderúrgica, apoiados por geração de fluxo de caixa operacional em ritmo “crescente” devido a “melhores preços e volumes, bem como ganhos de eficiência”.

Já a perspectiva positiva, explica a agência, é suportada pelas expectativas de que o perfil de crédito da Usiminas e a flexibilidade financeira da empresa “sejam ainda mais aprimorados” no médio prazo.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.