Petróleo e alívio com Carf: os dois fatores que fizeram a Petrobras subir mais de 3%

Petróleo renovou máxima em cerca de um mês, enquanto termos de acordo com Carf animaram

Equipe InfoMoney

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As ações da Petrobras (PETR3;PETR4)  estiveram entre os destaques positivos do pregão desta terça-feira (18), com os papéis PETR3 (ON) subindo 3,36% (R$ 37,88), enquanto os ativos PETR4 (PN) tiveram ganhos de 3,13% (R$ 35,90).

Dois fatores impulsionaram os papéis na sessão. Em primeiro lugar, olhando para o ambiente macroeconômico, esteve o novo dia de alta para os contratos futuros de petróleo, continuando o movimento de avanços nos preços das cotações e que já leva os preços ao seu maior nível em um mês. Neste cenário, a demanda chinesa é alvo de forte atenção, especialmente após a publicação de indicadores no país, enquanto o compromisso com cortes na produção de importantes exportadores é alvo de escrutínio.

O WTI para agosto fechou com alta de 1,54% (US$ 1,24), a US$ 81,57 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 1,28% (US$ 1,08), a US$ 85,33 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Em segundo lugar, a notícia do acordo tributário para encerrar pendências com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) reverberou positivamente no mercado.

As dívidas tributárias estão relacionadas a contratos de afretamento de embarcações, o que terá um impacto de R$ 11,9 bilhões de reais no lucro líquido do segundo trimestre.

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Para a XP Investimentos, o acordo foi positivo, pois elimina riscos significativos em termos atraentes. “O acordo era amplamente esperado, mas acreditamos que o anúncio foi positivo, pois elimina riscos significativos a um custo aceitável, considerando os termos finais”, avaliam Regis Cardoso e Helena Kelm, analistas da XP que assinam o relatório.

Do valor total da transação de R$ 19,8 bilhões, R$ 6,7 bilhões serão pagos por meio de depósitos judiciais (que não são contabilizados como equivalentes de caixa no balanço patrimonial), e R$ 1,3 bilhão será pago em créditos tributários de subsidiárias (que, de outra forma, não se esperava que fossem monetizados).

“Embora o impacto do acordo seja marginalmente negativo para os dividendos da Petrobras no curtíssimo prazo, acreditamos que o anúncio será bem recebido pelos investidores”, afirmaram analistas do BTG Pactual antes da abertura do mercado, destacando que o acordo implica desembolsos inferiores aos especulados pelo mercado nos últimos meses.

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A Genial ainda reforçou que os dividendos devem seguir sendo distribuídos por não afetar limite da dívida bruta da empresa, lembrando que a atual política de dividendos de 45% do fluxo de caixa livre só é válida caso o endividamento seja inferior US$ 65 bilhões (a empresa encerrou o 1T24 com uma dívida bruta de US$ 61,8 bilhões).

(com Reuters e Estadão Conteúdo)