Petrobras cai 13% em 5 pregões, Oi afunda 6% e Vale “respira”; veja destaques

Pesquisa eleitoral mostrou diminuição entre Marina Silva e Dilma Rousseff na corrida eleitoral; no lado positivo, destaque para TIM e Providência

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – Em mais um dia de queda na Bovespa, as ações do “kit eleições” voltaram a cair forte nesta terça-feira (9). É o caso da Petrobras, que com mais um dia de queda acumula perdas de 13% nos últimos cinco pregões, após a pesquisa eleitoral CNT/MDA mostrar uma menor vantagem de Marina Silva sobre Dilma Rousseff em um eventual segundo turno. Eletrobras, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Cosan também caíram mais de 1% nesta sessão.

No outro lado do índice, aparecem as ações da Vale, que subiram mais de 1% após 12 quedas nos últimos 13 pregões – o que levou os papéis da mineradora para seu menor patamar em mais de um ano na Bolsa. Ainda na ponta positiva, as ações da TIM também subiram mais de 1%, reagindo às notícias sobre uma possível venda de sua participação detida pela Portugal Telecom.

Fora do índice, o destaque ficou com a Cia. Providência, que disparou após laudo de avaliação feito pelo Banco Safra. 

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Confira os destaques da Bolsa:

“Kit eleições”
As ações do “Kit eleições” caíram mais de 1% em meio à divulgação da pesquisa eleitoral CNT/MDA. Conforme aponta a pesquisa, Dilma passou de 26,4% para 30,9% e Marina pulou de 18,6% para 25,8%. O candidato Aécio Neves (PSDB) caiu mais uma vez e foi de 11,3% para 10,1%. Já no segundo turno entre Dilma e Marina, a candidata do PSB leva vantagem, embora menor do que na pesquisa anterior. Marina fica com 45,5% dos votos, e Dilma, com 42,7%, uma diferença de 2,8 pontos percentuais, menor do que da última pesquisa, quando Marina ganhava de Dilma por 43,7% a 37,8%, diferença de 5,9 pontos percentuais. Fica no radar dos investidores também a pesquisa Datafolha, que deve ser divulgada entre hoje e amanhã.

Dentre os destaques, as ações das Petrobras (PETR3, R$ 20,39, -1,45%PETR4, R$ 21,48, -1,01%), Eletrobras (ELET3, R$ 7,29, -2,80%ELET6, R$ 10,84, -2,61%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,35, -0,43%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 38,90, -1,54%), Bradesco (BBDC3, R$ 38,56, +0,03%; BBDC4, R$ 39,22, -1,33%) e Cosan (CSAN3, R$ 42,70, -0,93%) caíram entre 0,9% e 2,5%.

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Vale (VALE3, R$ 28,61, +1,81%; VALE5, 25,13, +1,33%)
As ações da Vale “respiraram” nesta sessão, após 12 quedas nos últimos 13 pregões, mesmo com o preço do minério de ferro – principal produto da empresa brasileira – voltando a renovar sua mínima histórica em 5 anos, para US$ 83,20 por tonelada. Contudo, a mineradora – que pode se tornar a “nova inimiga” de Marina Silva na Bolsa – recebeu boas notícias da China, já que o primeiro ministro Li Keqiang disse que o país pode atingir sua meta de crescimento econômico de cerca de 7,5% neste ano embora o país não consiga evitar flutuações de curto prazo na atividade.

Tim (TIMP3, R$ 13,56, +2,11%)
A Telecom Italia calcula em € 13 bilhões – ou US$ 16,8 bilhões – o valor de sua fatia de cerca de 67% na TIM Participações, segundo duas fontes ouvidas pela Bloomberg que pediram para não ser identificadas. O preço confere um valor total da TIM de aproximadamente 20 bilhões de euros, cerca de 73% superior ao valor da unidade considerando o preço de fechamento da ação ontem e representaria 11 vezes o Ebitda da companhia de 2013, múltiplo similar ao que a Telefónica ofereceu à GVT no mês passado.

Oi (OIBR4, R$ 1,49, -6,29%)
As ações da Oi despencaram mais de 6% nesta sessão após terem subido 5% – as ações fecharam como as maiores perdas do Ibovespa. Ontem, os acionistas da Portugal Telecom aprovaram a fusão com a brasileira Oi (OIBR4), afastando incertezas sobre a operação após o calote de um investimento da operadora portuguesa de 900 milhões de euros de dívida da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo.

A CorpCo, empresa resultante da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom deverá ir ao Novo Mercado da BM&FBovespa até o fim do primeiro trimestre de 2015, destaca O Estado de S. Paulo. A “nova Oi” deverá ter ações negociadas em São Paulo, Lisboa e Nova York, tendo estrutura simplificada com a existência de apenas uma categoria de ações. 

De acordo com o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, o mercado pode estar reavaliando os benefícios que a fusão da companhia com a Portugal Telecom trará para a empresa. De acordo com ele, este “é um papel que sempre teve muitos problemas de governança, e agora com fusão aprovada pode ter ganhos de sinergia a longo prazo, mas isto virá depois”.

Cyrela (CYRE3, R$ 13,31, -2,99%)
As ações da Cyrela caíram forte nesta sessão. No radar delas, a Cyrela e a Dominus vão desenvolver em conjunto projetos com VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1 bilhão na região metropolitana de Belo Horizonte. A Cyrela terá uma participação de 70% e a Dominus, 30%, de acordo com o jornal Valor Econômico.

Espera-se que os lançamentos sejam feitos até meados de 2014.  

Braskem (BRKM5, R$ 14,98, -2,09%)
A petroquímica Braskem vai se juntar à parceria já estabelecida entre a Amyris e a Michelin para desenvolver e comercializar isopreno renovável, utilizado na fabricação de pneus e outras aplicações de borracha, informaram as empresas nesta terça-feira.

As companhias irão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de uma tecnologia para utilizar açúcares de plantas, como os da cana de açúcar e de fontes de celulose, para produzir isopreno renovável.

Cia. Providência (PRVI3, R$ 7,97, +2,84%
A Cia. Providência divulgou comunicado destacando o laudo de avaliação dos papéis pelo Banco Safra. De acordo com o Laudo de Avaliação, o Safra avaliou o valor econômico das ações de emissão da Companhia no intervalo entre R$6,71 e R$7,44, apurado segundo a metodologia de fluxo de caixa descontado, a qual foi apontada pelo Avaliador como a mais adequada para a definição do valor econômico das ações. O preço de compra ofertado por ação é de R$ 9,55401, após os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações.