Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras, PetroRio, Rede D’Or e mais: os destaques do noticiário corporativo mesmo em dia sem B3

Confira o que acompanhar no noticiário corporativo com os últimos anúncios de empresas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Mesmo em dia de B3 fechada, o noticiário corporativo foi movimentado nesta sexta-feira (9), principalmente com destaque para as estatais Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras. Confira clicando aqui como foi o desempenho dos ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York), na NYSE nesta sexta.

No caso da elétrica, por sinal, a notícia é de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo a Reuters, fechou contrato com o consórcio Genial – Tauil e Chequer para prestação dos serviços de estruturação financeira e jurídica no processo de estruturação e implementação da desestatização da Eletrobras.

Aura Minerals, compra feita pela Rede D’Or e outra aquisição feita pela GPS, também ganharam destaque no noticiário. Confira os destaques:

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Petrobras (PETR3;PETR4)

O dia foi movimentado para a Petrobras. Na véspera, em live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou os altos preços dos combustíveis nos pontos de venda e culpou os governadores por cobrarem taxas elevadas no ICMS.

Ele voltou a defender que postos de gasolina sejam obrigados a mostrar o preço pelo qual adquiriram os produtos das refinarias. “Pedi ao presidente da Petrobras que bote o preço da refinaria na página da estatal”, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta que o governo federal e a Petrobras passarão a divulgar na internet a composição completa do preço dos combustíveis, como a alíquota cobrada de impostos e os custos de distribuição e comercialização. Bolsonaro, que conversou nesta semana com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, insistindo que a composição do preço dos combustíveis seja detalhada de forma a deixar claro para a população quanto de imposto federal e quanto de imposto estadual é cobrado, e ainda a margem de lucro e os custos de frete.

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Ainda no radar da empresa, as companhias de transporte de gás natural TBG, NTS e TAG, partes da recente onda de desinvestimentos da Petrobras, anunciaram na quinta-feira uma parceria para compartilhamento do marketplace Portal de Oferta de Capacidade (POC), que possuirá gestão rotativa com o comando de uma das empresas a cada cinco anos. O acordo entre Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia–Brasil, Nova Transportadora do Sudeste e Transportadora Associada de Gás prevê coparticipação administrativa, de desenvolvimento, manutenção e operação da plataforma digital, que também poderá ser acessada por outros agentes da cadeia.

A estatal informou ainda em comunicado que iniciou a etapa de divulgação do teaser para a venda, em conjunto com a Sonangol Hidrocarbonetos Brasil, da totalidade da participação de ambas as empresas no bloco exploratório terrestre POT-T-794, pertencente à concessão BT-POT-55A, localizada na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte. A Petrobras detém 70% de participação e a Sonangol é a operadora, com 30% de participação no bloco.

Ela também comunicou que José Franco Medeiros de Morais apresentou carta de renúncia ao cargo de membro titular do Conselho Fiscal da companhia, por razões pessoais, com efeitos a partir do dia 5 de agosto de 2021. Adicionalmente, a companhia recebeu ofício do Ministério da Economia com indicação de Jeferson Luís Bittencourt para substituição, mantendo Gildenora Dantas Milhomem como sua suplente.

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“A indicação será submetida aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade, e posteriormente, à avaliação do Comitê de Pessoas (COPE). Após a avaliação do COPE, a indicação será submetida à deliberação da Assembleia Geral Extraordinária, a ser oportunamente convocada”, informou a estatal no comunicado.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu mais um passo para efetuar a privatização da Eletrobras em fevereiro do ano que vem. O banco de fomento, responsável pela estruturação do processo, publicou o contrato do consórcio que conduzirá a modelagem, além da estruturação financeira e relatório final do processo de desestatização. No mês passado, a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que permite a saída da União do controle da empresa de energia elétrica.

O Consórcio Genial – Tauil e Chequer, que ganhou o processo de licitação, deve conduzir as tratativas. O valor do contrato, conforme o documento publicado pelo BNDES, é de R$ 3,89 milhões. Pelo acordo, as empresas terão de realizar a avaliação de toda legislação nacional e internacional aplicável à Eletrobras, à Itaipu e à Eletronuclear, assim como a identificação de pontos críticos e riscos.

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Para estruturar o processo que culminará na privatização da Eletrobras, o BNDES fez a contratação das empresas que trabalharão em alguns processos necessários para a capitalização, sendo, assim, responsável tanto pela execução quanto pelo acompanhamento do processo de desestatização. Ao todo, são três fases de serviços que serão contratados para a condução da privatização da empresa de energia.

Além desse serviço, cujo contrato acaba de ser publicado, o trabalho de due diligence (auditoria) contábil, patrimonial e jurídica será feito pelo consórcio Nova Eletrobras, formado pela auditoria BDO, o banco Genial, o escritório de advocacia Lefosse e a Thymos Energia, uma consultoria especializada no setor. Já a avaliação econômico-financeira será feita pelo banco BR Partners, cuja escolha já foi homologada, mas ainda falta a publicação do contrato.

Banco do Brasil (BBAS3)

O conselho de administração do Banco do Brasil aprovou a adequação da sua estrutura organizacional com a extinção da unidade Negócios PF, MPE e Agro e de Negócios Varejo e Setor Público, além da criação da diretoria Comercial Alto Varejo.

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De acordo com fato relevante divulgado há pouco pela instituição financeira, também foi extinta a Unidade Comércio Exterior e integração junto à Diretoria Corporate Bank.

Já as diretorias de Atendimento e Canais, de Governança de Entidades Ligadas, de Segurança Institucional e de Reestruturação de Ativos Operacionais foram transformadas em unidades.

O banco ainda aprovou a alteração nos vínculos com as vice-presidências da Unidade de Reestruturação de Ativos Operacionais, que agora fica vinculada à vice-presidência Corporativa. A diretoria de Soluções em Empréstimos e Financiamentos, por sua vez, fica vinculada à vice-presidência de Agronegócios.

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Por sua vez, a diretoria de Soluções em Meios de Pagamentos e Serviços fica vinculada à vice-presidência Gestão Financeira e de Relações com Investidores.

Nesse âmbito, acrescenta o BB, foram eleitos Thompson Soares Pereira Cesar para dirigir a unidade Comercial Varejo; Guilherme Alexandre Rossi para o comando da unidade Comercial Alto Varejo e Rodrigo Mulinari como Diretor de Tecnologia.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio informou que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a cessão da participação de 28,6% no Bloco BM-C-30, Campo de Wahoo, da Total E&P do Brasil para a companhia.

A transação ocorreu em 4 de março de 2021 e com isso a PetroRio passa a deter 64,3% do Campo. A operação irá permitir a criação de um segundo cluster de produção através da interligação (tieback) de Wahoo a Frade, dando sequência à estratégia de otimização operacional dos seus ativos, argumenta a PetroRio. O primeiro óleo de Wahoo está previsto para o início de 2024.

A companhia afirma em comunicado que o Campo de Wahoo possui aproximadamente 125 milhões de barris classificados como recursos 1C, além de aproximadamente 7 milhões de barris 1C a serem adicionados ao campo de Frade, de acordo com o relatório de certificação de reservas da DeGolyer & MacNaughton realizado em 2021.

Rede D’Or (RDOR3)

A Rede D’Or anunciou a compra de 51% do Hospital Proncor, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

O valor de firma (firm value) para 100% do Proncor é de R$ 290 milhões; deste valor, será deduzido o endividamento líquido.

“O Proncor é um hospital geral de referência na cidade da Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, contando com 136 leitos plenamente capacitados ao atendimento de seus pacientes”, destacou a empresa, ressaltando que a previsão de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) é de R$ 32,5 milhões para o ano de 2022, com parte das sinergias incorporadas.

O fechamento da operação está sujeito a verificação de determinadas condições usuais, com a celebração de Acordo de Acionistas tendo por objeto estabelecer os direitos e obrigações dos acionistas do Proncor, o qual será o veículo para investimentos das partes em outros negócios no estado do Mato Grosso do Sul. “A operação reforça o compromisso da Companhia com a sua estratégia de expansão e visão de longo prazo, com o ingresso em novos mercados”, destacou.

Light (LIGT3)

As distribuidoras Light, Cemar e Celpa foram compradoras de energia renovável em leilão A-3 na quinta, que registrou deságio no preço médio de 30,8%, para 165 reais por MWh, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O leilão, que prevê início da entrega de energia em janeiro de 2024, movimentou R$ 3,08 bilhões e contratou projetos eólicos, pequenas centrais hidrelétricas, solares e de geração com biomassa de cana-de-açúcar. Os projetos eólicos tiveram potência contratada de 251,7 MW, empreendimentos estes que demandarão investimentos de cerca de R$1 bilhão.

GPS Participações e Empreendimentos (GGPS3)

A GPS Participações e Empreendimentos concluiu a aquisição da empresa de logística Loghis, por R$ 23 milhões. Segundo a empresa, pode ser pago um valor adicional, condicional e limitado, caso a Loghis apresente o desempenho acordado em contrato, a ser apurado no período compreendido entre 1º de outubro de 2021 e 30 de setembro de 2022.

O Itaú BBA estima uma relação implícita de 4,7 vezes entre o valor pago pela empresa e o Ebitda, em linha com a faixa de entre 4,4 vezes e 6,3 vezes paga em compras anteriores.

Em maio, o GPS havia anunciado a compra da Global. A receita bruta dos últimos doze meses para as duas empresas é de R$ 388 milhões, o equivalente à meta de faturamento bruto da GPS de R$ 1,5 bilhão, para fusões e aquisições em 2021. O banco diz que monitorará o guidance de fusões e aquisições, junto a potenciais mudanças nos múltiplos pagos pelos próximos alvos.

Dois acordos em potencial teriam receita bruta combinada de R$ 757 milhões, representando outros 50% da guidance para o ano. Se confirmadas as compras, restariam 24% da guidance a serem cumpridos. O Itaú BBA mantém recomendação outperform e preço-alvo para 2021 de R$ 23 para os papéis.

Espaçolaser (ESPA3

A Espaçolaser vai emitir R$ 250 milhões em debêntures. Os recursos serão utilizados para alongamento da dívida e aquisição de franqueados. A emissão terá prazo de três a cinco anos.

Hidrovias do Brasil (HBSA3)

O Itaú BBA comentou o leilão de quinta da concessão do trecho da BR-163 entre Sinop (MT) e Miritituba (PA). O Consórcio Via Brasil foi o único ofertante, com uma taxa de R$ 0.07867 por km, cerca de 8% abaixo da tarifa máxima definida pelo regulador. A concessão tem prazo de dez anos, com previsão de investimento de R$ 1,9 bilhão.

O banco avalia a notícia como neutra para Hidrovias, já que o resultado já era esperado pelo mercado. O banco mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para a Hidrovias do Brasil, e preço-alvo de R$ 10 para 2021, frente à cotação de R$ 6,28 de fechamento de quinta.

Rumo (RAIL3)

O Bradesco BBI também comentou o leilão da BR 163, destacando que o consórcio Via Brasil é composto por Conasa Infraestrutura e outras construtoras pequenas.

O banco avalia que o resultado do leilão é positivo para a Rumo, já que o desconto de 8% no pedágio em relação ao preço máximo previsto deve significar em um aumento de 7%, ou R$ 13 por tonelada, no preço do frete entre Sorriso (MT) e Mirituba, em Itaituba (PA).

Assim, o preço para transportar grãos entre Sorriso e Barcarena (PA) deve permitir à Rumo elevar o preço do frete ferroviário no Corredor Norte, entre Rondonópolis (MT) e Santos (SP), em até 5%, elevando, consequentemente, seu lucro Ebitda em até 7%. Mesmo se o frete ferroviário aumentar, a via controlada pela Rumo deve continuar como a alternativa mais atrativa, 13% mais barata do que a taxa do transporte por caminhão entre Sorriso e Santos. O banco mantém recomendação outperform para a Rumo, e preço-alvo de R$ 30, frente à cotação de R$ 20 de quinta.

Tupy (TUPY3)

O Bradesco BBI realizou um encontro virtual com o CEO da Tupy, Fernando de Rizzo, o CFO Thiago Struminski e o chefe de relações com investidores Hugo Zierth para discutir os planos futuros da empresa junto a investidores locais e globais, após a decisão do Departamento de Justiça de permitir a compra da Teksid.

O banco ressalta que a Tupy espera fechar a compra das fundições de ferro da Teksid no final de 2021. Como parte das conversas com o Departamento de Justiça, o escopo do acordo de compra foi reduzido a Brasil e Portugal.

Na avaliação do Bradesco, isso reduziu o acordo, mas melhorou sua qualidade, já que entre 70% e 80% das sinergias visadas devem vir do Brasil. O banco mantém recomendação outperform para a Tupy, e preço-alvo para 2022 em R$ 35, frente à cotação de R$ 23,18 de quinta.

A recomendação outperform se baseia na possibilidade de que o plano de infraestrutura dos Estados Unidos acelere a recuperação das vendas na América do Norte; ao fato de que o preço das ações da Tupy ainda não contabiliza completamente a compra da Teksid; e de que a companhia está estudando outras tecnologia e produtos, como hidrogênio e reciclagem de baterias; além da perspectiva de valorização até 2022.

Hapvida (HAPV3)

A Superintendência-Geral do Cade aprovou sem restrições a aquisição de 100% do capital social da operadora de planos de saúde Premium Saúde pela Hapvida Participações e Investimentos, conforme despacho publicado no DOU.

O negócio foi anunciado em novembro do ano passado pelo valor de R$ 150 milhões. Segundo a Hapvida, a operação está em linha com sua estratégia de expansão e consolidação nacional, reforçando sua presença no Estado de Minas Gerais, mercado em que o grupo não tinha ainda presença significativa.

A Premium Saúde tem uma carteira de cerca de 125 mil beneficiários de planos de saúde, localizados majoritariamente nas regiões metropolitanas da capital mineira, Belo Horizonte (65 mil vidas), Brasília (13 mil vidas), Montes Claros (MG – 9 mil vidas) e na região do Triângulo Mineiro (5 mil vidas), que são atendidos, atualmente, em rede credenciada.

Além do Cade, a transação está sujeita ainda à apreciação e aprovação pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Caixa Seguridade (CXSE3)

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições acordo entre Caixa Seguridade Corretagem e Administração de Seguros, Caixa Seguridade Participações e Lazam-MDS Corretora e Administradora de Seguros para atividades de co-corretagem. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira. O acordo aprovado prevê o direito de acesso exclusivo da MDS a determinadas atividades de corretagem no âmbito do canal de distribuição da Caixa.

Segundo o parecer da operação, as empresas pretendem estabelecer parceria, pelo prazo de 10 anos, para a exploração de corretagem de seguros de automóveis para os clientes da Caixa e determinadas atividades de corretagem de produtos de seguridade para os clientes da Caixa e/ou para o mercado em geral.

As companhias explicaram ao Cade que o acordo operacional “dá continuidade ao processo competitivo para reestruturação da operação de seguros do Grupo Caixa”.

“A reestruturação da operação de seguros está alinhada aos pilares de governança, financeiro, perímetro da transação e estrutura societária da gestão das participações adotada pela Caixa Seguridade”, cita o parecer. “Essa estratégia tem por objetivo aumentar a ênfase na comercialização de produtos de seguridade no canal bancário, buscando aperfeiçoar os serviços prestados aos clientes da Caixa bem como a maximização na geração de valor para as acionistas da Caixa Seguridade”, acrescenta.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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