Petrobras avalia opções para Polo Bahia, inclusive a venda, diz CEO

Segundo Magda Chambriard, estatal ainda não decidiu se manterá operação, terceirizará ou venderá polo com baixa produção terrestre

Reuters

Presidente da estatal brasileira Petrobras, Magda Chambriard, fala durante um evento na Refinaria Duque de Caxias, em Duque de Caxias, Brasil 04/07/2025 REUTERS/Tita Barros
Presidente da estatal brasileira Petrobras, Magda Chambriard, fala durante um evento na Refinaria Duque de Caxias, em Duque de Caxias, Brasil 04/07/2025 REUTERS/Tita Barros

Publicidade

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras estuda opções para suas operações no Polo Bahia, incluindo a possibilidade de sua venda, disse a presidente da estatal, Magda Chambriard, neste sábado, pontuando que a decisão se pautará no retorno e em interesses da companhia.

O polo foi colocado à venda no governo anterior de Jair Bolsonaro, mas o processo foi suspenso após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir a Presidência e colocar fim a um amplo processo de desinvestimento em curso na petroleira estatal.

Chambriard afirmou neste sábado que o Polo Bahia, que reúne cerca de 28 concessões terrestres, tem “muito pouca produção” e que às vezes “envolve um esforço muito grande” para produzir menos do que produz um único poço no pré-sal.

“Quando se tem um barril a US$100, US$90… isso faz mais sentido do que quando está a US$65”, disse ela, a jornalistas, durante o Fórum Estratégico para a Indústria Naval Brasil-China, no Rio de Janeiro.

“Isso está na nossa mesa e a gente não decidiu ainda o que vai fazer, se fica com a gente, se terceiriza a operação ou repassa o ativo. Está na mesa, a gente está estudando e vamos fazer o que é melhor e mais lucrativo para nós e para os nossos acionistas”, adicionou a executiva.

Ao ser questionada se a empresa poderia replicar essa análise no Polo Urucu, no Amazonas, a executiva disse que esse é o melhor óleo do Brasil. “Esse é o melhor óleo, mais valorizado”, afirmou, sem dar detalhes.

Continua depois da publicidade

Durante o evento, estaleiros brasileiros e chineses assinaram neste sábado memorandos de entendimento para desenvolver parcerias tecnológicas e comerciais em meio a um aumento da demanda por embarcações da Petrobras.

(Por Rodrigo Viga Gaier)