Petrobras cancela datas para pagar R$ 1,7 bi a acionistas, RD aprova dividendo adicional e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (9)

Equipe InfoMoney

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A Ânima Educação contratou um empréstimo de R$ 450 milhões com a International Finance Corporation (IFC). O grupo paulista de educação pagará o empréstimo a partir de 2023 e pretende usar os recursos para fortalecer seu caixa, integrar as empresas adquiridas no ano passado, como a UniCuritiba, e planejar novos negócios. A IFC é acionista minoritária da Ânima desde 2013.

Já a Vale informou ontem que estenderá a paralisação da sua mina de cobre e níquel em Voisey’s Bay, no Canadá, por até três meses. A Vale parou a mina em 16 de março por causa da epidemia do coronavírus. Voisey’s Bay fica no norte da província da Terra Nova e Labrador.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras informou que, em devido ao cancelamento da Assembleia Geral Ordinária (AGO), ficam também canceladas todas as datas referentes ao pagamento de dividendos com base no resultado anual de 2019, no valor de R$ 1,7 bilhão (R$ 0,233649 por ação ordinária e R$ 0,000449 por ação preferencial), bem como as datas de corte de direito de dividendos das ações negociadas na B3,
o record date para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociados na New York
Stock Exchange (NYSE) e as datas de ex-direitos em ambos os mercados.

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“A companhia irá propor a manutenção da data de pagamento dos dividendos em 15 de dezembro de 2020, observadas as instâncias internas competentes da companhia. Todas as datas constarão da Proposta da Administração a ser divulgada oportunamente quando ocorrer a convocação da AGO”, avalia.

Raia Drogasil (RADL3)

A Raia Drogasil fez ontem Assembleia Geral Ordinária e aprovou o pagamento de dividendos adicionais aos acionistas, relativos a 2019, no valor de R$ 20 milhões. O valor corresponde a R$ 0,061147343 por ação. Segundo a empresa, o pagamento será feito até 31 de maio deste ano e farão jus aos dividendos os acionistas que mantiverem ações da companhia até o dia 13 de abril. A partir e durante o dia 14, as ações RADL3 passarão a ser negociadas “ex-dividendos”.

Ainda no radar da companhia, ela teve a recomendação elevada de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para neutra pelo Bradesco BBI, tendo o preço-alvo elevado de R$ 65 para R$ 110, apontando ser um player defensivo com uma forte operação.

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“Acreditamos que as farmácias são um dos segmentos mais defensivos, juntamente com
supermercados, em um cenário com Covid-19”, avaliam os analistas. Eles ressaltam que a forte projeção de abertura de lojas deve ser mantida em 240 em 2020, com crescimento contínuo da receita de dois dígitos de 14% em 2020 e 17% em 2021.

Contudo, no setor, o Bradesco BBI destaca preferência por Panvel (PNVL3) no segmento, com um desconto de 30% em relação à RD. Os analistas possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para PNVL3, com preço-alvo de R$ 33.

Klabin (KLBN11

A Klabin foi autorizada por seu Conselho de Administração a retomar as negociações para o pagamento de royalties aos controladores da marca. O Conselho da empresa seguiu as recomendações de um grupo de conselheiros independentes, que analisou desde junho do ano passado o contrato para uso da marca Klabin. A proposta envolveria o pagamento de R$ 344 milhões em royalties aos controladores da marca, da Sogemar – Sociedade Geral de Marcas, e caso aceita, deverá encerrar a questão.

A Klabin pode propor a aquisição total da marca, tomando as negociações prévias desde junho de 2019, como um parâmetro. O Bradesco BBI avaliou que a autorização é positiva.

“Embora os estudos e recomendações do grupo não façam uma proposta final, é um passo positivo para que as duas partes cheguem a um acordo potencialmente bem sucedido. Um acordo desses deve eliminar uma questão de governança corporativa que já dura bastante tempo. Resta saber se a proposta da empresa será semelhante à de 2019. O valor de R$ 344 milhões previamente atribuído à Sogemar representa um desconto de 50% aos R$ 700 milhões de fluxo de caixa relacionados aos contratos de royalties. Uma nova proposta potencial pode se situar ao redor dos R$ 390 milhões”, avalia o BBI.

Ânima (ANIM3)

A Ânima Educação contratou um empréstimo de R$ 450 milhões com a International Finance Corporation (IFC). O grupo paulista pagará juros pactuados pela taxa Libor, mais 2% ao ano, em parcelas a cada seis meses, sendo a primeira em 15 de março de 2023. O período de carência do empréstimo é de três anos e o prazo total de pagamento é de oito anos.

Segundo a Ânima, o empréstimo contratado é o terceiro investimento da IFC na empresa. A IFC participou como empresa-âncora da primeira oferta pública de ações da Ânima em 2013 e em 2016 concedeu um empréstimo de longo prazo de R$ 139 milhões à empresa.

De acordo com a Ânima, os recursos obtidos com o empréstimo são um “importante reforço de caixa” para a empresa e apoiarão o projeto de aquisições da companhia, o que inclui as três empresas compradas no ano passado: a UniCuritiba, no Paraná; a AGES, na Bahia e Sergipe; e a Unisul, em Santa Catarina. Sediada em Washington, a IFC é um braço do Banco Mundial.

Vale (VALE3)

A mineradora Vale comunicou ontem que estenderá o período de “care and maintenance” (parada supervisionada) da sua mina de cobre e níquel em Voisey’s Bay, na província da Terra Nova e Labrador, Canadá, por um período adicional de até 90 dias. A Vale comentou que monitora a progressão da epidemia do Covid-19 na região.

A empresa anunciou em 16 de março que a mina de Voisey’s Bay entraria em período de “care and maintenance” por quatro semanas, pois se localiza em “local remoto” no Labrador, e como precaução “para ajudar a proteger a saúde e bem-estar das comunidades indígenas Nunatsiavut e Innu do Labrador”. Segundo a Vale, até o momento nenhum trabalhador na mina de Voisey’s Bay testou positivo para o coronavírus. A planta de processamento de Long Harbour, próxima à mina, continuará em operação.

Totvs (TOTS3)

A Totvs, uma das três maiores empresas de informática do Brasil com capital aberto, anunciou a aquisição da Wealth Systems por R$ 27 milhões. A empresa comunicou que pagará R$ 16,3 milhões imediatamente em dinheiro, enquanto R$ 10,3 milhões serão pagos em abril de 2021. O acordo inclui um preço variável adicional, condicionado à obtenção de resultados até 2023. A Wealth Systems desenvolve sistemas de CRM – Costumer Relationship Manager, ou gestão de relacionamento com os clientes, e SFA – Sales Force Automation, ou automação da força de vendas.

O Itaú BBA comentou que a aquisição é positiva. Segundo o banco, a aquisição reforça o portfólio da Totvs e fortalece o plano estratégico da empresa. “A Wealth Systems tem mais de 450 clientes corporativos em setores-chave, com oportunidades para a Totvs”, avalia o BBA. O banco destaca que as duas empresas têm parcerias desde 2017 e a Wealth Systems tem boa posição de mercado em outros países da América Latina, atendendo a clientes industriais e do agronegócio.

O BBA mantém recomendação outperform para a Totvs, com preço-alvo de R$ 86,50 para a ação TOTS3 em 2020, uma alta de 58,7% sobre os R$ 54,49 no fechamento de ontem na B3.

BR Distribuidora (BRDT3), Ipiranga (UGPA3) e Cosan (CSAN3)

O banco Credit Suisse avaliou que as perdas nas três maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil devem ser bem menores que as esperadas no fechamento do primeiro trimestre deste ano. Segundo o banco, embora o setor tenha sido afetado pela guerra internacional nos preços do petróleo e pela queda do consumo com as quarentenas nas grandes cidades brasileiras, houve um aumento nas importações e o início do “lockdown” (fechamento do comércio) só ocorreu em março.

“O nível da margem de reposição deve ficar estável para a BR Distribuidora e para a Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) em relação ao último trimestre de 2019. A Ipiranga deve ter tido um avanço de R$ 12 milhões em relação ao quarto trimestre de 2019. Embora os três players possam ter tido uma perda aproximada de R$ 20 milhões, houve um ganho de R$ 20 milhões com a importação”, avalia o CS. Segundo o banco, a BR Distribuidora deve ser a maior beneficiada porque 25% da sua gasolina e do diesel no período vieram de importações; na Raízen (Shell-Cosan) o nível de importações deve ter se situado em 20%, enquanto na Ipiranga em 15%.

Smiles (SMLS3)

A Smiles informou ontem que cancelou todas as projeções de mercado que havia feito para 2020 por causa da epidemia do coronavírus, “em razão de seus impactos sociais e econômicos, em especial no setor de atuação da companhia”.

Grendene (GRND3)

Em entrevista ao Valor, Rudimar DallOnder, CEO da Grendene, afirmou que a companhia começou a negociar nesta semana com sindicatos de trabalhadores do Rio Grande do Sul e do Ceará a suspensão temporária dos contratos de trabalho (“lay off”) da maioria de seus empregados. O horizonte para que as vendas voltem à normalidade é de seis meses, diz DallOnder.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 eliminou qualquer esperança de privatização da Eletrobras em 2020, ao mesmo tempo em que aumentará a pressão pela venda da estatal a partir do próximo ano, para reduzir o déficit nas contas públicas, que explodiu com a necessidade de injeção de liquidez na economia brasileira, destaca o Valor. A estimativa do governo é que o déficit primário do setor público consolidado pode alcançar R$ 500 bilhões neste ano.

Ainda no noticiário de elétricas, o banco Credit Suisse avaliou as empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica no Brasil com o cenário do choque provocado pela pandemia do coronavírus e as medidas anunciadas pelo governo para o setor.

“Acreditamos que essa estrutura regulatória protegerá as empresas, assim como as medidas a serem implementadas no curto prazo. Até que as medidas estejam válidas, mantemos a nossa visão de que o setor de transmissão é o mais protegido, porém o mercado já está precificando um cenário mais duro para as distribuidoras e as geradoras”, avalia o CS.

Entre as medidas já anunciadas e em vigor, o Credit Suisse cita as suspensões nos cortes por 90 dias para os clientes inadimplentes, mas com alívio em pequenas obrigações regulatórias para as distribuidoras; a postergação no aumento das tarifas, mas um acordo de um esquema de compensação para as empresas; e a aprovação do uso do Fundo de Reserva do Setor de Energia. O CS comenta que ontem foi liberada a medida provisória para cobrir as contas dos clientes de baixa renda e que uma medida ainda não implementada pelo governo é um financiamento potencial para ajudar as empresas no capital de giro.

“As medidas, inicialmente elaboradas para proteger os consumidores, agora passam a considerar os balanços das empresas e assim foram desenhadas para aliviar a pressão na indústria a curto prazo”, comenta o banco suíço.

“O governo federal pretende pagar as contas de luz dos consumidores de baixa renda por três meses, desde que o consumo mensal não passe de 220 quilowatts-hora por mês. A medida deve custar R$ 1,2 bilhão”, comenta a XP Investimentos.

A XP avalia que as empresas de distribuição devem ser as mais impactadas pelos efeitos da epidemia, porque deve haver queda no consumo dos setores comercial e industrial. No mercado de geração, a XP avalia que os riscos são as possíveis revisões de contratos, embora cite que um fator positivo é o menor risco hidrológico neste ano com a combinação de queda na demanda e aumento dos reservatórios com mais chuvas no verão.

A XP manteve “praticamente inalteradas” as estimativas para o segmento de geração e avalia que o de transmissão não deve sofrer nenhum impacto nas receitas e custos.

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