Perca o medo de derivativos: conheça 10 estratégias para o mercado de opções

Entre calls e puts, conheça aqui formas de minimizar riscos e escolher a melhor alternativa de acordo com o cenário

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SÃO PAULO – Basicamente, opções são instrumentos derivativos que oferecem ao seu detentor o direito, não o dever, de adquirir uma determinada quantidade de um ativo na data de seu vencimento à um preço pré-estabelecido.

As opções podem ter como finalidade o hedge – redução do risco de mercado – ou a especulação, que visa promover lucro para aqueles que operam com esses instrumentos, contrapondo-se ao hedge. Neste artigo, o foco ficará por conta de 10 estratégias disponíveis ao investidor, porém, antes de tudo, recomenda-se uma leitura prévia dos conceitos básicos do mercado de opções

1 – Compra de opção de compra (call):
Essa operação tem como característica o risco limitado e o lucro ilimitado, gozando de fácil implementação. Basicamente, o comprador da opção detém o direito de adquirir um determinado ativo por um preço fixo em uma data futura estabelecida.

Não perca a oportunidade!

Recomenda-se ao investidor escolher essa operação em momentos de expectativa de forte alta no mercado ou de aumento da volatilidade, o que faz crescer a demanda por segurança, ou seja, pela previsibilidade do valor de um ativo.

Por outro lado, o tempo conta como desvantagem caso o preço do ativo esteja abaixo do valor da opção, embutindo o risco de tornar sua execução no vencimento inviável.

2 – Venda de opção de compra:
Tipo de operação recomendável quando há uma expectativa de desvalorização do ativo objeto. Assim como o exemplo anterior, a volatilidade do mercado influencia diretamente o sucesso da operação. Se a volatilidade aumenta, o preço da call tende a subir, se a volatilidade diminuí, a call segue o mesmo caminho.

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3 – Compra de opções de venda (put):
Nessa estratégia, o investidor compra opções de venda, pagando por elas um valor em dinheiro no momento da abertura da operação. Como consequência, ele assume a titularidade das opções de venda, ou seja, podendo vender as ações pelo preço de pré-determinado se lhe for conveniente.

Dessa forma, sob o ponto de vista do investidor que adquirir a opção de venda, a estratégia deve levar em conta uma expectativa de desvalorização dos ativos.

4 – Venda de opções de venda:
Contraparte do investidor acima, a venda de opções de venda acarreta na obrigação de atender à vontade do títular para o qual foram vendidas as opções.

Caso titular queira vender as ações pelo preço de exercício pré-estabelecido, o investidor tem o compromisso de comprá-las. Assim sendo, recomenda-se essa estratégia em momentos de expectativa de valorização do ativo objeto. 

5- Compra de volatilidade (Call Backspread):
Trata-se de uma estratégia neutra que envolve a venda de uma opção de compra e a compra de uma outra opção com preço de exercício superior à da primeira, do mesmo ativo-objeto, sendo recomendável para momentos de nervosismo no mercado, pois consegue gerar ganhos caso haja um movimento brusco para qualquer sentido – cima ou baixo.

6 – Trava de alta:
Conhecido como Bull Spread, essa estratégia impõe lucro e risco limitados e é recomendada para momentos de expectativa de alta moderada. A implantação ocorre da seguinte forma: compra de uma call de preço de exercício mais baixo e venda de uma call com preço de exercício mais alto.

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Neste caso, a perda máxima será o valor gasto na compra menos o ganho na venda, enquanto o lucro máximo resulta da diferença entre os valores dos preços de exercício menos o valor gasto.

7 – Trava de baixa:
Conhecida como Bear Spread, também apresenta lucro e risco limitados, sendo recomendada para momentos de expectativa de baixa. Em linhas gerais trata-se de um contraponto à trava de alta. 

A implantação se dá através da venda de uma call de preço de exercício mais baixo, e compra de uma call com preço de exercício mais alto. Dessa forma, o ganho máximo é o valor ganho na venda menos o gasto na compra, enquanto a perda máxima é a diferença entre os valores dos preços de exercício menos o valor ganho.

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8 – Delta hedge:
Trata-se de uma modalidade de proteção da carteira, basicamente através da constituição de uma posição contrária à que se deseja proteger. Para tanto, deve-se conhecer o delta da opção (fator que mede a sensibilidade de seu preço em relação ao preço da ação), e então realizar a venda de opções de compra na seguinte proporção: quantidade de ações / delta da opção.

9 – Call ratio spread:
Recomendada para investidores com maior apetite ao risco, pois trata de uma estratégia de compra ou venda de volatilidade. Trata-se da venda de volatilidade, compra de uma call de preço de exercício menor e venda de duas calls de preço de exercício maior, resultando em ganho limitado e risco de perda limitada para baixo e ilimitada para cima.

10 – Borboleta (butterfly):
Com perfil conservador e baixo custo de montagem, este tipo de estratégia costuma ser a mais utilizada por investidores de menor porte, tendo como característica o risco e lucro limitados.

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Implementação: compra de volatilidade, compra de uma call de preço de exercício menor, venda de duas calls de preço de exercício médio e compra de uma call de preço de exercício maior. 

Com duas posições compradas e duas posições vendidas, recomendasse ao investidor dar uma atenção especial ao custo de corretagem desta estratégia, principalmente no caso de exercício das opções.