Pequenas notáveis: as 5 small caps que podem dar o que falar em 2015

Analistas e gestores consultados pelo InfoMoney apontam boas opções fora do radar da Bolsa, para quem quiser escapar do tradicional "Petrobras e Vale"

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Iniciantes quando chegam na Bovespa costumam ser apresentados primeiramente para as ações das maiores empresas – as famoas “blue chips”. Porém, não é apenas de “Petrobras e Vale” que vive o mercado brasileiro: companhias pouco badaladas podem apresentar tanto potencial quanto uma gigante da economia. São as famosas “small caps”, que são as ações de companhias com valor de mercado bem mais modesto que das blue chips, e por isso mesmo trazem um potencial maior de valorização – já que é mais fácil duplicar o tamanho de uma pequena empresa do que uma Ambev.

Essas empresas podem ser boas opções, mas exigem muito conhecimento e atenção, já que elas costumam ficar mais longe dos holofotes dos noticiários. Além disso, a baixa liquidez que elas possuem na Bolsa as torna mais vulneráveis a movimentos especulativos ou fortes oscilações de preços quando um grande investidor resolver adquirir esses papéis ou se desfazer de sua participação.

InfoMoney ouviu do mercado quais as small caps que possuem um futuro promissor. Dos 20 analistas e gestores ouvidos*, chegamos em uma seleção de 5 empresas. Confira a lista:

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1. Banco ABC Brasil (ABCB4)
Desempenho da ação em 2014: +16,36%

Outra small cap que vem de um setor consolidado na Bolsa é o banco ABC Brasil (ABCB4). Para a gestora de fundos de investimento Petra Asset, a instituição financeira se diferencia das concorrentes por se posicionar fortemente no crédito para médias e grandes empresas – com faturamento anual superior a R$ 500 milhões. Por emprestar dinheiro para companhias maiores e, teoricamente, mais seguras, o banco teria um nível confortável de alavancagem. “Tais características, aliadas à sua disciplina de concessão de crédito, geram o baixo nível de inadimplência pelo qual o banco costuma se destacar”, disseram analistas da gestora. A corretora BB Investimentos também recomenda a empresa. 

2. Alupar (ALUP11)
Desempenho da ação em 2014: +22,84%

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Dentro do setor elétrico, a bola da vez é a Alupar (ALUP11), que é mais focada na transmissão de energia e, portanto, fica mais distante dos problemas do setor, ressalta a Win Trade. A menor possibilidade da companhia sofrer com “riscos regulatórios” do atual governo, como ocorreu em 2012 com as elétricas maiores, também foi citada como característica positiva. As concessões atuais da Alupar só vencem em 2031 e apenas uma pequena parcela do seu portfolio está sujeita a revisões tarifárias. Outro grande atrativo para a WinTrade é o pagamento de R$ 350 milhões na forma de dividendos para o próximo ano, o que garante um dividend yield (dividendo por ação/cotação da ação) de aproximadamente 9,0%. 

3. CSU CardSystem (CARD3)
Desempenho da ação em 2014: +2,57%

Para a Petra Asset a CSU CardSystem (CARD3) é outra companhia promissora, que nasceu como processadora independente de cartões de crédito e já é a maior da América Latina, detendo 44% do mercado excluindo-se os bancos grandes. Para a gestora, a companhia tem espaço para crescer em um ambiente de “bancarização” da população, tendo como clientes os bancos menores, que não têm como manter uma unidade de processamento interna. Segundo a Petra, um valuation “bastante conservador” daria um preço-alvo de R$ 6,00 para a ação CARD3, o que é mais que o dobro da cotação atual na Bovespa – a empresa fechou a última terça-feira (7) a R$ 2,83.

Quem também indicou a CSU foi a corretora Coinvalores, que ressaltou o aumento de rentabilidade que a processadora conseguiu depois de passar por maus bocados há alguns trimestres. A melhoria, segundo a corretora, foi alcançada ao diversificar seus clientes e seus negócios, apostando em terceirização de serviços de TI e marketing de fidelização. Para a Coinvalores, 2015 pode ser o ano da virada para a companhia. 

4. Grazziotin (CGRA4)
Desempenho da ação em 2014: +1,65%

A Grazziotin (CGRA4), loja de vestuário e decoração da casa, é vista com bons olhos pela Inva Capital. “A companhia cresceu pouco nos últimos anos, o que nos permite acreditar que há bastante espaço para as ações da Grazziotin se valorizarem”, disse a boutique de investimentos. Nos últimos dois anos, enquanto a ação subiu menos de 20%, a receita líquida e o lucro líquido cresceram 31% e 65%, respectivamente. 

5. Panvel (PNVL3)
Desempenho da ação em 2014: -1,95% 

Por fim, a Panvel (PNVL3), do setor de farmácia e distribuição de medicamentos, foi citada também pela Inva Capital como bom investimento por ter boa perspectiva de manter seu ritmo de crescimento próximo de 15% em 2015. “O segmento em que ela atua é menos volátil que o varejo tradicional e, portanto, cremos que ela possui boa margem de segurança mesmo em um cenário adverso”, diz. Vale mencionar que a ação da empresa já subiu quase 700% desde 2009, mas mesmo assim ainda vale menos de R$ 1 bilhão na Bovespa, realidade bem diferente da sua “prima rica” Raia Drogasil (RADL3), que subiu pouco mais de 700% no mesmo período e hoje possui R$ 8,5 bilhões de valor de mercado.

*As fontes desta matéria são as mesmas que ajudaram na matéria de capa “Onde Investir 2015 – Ações”, da edição 54 da Revista InfoMoney, referente ao bimestre janeiro/fevereiro. Os participantes são: Ativa Corretora, BB Investimentos, Claritas, Coinvalores Corretora, Concórdia Investimentos, Elite Investimentos, FCL Capital, Geral Investimentos, Impacto Investimentos, Inva Capital, Petra Asset, Quantitas, Rico Corretora, Santander Corretora, SLW Corretora, Socopa Corretora, UM Investimentos, Walpires Corretora, WinTrade e XP Investimentos. Para assiná-la, clique aqui.