Petrobras, bancos, construtoras e recomendações no radar desta quarta-feira

Confira os principais destaques corporativos desta manhã

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece bem movimentado nesta quarta-feira (19). No destaques, a produção de petróleo da Petrobras (PETR3; PETR4) no Brasil em julho atingiu média de 2,142 milhões de barris/dia, alta de 2,6% ante junho e de 4,5% ante o mesmo mês do ano passado, com a entrada de novos poços produtores no país, incluindo no pré-sal.

Somando atividades no Brasil e no exterior, a estatal produziu 2,796 milhões de barris de óleo equivalente/dia, alta de 1,8% ante junho e de 3,6% ante julho de 2014. Segundo o Itaú BBA, há maior chance da companhia cumprir o guidance de produção deste ano. 

Ainda sobre a companhia, a Petrobras disse que não há tratativas com autoridades dos Estados Unidos sobre multa. A empresa pode ter que pagar multa recorde de ao menos US$ 1,6 bilhão para encerrar investigações criminais e civis nos Estados Unidos sobre seu papel em um escândalo de corrupção, disse à Reuters uma fonte próxima a advogados da companhia.

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Bancos
Os bancos devem seguir no noticiário após decisão da senadora Gleisi Hoffmann de retirar da pauta da votação o fim do benefício fiscal dos juros sobre capital próprio. A senadora disse ontem, em entrevista, que deve lançar outro projeto de lei em breve, focando na eliminação da pauta sobre JCP. Ontem, as ações do Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil fecharam em alta. 

Construtoras
A Câmara aprovou texto que muda a remuneração do FGTS, dos atuais TR mais 3% para: TR mais 4% em 2016; TR mais 4,75% em 2017; TR mais 5,5% em 2018; e TR mais 6,17% a partir de 2019. Além disso, a Câmara incluiu uma regra de que 60% do lucro anual do FGTS (aproximadamente R$13 bilhões em 2014) pode ser usado como subsídio no Minha Casa, Minha Vida.

A elevação da remuneração do FGTS tende a resultar em encarecimento do financiamento habitacional e as incorporadoras do segmento de baixa renda devem ser as mais prejudicadas pela alteração. Mas, para o BTG Pactual, o impacto no curto prazo será muito pequeno para as incorporadoras que operam no MCMV, porém em um horizonte mais longo (a partir de 2018), será necessário pensar em outras alternativas para o programa MCMV. Ontem, as ações da MRV (MRVE3) caíram 4,23%.  

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Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) assinará protocolo com Anfavea, Fenabrave e Sindipeças para desenvolver ações de fomento ao setor automotivo às 10h (horário de Brasília), em evento em São Paulo. 

Elétricas
Ontem à noite, o governo divulgou proposta para recuperar os custos associados ao déficit de energia hidrelétrica. Os principais destaques são: geradoras serão compensadas pelo déficit hidrelétrico no ano de 2015 por meio de extensão dos contratos ou da vida de concessão; e foi oferecido para as geradoras a possibilidade de pagar um prêmio de risco de cerca de R$ 13/MWh a fim de proteger contra déficits hídricos começados em 2016. A notícia pode trazer impacto para as ações do setor hoje. 

Fibria
Em comentários feitos pelos representantes da Fibria (FIBR3), a forte demanda para celulose no momento pode viabilizar novos aumentos de preço no curto prazo.  

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Klabin
A Klabin (KLBN11) teve sua recomendação elevada de market perform (desempenho em linha com a média) para outperform (desempenho acima da média) pelo Itaú BBA, tornando-se a top pick do banco.

“A Klabin é, em nossa opinião, a ação mais defensiva em nosso universo de cobertura baseado na combinação de resultados previsíveis, flexibilidade operacional e
projetos agregadores de crescimento”, segundo relatório de analistas. Eles esperam robusta geração de fluxo de caixa livre após o projeto Puma, permitindo à empresa investir em projetos de papel agregadores de crescimento.  

CCR 
Já a CCR (CCRO3) teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo HSBC. 

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Pão de Açúcar
Acionistas do Éxito aprovaram aquisição de fatia de 50% da francesa Segisor, que deterá indiretamente ações ordinárias do Pão de Açúcar (PCAR4) detidas pelo Casino. 

Grupamentos
Na terça-feira passou a valer novas regras da BM&FBovespa em relação às ações penny stocks (que valem centavos) e duas empresas já anunciaram que estão preparando um grupamento. A Metalfrio (FRIO3) informou que irá propor em Assembleia Geral o grupamento de suas ações na proporção de 3 para 1, sendo que o capital social, hoje representado por 40.803.930 ações ordinárias, passará a ser representado por 13.601.310 ações ordinárias. Segundo a companhia, a proposta se deve exatamente para se adequar à nova norma. Hoje, as ações da Metalfrio valem R$ 0,77. 

Outra companhia que irá fazer o mesmo tipo de proposta em sua assembleia é a CCX Carvão (CCXC3). A companhia propôs um grupamento na razão de 10 para 1, sem modificação de seu capital social. Atualmente, o capital social da companhia é de R$ 742.186.771,18. Atualmente, os papéis da companhia fundada por Eike Batista são negociadas a R$ 0,40.

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A partir desta terça-feira, se o valor de uma ação estiver abaixo de R$ 1,00 por 30 pregões seguidos, a empresa terá que se enquadrar, independentemente de o papel ter sido negociado no período. O prazo para resolver o descumprimento será de no mínimo seis meses, ou até a data da primeira assembleia geral de acionistas realizada após a data de envio de notificação pela Bolsa.

CCX – parte II
Ainda sobre a CCX, a companhia informou que deferiu transferência de mais duas concessões de mineração.  

PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) foi rebaixada de B- para CCC- pela Standard & Poor’s.  

Banco ABC Brasil 
O Banco ABC Brasil (ABCB4) acertou termos de empréstimo sindicalizado de US$ 200 milhões.