Petrobras deve perder direitos no próximo leilão do pré-sal e mais 3 notícias sobre estatal; confira mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (20)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nos destaques do noticiário corporativo (20), está o noticiário de Petrobras, com quatro notícias sobre a estatal. Também no radar, estão as prévias operacionais de construtoras. Confira no que ficar de olho.

Petrobras (PETR3;PETR4)

De acordo com o Valor Econômico, a Petrobras deve perder o direito de preferência concedido na exploração do pré-sal. A avaliação é de que esse direito distorce a concorrência e afasta competidores.

O governo também deve reduzir o valor do bônus de assinatura ou diminuir o percentual de partilha do óleo com a União exigido nos campos de Sépia e Atapu, no pré-sal.

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A Petrobras informou ainda o início da fase não vinculante de venda de sua participação remanescente de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG).

A companhia havia vendido 90% de sua participação na companhia do setor de transporte de gás natural em junho de 2019 ao grupo formado por Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec, por R$ 33,5 bilhões.

Presidente da Engie Brasil (EGIE3), Maurício Bahr havia manifestado interesse de exercer o seu direito de preferência da maior parte da participação de 10% da estatal que será vendida.

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Além disso, a estatal avançou no processo de venda de sua subsidiária no Uruguai. Ela destacou em comunicado que “a fase não vinculante do projeto está em curso, porém, conforme publicado no teaser, com expectativa de início da fase vinculante nas próximas semanas.”

No sábado, um princípio de incêndio interrompeu temporariamente a produção na plataforma P-76. A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, informou a retomada da operação. A P-76 está instalada no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, considerado um dos mais promissores no Brasil. A unidade possui capacidade instalada de 150 mil barris por dia de petróleo e de 6 milhões de metros cúbicos por dia de compressão de gás natural.

“O incêndio atingiu uma das três bombas de combate a incêndio da plataforma e foi imediatamente controlado pelo grupo de brigadistas. A produção da unidade, temporariamente suspensa, já foi retomada. Não houve feridos, nem qualquer tipo de vazamento”, informou a Petrobras em nota ao Broadcast. A empresa disse ainda que os órgãos competentes foram comunicados e que vai instaurar uma comissão para investigar as causas do incêndio.

Por fim, informa a Reuters, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados convocaram funcionários da Petrobras para uma greve nacional a partir de 1º de fevereiro, em movimento contra demissões na petroleira, informou a entidade em nota nesta sexta-feira. As assembleias para que os petroleiros se posicionem sobre o indicativo de greve serão realizadas entre os dias 20 e 28 de janeiro, apontou a federação.

RD (RADL3)

O Credit Suisse elevou a sua recomendação para a RD de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para neutro, com preço-alvo de R$ 125.

“O ambiente competitivo da Raia tem melhorado e começa a abrir espaço para um aumento relevante de lojas nos próximos trimestres. Alguns dos competidores mais relevantes começam a enfrentar uma situação de balanço mais apertada, especialmente no Nordeste e Sul (19% e 16% do mercado de farmácias no Brasil). A Raia tem um market share abaixo da media nestas regiões (8,3% e 7,9% vs 25,7% em SP) e tudo indica que a empresa deve ter uma avenida interessante de crescimento nestes mercados. A nossa estimativa para receita está em um avanço de 18% em 2020 enquanto que o o lucro bruto deve ficar estável e margem Ebitda avançar cerca de 20 bps para o nível de 7,6%. O lucro líquido de 2020 deve chegar a R$ 744 milhões, número 6% acima do consenso”, avaliam os analistas.

Cielo (CIEL3)

As ações da Cielo tiveram a recomendação reduzida para venda, em meio à expectativa de que o lucro por ação caia 15% em 2020.

Notre Dame Intermédica (GNDI3)

A NotreDame Intermédica informou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a compra do Grupo São Lucas pela NotreDame Intermédica Saúde, subsidiária da empresa. Em novembro do ano passado, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia aprovado a operação.

Trisul (TRIS3)

A construtora e incorporadora imobiliária Trisul divulgou prévia do quarto trimestre de 2019. Os resultados foram considerados fortes pelos analistas de mercado: os lançamentos avançaram 18% na comparação ano a ano, para R$ 288 milhões, levando o volume de vendas para R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre ao ano passado. “A velocidade de vendas recuou para 24%, de 28% no terceiro trimestre de 2019”, escreveu o Bradesco BBI.

Segundo o BBI, a expectativa é que as vendas continuem a crescer no setor imobiliário de médio a alto padrão, por causa das baixas taxas de juros, principalmente em São Paulo. “Acreditamos que a Trisul está bem posicionada para avançar na recuperação do mercado”, avalia. O BBI classifica o papel da Trisul como “outperform” com preço-alvo de R$ 18,00 para a ação, 9% acima dos R$ 16,50 atuais.

Iguatemi (IGTA3

A Iguatemi Empresa de Shopping Centers divulgou na manhã de hoje as suas projeções para 2020. A empresa informou que neste ano investirá uma soma entre R$ 170 milhões e R$ 220 milhões, que projeta uma expansão entre 8% e 13% na receita líquida e uma margem Ebitda entre 73% e 77% em 2020.

Ânima (ANIM3)

A Ânima aprovou a oferta primária de 22.482.015 ações ordinárias. A quantidade de ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida em virtude da possibilidade de colocação das ações adicionais.

Taesa (TAEE11

A transmissora de energia Taesa, controlada pela Cemig e pela colombiana Interconexión Eléctrica, informou que concluiu a captação de R$ 300 milhões através da emissão das chamadas “debêntures verdes” em 15 de dezembro do ano passado. O dinheiro será usado no Projeto Sant’Ana da empresa, o qual será ambientalmente correto. As debêntures vencerão em 2044.

Tupy (TUPY3

A Tupy marcou data para os acionistas ratificarem a aquisição da italiana Teksid SpA, do Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles): será na Assembleia Geral Extraordinária de 17 de fevereiro em Joinville (SC). A Tupy pagará 210 milhões de euros (R$ 945 milhões) na empresa com sede em Turim, norte da Itália. A Teksid tem fábricas e fundições de ferro e alumínio no Brasil, Portugal, Polônia, México e China. A compra da Teksid pela Tupy foi anunciada em 19 de dezembro do ano passado. A consultoria Pricewaterhouse Coopers, que auxilia a Tupy na transação, fez auditoria nos ativos da Teksid e chegou ao preço de 210 milhões de euros. Segundo a consultoria, em 2019 a Teksid teve um lucro líquido de 25 milhões de euros (R$ 112,5 milhões).

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.