Pequeno empresário: saiba como não perder mercado para empresas estrangeiras

Empresário dá dicas para PMEs enxergarem oportunidades e cuidados com a vinda de companhias internacionais no Brasil

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Além de sediar os principais eventos esportivos do mundo, como a Olimpíada e Copa do Mundo, o bom desempenho da economia do País chama a atenção de companhias internacionais.

Dados do estudo IBR 2012 (International Business Report), da Grant Thornton, revelam que o Brasil é o terceiro destino mais procurado por empresários espanhóis, norte-americanos e argentinos que desejam levar seus negócios para países emergentes de rápido crescimento.

Mesmo com um cenário positivo para o Brasil, a vinda de empresas estrangeiras é uma ameaça para as PMEs nacionais (Pequenas e Médias Empresas), uma vez que passam a competir com companhias de tecnologia avançada, maiores ofertas de produtos, preços atrativos e produção de larga escala. No entanto, há maneiras dos pequenos e médios empresários se beneficiarem da situação.

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O diretor comercial da Usicontrol, empresa de controles remotos industriais, João Antonio Queiroz, é um exemplo de como se tornar aliado a algo que, a princípio, poder ser um concorrente. A empresa acaba de firmar uma parceria com uma marca italiana, que deve elevar seu faturamento em R$ 7 milhões até 2015.

O diretor dá dicas e alertas para empreendedores que desejam utilizar a mesma estratégia com o objetivo de não perder mercado e ainda fomentar os negócios:

Ameaça das internacionais
Se unir a essas empresas, em vez de tê-las como concorrentes, é uma boa opção. Para a estrangeira essa também é uma boa opção, já que permite chegar no maior número de clientes possível, em curto espaço de tempo e baixíssimo investimento.

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Vantagens do negócio
Acesso rápido a produtos ou serviços com alta tecnologia agregada, além da consolidação no mercado internacional. “Quando se fala em produto novo, essa consolidação se traduz em tendência de mercado. Isso faz com que a empresa brasileira atue pulando as tão custosas etapas de pesquisa e desenvolvimento”, ensina.

Além disso, Queiroz afirma que ter o nome associado a uma empresa internacional, é um facilitador para chegar a novos clientes perante o mercado.

Cuidados
Estabelecer claramente os objetivos de ambas as partes, a curto e médio prazos, é fundamental para que não se crie conflito de interesses no futuro. Ter um contrato comercial que garanta a longevidade da parceria também é um item importante.

“O representante ou distribuidor precisa ter em mente que o fabricante sempre será a parte dominante sobre o produto comercializado e, após algum tempo a marca do fabricante será reconhecida no mercado, tornando o trabalho de divulgação e vendas menos oneroso”. 

O diretor ressalta ainda que dar preferência a produtos ou serviços já conhecidos é algo a ser considerado, já que, quanto maior a familiaridade, mais fácil será avaliar e selecionar o parceiro. “Produtos conhecidos também facilitam o trabalho com o mercado”, conclui.