Pela 1° vez em 9 anos, apenas uma empresa emergente está entre as maiores do mundo

PetroChina é a única empresa emergente que aparece na lista; mesmo assim, sua colocação caiu de 4° lugar um ano atrás para 14°

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – Pela primeira vez em 9 anos, apenas uma empresa de países emergentes está entre as top 20 em valor de mercado em um momento de forte saída de investidor dessas nações, apontou a revista norte-americana BloombergBusinessweek. Por outro lado, com o S&P 500, um dos principais índices norte-americanos, quebrando recordes de ganhos nas últimas semanas, as empresas dos Estados Unidos figuram na liderança do ranking, com Exxon Mobil, Google, Microsoft, Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, e Apple.

Entre os emergentes, a gigante estatal PetroChina é a única da lista. Entretanto, a produtora de petróleo estatal caiu da 4ª posição de um ano atrás para o 14° lugar, enquanto o Industrial Commercial Bank of China mergulhou para o 22° lugar após perder US$ 38 bilhões do seu valor de mercado. A Samsung Eletronics, maior empresa da Coreia do Sul, perdeu 11 posições e está em 27° lugar.  

Um dos maiores temores do mercado desde que começou o ano tem sido o turbulento momento vivido pelas economias emergentes, antiga aposta dos investidores depois da maior crise econômica mundial depois do crash da bolsa americana em 1929. Neste mês, o Wall Street Journal revelou que o desconto das ações dos emergentes em comparação com seus pares em economias em desenvolvimento chegou a 33% em janeiro – o maior número desde maio de 2005. 

Não perca a oportunidade!

“Há previsão de mais quedas” nos emergentes, disse Joseph Quinlan, estrategista-chefe de mercado da companhia fiduciária norte-americana do Bank of America, que gerencia cerca de US$ 376 bilhões em ativos de clientes, em entrevista à Bloomberg Businessweek. Em menos de dois meses após o início de 2014, os investidores já retiraram mais de US$ 10 bilhões de fundos alocados em bolsas de países emergentes, excedendo US$ 8 bilhões em saídas de capital no ano passado. 

Para completar o cenário obscuro que se formou em cima dos emergentes, a diferença de crescimento desses países em relação às economias avançadas é a maior em 11 anos, enquanto os estrategistas dos bancos centrais da Turquia à Índia elevaram as taxas de juros para conter as perdas cambiais.