Pequena, mas estratégica: a visão de analistas do mercado sobre a nova concessão da CCR

Notícia foi bem recebida por investidores, com alta de 2,6% das ações CCRO3 no pregão desta quarta-feira (6)

Mariana Zonta d'Ávila

Aeroporto de Pampulha (Foto: ME/ Portal da Copa /Governo Federal Brasileiro / Rodrigo Lima)

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SÃO PAULO – A CCR (CCRO3) anunciou na noite da última terça-feira (5) que venceu o leilão de concessão do aeroporto Carlos Drummond de Andrade (Aeroporto da Pampulha), em Belo Horizonte, capital mineira, pelo prazo de 30 anos.

A notícia foi bem recebida por analistas do mercado financeiro e investidores, com alta de 2,59% das ações CCRO3 no pregão desta quarta-feira (6), negociadas a R$ 11,89.

Na avaliação do Bradesco BBI, o movimento é positivo para a companhia, com a CCR podendo capturar o potencial de receita e sinergia de custos com a operação dos aeroportos de Confins (na região metropolitana de BH) e Pampulha.

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Segundo o time de análise, a CCR pode continuar a consolidar o setor aeroportuário na América Latina, o que pode criar uma oportunidade para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CCR Aeroportos em 2023.

O banco tem recomendação outperform (acima da média do mercado) para os papéis CCRO3 e preço-alvo de R$ 22.

A casa de análise Levante também diz ver a concessão como positiva para os papéis da companhia, dado que possibilita sinergias entre os dois aeroportos (Pampulha e Confins).

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“Com a nova concessão, do Aeroporto da Pampulha em Minas Gerais, a companhia passará a administrar um total de 20 aeroportos no Brasil e no exterior, o que deve expandir sua eficiência operacional e posicionar a empresa para a sétima rodada de aeroportos em 2022, que irá leiloar os principais aeroportos da Infraero: Santos Dumont e Congonhas”, escrevem os analistas, em relatório.

O time de análise ressalta, contudo, que o ativo não é tão relevante para a companhia dado seu tamanho, com capex (despesas de capitais) de R$ 150 milhões – cerca de 1% do capex da CCR até 2025. O leilão, contudo, está em linha com a estratégia da companhia de ampliar sua participação em aeroportos, destaca a Levante.

A opinião é compartilhada pela XP, que diz ver o movimento em linha com a estratégia da CCR de desenvolver sua plataforma aeroportuária, ao mesmo tempo em que se beneficia potencialmente das sinergias com o Aeroporto de Belo Horizonte, também operado pela empresa.

A CCR é a empresa preferida da XP no setor de concessões rodoviárias. A casa tem recomendação de compra para as ações CCRO3 e preço-alvo de R$15,60.

Já o Itaú BBA avalia que, embora a nova concessão possa ser pequena, é estratégica, dado o potencial de uma futura operação comercial, que poderia capturar parte do tráfego do Aeroporto de Belo Horizonte.

“Embora isso possa desencadear um reequilíbrio econômico para o Aeroporto de BH, a operação de ambos os aeroportos no estado de Minas Gerais poderia mitigar o risco potencial desse reequilíbrio, bem como da concorrência para o CCR”, escrevem os analistas do banco.

O Itaú BBA manteve sua recomendação outperform para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 16,50.

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