Petrobras adia pagamento de dividendos, reduz investimentos em US$ 3,5 bi e corta produção por coronavírus e oferta

Segundo a estatal petrolífera, as medidas foram tomadas para preservar o caixa da empresa da crise resultante da epidemia do coronavírus no Brasil

Equipe InfoMoney

Edifício da Petrobras (Shutterstock)

Publicidade

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou na manhã de hoje que adiou o pagamento de dividendos aos acionistas, de 20 de maio deste ano para 15 de dezembro de 2020.

Segundo a estatal petrolífera, a medida foi tomada para preservar o caixa da empresa da crise resultante da epidemia do coronavírus no Brasil, mas também do choque nos preços internacionais do petróleo, que já caíram 60% neste ano. A epidemia do corona também forçou a empresa a alterar a data da Assembleia Geral Ordinária do dia 22 para 27 de abril.

Segundo a estatal, serão pagos em dividendos aos acionistas R$ 1,7 bilhão para as ações ordinárias (PETR3) e R$ 2,5 milhões para as preferenciais (PETR4). O acionista deve ficar atento para a data de corte, que será 27 de abril, data da nova AGO. Já a data de corte para os acionistas que têm ações da Petrobras em Nova York – as chamadas ADRs negociadas na NYSE – será 29 de abril. Quem quiser receber o dinheiro não pode vender as ações antes destas datas.

Continua depois da publicidade

A companhia ainda comunicou que, entre as medidas que decidiu adotar para enfrentar os impactos da pandemia de coronavírus e o choque de preços do petróleo, está a redução dos investimentos programados para o ano e o corte da produção.

O valor de investimentos para 2020 será reduzido de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões (sendo US$ 7 bilhões na visão caixa), “em função principalmente de postergações de atividades exploratórias, interligação de poços e construção de instalações de produção e refino, e da desvalorização do Real frente ao dólar americano”.

Além disso, haverá a postergação de novas contratações pelo prazo de 90 dias.

Continua depois da publicidade

A companhia também decidiu reduzir um total de 100 mil bpd da sua produção de óleo até o final de
março, em função da sobreoferta deste produto no mercado externo e pela redução da demanda mundial de petróleo causada pelo efeito do COVID-19. “A companhia avaliará as condições do mercado e, em caso de necessidade, realizará novos ajustes na produção de petróleo, sempre garantindo as condições de segurança para as pessoas, operações e processos”.

Segue abaixo as principais medidas destacadas pela companhia. Como resultado da implementação das medidas descritas, a companhia estima que equilibrará seu fluxo de caixa no ano de 2020:

Aprendizados em tempos de crise: uma série especial do Stock Pickers com as lições dos principais nomes do mercado de ações. Assista – é de graça!