Petrobras, 10 resultados, recomendações e outras notícias agitam o radar

Confira os destaques corporativos desta segunda-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – A agenda corporativa inicia agitada nesta terça-feira (12) entre temporada de balanços do primeiro trimestre, com os números de 10 empresas, corte de rating de bancos brasileiros e uma série de recomendações de bancos e corretoras. Após o fechamento deste pregão, ganhará atenção os resultados da Gol (GOLL4) e MRV Engenharia (MRVE3). Confira os principais destaques do dia abaixo:

Petrobras
Contrariando uma matéria do Estadão da véspera que datava 10 de junho, a Petrobras (PETR3; PETR4) disse, em comunicado enviado ao mercado, que o plano de gestão para o quadriênio de 2015 a 2019 ainda está em elaboração e não possui data marcada para divulgação. Após a conclusão, o plano deve ser submetido ainda à diretoria-executiva da companha e, posteriormente, ao conselho de administração.

Além disso, no radar da empresa, foi acertado ampliação da vigência do contrato de compra e venda de gás natural com a Copergás para 31 de dezembro de 2021. 

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Bancos
Após revisar sua metodologia de análise de março, a Moody’s rebaixou a nota de seis bancos brasileiros, entre eles Bradesco (BBDC3; BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3). A agência diz que o corte nos ratings não significa uma piora nos fundamentos de crédito das instituições. O Bradesco, Itaú Unibanco e Itaú BBA tiveram seus ratings de depósito na escala global e de dívida sênior não garantida cortada de Baa1 para Baa2. Para a Moody’s, esses bancos se mostraram menos fortes do que seus pares. No caso do BB, a redução se deu no perfil de risco de crédito individual, chamado de BCA, por causa da capitalização considerada fraca. 

BB
Ainda sobre o BB, uma matéria do Valor aponta que o banco e o Fundo de Investimento em Infraestrutura do FGTS (FI-FGTS) são os dois agentes que terão mais a perder caso a Sete Brasil não consiga alongar o perfil da dívida, com pouco mais de R$ 3 bilhões cada um.  

Fibria
A Fibria (FIBR3), maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, está anunciando aumento de preços de US$ 20 por tonelada do insumo, válido a partir de primeiro de junho. Com o aumento, os preços na Europa passarão a US$ 810, na Ásia a US$ 700 a tonelada e, na América do Norte, a US$ 900 a tonelada. No fim de abril, a companhia havia afirmado que estava implementando “sem dificuldades” o aumento anunciado para o início daquele mês, diante da boa demanda.

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Klabin
Também do setor de papel e celulose, a Klabin (KLBN4) teve sua recomendação rebaixada para neutra pelo BTG Pactual.  

Cosan
Já Goldman Sachs colocou a recomendação da Cosan (CSAN3) em compra.  

Embraer
A Embraer (EMBR3) vai transferir a produção do jato executivo Phenom do Brasil para sua fábrica nos Estados Unidos a partir de 2016, informou na segunda-feira o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, citando reunião com a empresa realizada na sexta-feira. Segundo comunicado da entidade, a mudança da produção parte de estratégia de mercado da empresa e de projeto de ampliação de espaço físico de fábrica da Embraer em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Representantes da Embraer não puderam comentar o assunto de imediato.

Light
A Light (LIGT3) quer vender sua participação de 16% no capital da Renova Energia para construção de novas usinas hidrelétricas de Itaocara e Lajes, ambas no Rio de Janeiro, segundo o Valor.

Oi
A Oi (OIBR4) contratou o Credit Suisse para vender call centers, informou a Bloomberg. A ideia seria reduzir o endividamento e recuperar a credibilidade do mercado. A venda pode ser fechada nos próximos três meses, disse Bayard Gontijo, presidente da companhia em entrevista à agência de notícias, se recusando a informar o valor da transação.

Segundo a XP, o cenário segue bastante complicado para companhia, com elevado endividamento. A venda de ativos ajuda no curto prazo, mas os ativos vão ficando cada vez mais escassos, com as torres já vendidas, por exemplo. Fora isso, o elevado capex (investimentos em bens de capital), a empresa não entrou na licitação do 4G. 

Construção Civil
O governo rejeitou proposta para liberar o compulsório para financiamento de imóveis. Nas últimas semanas, entidades da construção civil entregaram à área econômica do governo proposta para impulsionar o crédito imobiliário, sendo uma delas a liberação do compulsório da poupança de até R$ 40 bilhões. O Banco Central e o Ministério da Fazenda, no entanto, não estão muito sensíveis a essa demanda. Para economistas oficiais, essa medida não faria sentido em um momento decisivo de aperto monetário para o controle da inflação.  

ALL
Entre as empresas que reportaram seus balanços do primeiro trimestre entre ontem à noite e está manhã, a ALL teve prejuízo líquido de R$ 229 milhões de janeiro a março, ante lucro de R$ 7,2 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado do primeiro trimestre da companhia de logística ainda foi divulgado separadamente ao da Rumo Logística (RUMO3), já que a união das companhias para formar a Rumo ALL começou na prática no início de abril.

Kroton
O lucro líquido ajustado da Kroton (KROT3) subiu 56,9% no primeiro trimestre, com o controle mais rígido de custos e despesas compensando as mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 
A companhia teve lucro líquido ajustado de R$ 455,3 milhões entre janeiro e março, frente a R$ 290,2 milhões no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, parcelamento especial privado, linha criada para alunos ingressantes como alternativa ao Fies, foi um dos fatores que ajudou a empresa a adicionar 319.700 novos alunos de graduação, (+6,2% ante 2014). 

Para a XP Corretora, o resultado foi levemente acima do esperado.Apesar da forte desaceleração na captação e crescimento da base, os números foram acima do projetado pela Kroton. Mesmo com a forte queda na margem, por conta da aquisição da Anhanguera, já observamos uma boa evolução na comparação pro-forma, comentaram os analistas.

Itaúsa 
A holding Itaúsa (ITSA4), que controla o Itaú Unibanco, teve lucro líquido de R$ 1,974 bilhão de janeiro a março, avanço de 10,65% sobre o primeiro trimestre do ano anterior. 
O lucro líquido recorrente somou R$ 2 bilhões, avanço de 23,55% em igual período.

Iguatemi
A Iguatemi (IGTA4) registrou queda de 6% no lucro líquido, para R$ 45,1 milhões, no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 24,36%, para R$ 148,6 milhões. Para o BTG Pactual, os resultados foram sólidos sem sinais de fortes desaceleração em vendas e locações no segmento “mesmas lojas” (que considera lojas abertas há pelo menos um ano), diferente da maioria dos concorrentes. O banco, no entanto, permanece cauteloso com o setor de shopping centers dada à desaceleração de vendas do varejo. O Itaú BBA espera reação positiva do mercado, destacando como positivo os dados operacionais da companhia, ainda resilientes.

T4F
A T4F (SHOW3), empresa líder no mercado de entretenimento ao vivo da América do Sul, anunciou os resultados deste primeiro trimestre de 2015 e mostrou prejuízo de R$ 2,3 milhões, contra prejuízo de R$ 22,9 milhões do primeiro trimestre do ano passado. O desempenho foi impulsionado pelo aumento na receita de shows ao vivo e de patrocínios, que praticamente dobraram no período, para R$ 74,1 milhões e R$ 22,1 milhões, respectivamente. No primeiro trimestre, a companhia realizou, em São Paulo, o festival Lollapalooza. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) reverteu de R$ 25,4 milhões negativos nos três primeiros meses do ano passado e fechou em R$ 2,4 milhões este trimestre. 

JHSF
A incorporadora JHSF (JHSF3) registrou lucro líquido de R$ 1,038 milhão no primeiro trimestre, queda de 92% contra o mesmo período do ano passado. A receita líquida da incorporadora ficou em R$ 155,956 milhões, ante R$ 147,989 milhões no primeiro trimestre de 2014, uma alta de 5%.  

IMC 
A International Meal Company (IMCH3), dona do Frango Assado e da rede Viena, registrou lucro líquido de R$ 500 mil no primeiro trimestre, revertendo prejuízo líquido de R$ 8 milhões obtido no mesmo período de 2014. A receita líquida ficou em R$ 454,7 milhões, crescimento de 23,9%. 

Nutriplant
A Nutriplant (NUTR3), empresa de micronutrientes e fertilizantes especiais, divulgou um prejuízo líquido de R$ 7,219 milhões neste trimestre, um aumento em relação à perda líquida de R$ 1 milhão registrada em igual intervalo de 2014. 

Segundo nota divulgada, o resultado foi impactado por perdas de R$ 7,4 milhões com variações cambiais, principalmente por causa de dívidas em dólares com fornecedores internacionais.A empresa informou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) de R$ 532 mil, uma recuperação frente ao valor negativo de R$ 166 mil realizado nos primeiros três meses de 2014. A receita líquida da empresa, no entanto, caiu 10,2%, a R$ 8,5 milhões este trimestre, essa retração se deveu à postergação das compras de fertilizantes pelos agricultores devido à volatilidade cambial e pela redução da demanda devido à retração da indústria no período. 

CSU
A CSU (CARD3), empresa líder no mercado brasileiro de prestação de serviços de alta tecnologia voltados ao consumo, fechou o trimestre com lucro líquido de R$ 3,7 milhões, crescimento de 156,6% nos últimos doze meses. Sua receita líquida foi de R$ 112,618 milhões, com uma diferença positiva de R$ 19,34 milhões em comparação ao primeiro trimestre de 2014. O Ebitda fechou em R$ 15.947 milhões, um aumento de 42,2% em relação aos R$ 11.216 milhões do período do ano passado. Margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) de 14,2%, 2,1 pontos percentuais a mais que os 12% de 2014.

Para o CEO da CSU, Marcos Ribeiro Leite, o resultado financeiro do primeiro trimestre reitera o crescimento constante apresentado pela companhia nos últimos anos. “Seguimos no objetivo de consolidar a empresa como uma das maiores prestadoras de serviços de alta tecnologia do país. Nesse sentido, mesmo com o cenário econômico nebuloso, conseguimos entregar bons resultados em todas as nossas unidades de negócios”, afirma o executivo.

Metal Leve
A fabricante de autopeças Mahle Metal Leve (LEVE3) reportou alta de 6% no lucro do primeiro trimestre, passando para R$ 47,6 milhões no período. A receita líquida ficou em R$ 579,4 milhões, alta de 2,2% em um ano. Na mesma base de comparação, o Ebitda subiu 9,4%, chegando a R$ 100,5 milhões.

Após o balanço, a companhia teve sua recomendação elevada para market perform (desempenho em linha com a média) pelo Itaú BBA

Alpargatas
Um dia após divulgar seu resultado do primeiro trimestre, a Alpargatas (ALPA4), dona da Havaianas, informou que Fábio Leite de Souza foi eleito seu diretor administrativo e de finanças.  

Banco Pine
Já o Banco Fator Corretora cortou a recomendação do Banco Pine (PINE4) para underweight (exposição abaixo da média).