Petro diz que não há decisão sobre reajuste; antiga MPX diz que pagou R$ 50 mi ao BTG

Também em destaque, está a multa recebida pela Vale no Canadá e a transferência de terrenos pela Usiminas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em dia de decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) sobre uma possível redução do programa de estímulos nos Estados Unidos, o noticiário corporativo segue agitado. Em destaque, a Petrobras (PETR3;PETR4) prestou esclarecimento ao mercado sobre as notícias veiculadas na imprensa acerca de possível reajuste do preço da gasolina que seria realizado até o dia 21 de outubro.

A companhia esclarece que, neste momento, não há qualquer decisão acerca de um reajuste do preço da gasolina a ser praticado pela companhia e caso haja alguma informação relevante sobre o tema, comunicará tempestivamente ao mercado, em cumprimento à legislação vigente.

MPX afirma que pagou pela assessoria do BTG
A Eneva, antiga MPX Energia (MPXE3), afirmou que pagou os R$ 50 milhões ao BTG Pactual pela assessoria financeira na venda de controle para a alemã E.ON. No final de semana, a coluna Radar, da Veja, destacou que o empresário Eike Batista estaria com uma dívida de R$ 50 milhões com o BTG pela assessoria na venda da companhia. 

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“Os serviços compreenderam diversas análises, discussões, procura de investidores e outros serviços habitualmente prestados por bancos de investimento especializados em operações de fusões e aquisições”, informou em nota. De acordo com a companhia, o valor foi pago integralmente.

A Eneva informou que os serviços foram contratados para que tivesse um assessor que permitisse avaliar rapidamente as oportunidades estratégicas para sua continuidade, em um “momento de extrema dificuldade financeira e estratégica do único acionista controlador à época, Eike Batista. A companhia afirmou que não tem como prática divulgar ao mercado, seja por meio do comunicado do mercado, seja por meio de fato relevante, os termos de mandatos ou de qualquer outro instrumento celebrado pela companhia com prestadores de serviços de assessoria financeira ou jurídica ou com consultores. 

Fitch reafirma rating da Taesa
A Fitch Ratings afirmou os ratings da Taesa (TAEE11) em BBB dos IDRs (Issuer Default Ratings) em moeda estrangeira e local e o rating nacional de longo prazo em AAA. A terceira emissão de debêntures da companhia, totalizando R$ 2,16 bilhões. A perspectiva para todas as notas é estável.

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De acordo com a Fitch, os ratings de grau de investimento da Taesa refletem a manutenção de um sólido perfil financeiro, mesmo após as relevantes aquisições efetuadas nos últimos dois anos, no total de R$ 3,8 bilhões. “A Taesa concluiu, em julho de 2012, sua emissão de capital no valor de R$1,755 bilhão, o que, na visão da Fitch, permitiu à companhia manter sua alavancagem financeira em linha com os ratings atribuídos”, destacou a Fitch.

Vale é multada em 1 milhão de dólares canadenses 
A unidade canadense da mineradora brasileira Vale (VALE3VALE5) foi multada em 1,05 milhão de dólares canadenses (US$ 1,02 milhão) por acidente que matou dois trabalhadores em sua mina em Sudbury (Ontário), em 2011, segundo informou o governo de Ontário nesta terça-feira.

A multa é a maior já imposta por uma corte de Ontário por violações da lei de segurança do trabalho.

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A Vale confirmou em um comunicado que tinha concordado em se declarar culpada de três acusações de violar a lei. A mineradora vai pagar uma sobretaxa de 25 por cento para um fundo que beneficia vítimas de crime.

Jason Chenier e Jordan Fram, trabalhando no turno da noite da mina Stobie, em 8 de junho de 2011, foram soterrados por lama na mina.

A província afirmou que a Vale não tinha lidado com as questões da água na mina, como a acumulação de água.

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A Vale disse que dedicou “esforços e recursos significativos” para compreender o que aconteceu e para implementar recomendações feitas desde o acidente.

“Não há nada que se possa dizer ou fazer voltar no tempo e trazer Jason e Jordan de volta, mas vamos continuar honrando suas memórias por meio de nosso foco inabalável na segurança e buscando dano zero em nosso local de trabalho”, afirmou. 

OSX presta esclarecimentos ao mercado
A OSX Brasil (OSXB3) prestou esclarecimentos sobre notícia publicada no jornal O Globo que afirmou que o grupo alemão E.ON, que assumiu o controle da MPX de Eike e rebatizou a empresa de energia com o nome de Eneva, deveria comprar também a parte da OSX nos oito blocos exploratórios de gás na Bacia do Parnaíba. 

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A companhia esclarece que não possui participação societária em blocos exploratórios de gás na Bacia do Parnaíba e, por meio de sua assessoria de imprensa, enviou um email hoje às 12:26h solicitando errata na nota publicada pela coluna do jornalista Ancelmo Gois. Com protestos de elevada estima e consideração, permanecemos à disposição para eventuais esclarecimentos.

Usiminas transfere terrenos
A Usiminas (USIM3;USIM5) informou a conclusão das negociações relativas à transferência, a título de aumento de capital, do terreno de propriedade da Companhia em Itaguaí – RJ, para sua controlada Mineração Usiminas (MUSA). Em contrapartida, as acionistas Serra Azul Iron Ore LLC e Sumitomo Corporation do Brasil, empresas do Grupo Sumitomo Corporation, realizarão um aporte de capital, em reais, no montante equivalente a US$ 100 milhões.

As participações das acionistas no capital social da companhia permanecerão inalteradas. A partir desta transferência, a MUSA passa a deter um ativo estratégico, próximo a outros terminais portuários na Baía de Sepetiba e apto a servir como retroárea para manuseio e estocagem de minério de ferro e outros granéis. “Tais condições aumentam a competitividade da infraestrutura logística da MUSA e criam condições potenciais não apenas para o aumento de sua própria capacidade de escoamento, mas para todo o complexo portuário existente ou em construção na região”, destaca a siderúrgica.

Vinci Partners atinge participação de 10,62% na Rossi Residencial
A Rossi Residencial (RSID3) informou que a Vinci Partners aumentou a participação acionária na companhia para 10,62% do total de ações ordinárias, totalizando 57,128 milhões de papéis.

Eletrobras anuncia pagamento de JCP
A Eletrobras (ELET3;ELET6) anunciou que dará início, a partir do dia 20 de setembro, o pagamento de juros sobre o capital próprio relativos ao exercício de 2012, aos acionistas inscritos na data base de 30 de abril de 2013. 

O valor atualizado é de R$ 0,421402082 por ação ordinária, R$ 2,299341032 por papel ELET5 e de R$ 1,724505778 por ação ELET6. 

Providência anuncia distribuição de dividendos
A Providência (PRVI3) aprovou a distribuição de dividendos antecipados aos acionistas no montante de R$ 17,94 milhões, que corresponde a 100% da base de cálculo de dividendos no 1º Semestre de 2013. O valor é correspondente a R$ 0,22425951 por ação ordinária, com ex-dividendo em 14 de novembro e pagamento em 25 de novembro.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.