Payroll, inflação ao produtor e produção industrial: O que acompanhar na primeira semana de 2022

Tudo o que o mercado irá acompanhar antes de operar nesta primeira semana de 2022

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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A primeira semana de 2022 começará com a publicação de dados macroeconômicos importantes. Em destaque, está a divulgação, nos Estados Unidos, do relatório Payroll de empregos não-agrícolas de dezembro, na próxima sexta-feira (7), o mais importante indicador do mercado de trabalho americano.

O consenso do mercado é que a maior economia do mundo traga a criação de 400 mil vagas, dando continuidade à tendência de recuperação apresentada recentemente.

Apesar da melhora no mercado de trabalho, parte da interpretação dos investidores é de que a confirmação de um número maior de vagas criadas pode fazer o Federal Reserve acelerar a retirada de estímulos, o que tende a prejudicar o mercado acionário, uma vez que retira a liquidez dos negócios.

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No mesmo caminho, o Federal Reserve divulga, na quarta-feira (5), a ata do último Fomc – na ocasião, a autoridade monetária americana manteve a taxa de juros inalterada, mas anunciou que iria acelerar o tappering e sinalizou que pode subir o juros de maneira mais agressiva em 2022.

Um dia antes, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúne para definir se manterá sua política de aumento mensal da produção de petróleo. Segundo comentário, não devem haver alteração, apesar de, no último mês, ter havido rusgas entre a instituição e os Estados Unidos, por conta deste ter realizado uma ofensiva para derrubar os preços da commodity.

Brasil tem inflação e produção industrial

No Brasil, o mercado deve se atentar à publicação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da inflação ao produtor de novembro, na quarta-feira. A variação de preços no país tem sido observada com atenção, pois sua performance deve definir como o Banco Central irá se portar nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para fevereiro.

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Na última semana de 2021, a divulgação do IGP-M de dezembro surpreendeu negativamente, com a variação vindo mais alta do que o esperado.

Fora isso, há a divulgação, também pelo IBGE, da produção industrial de novembro, na quinta-feira (6). “Projetamos que ficará estável ao se considerar o ajuste sazonal, mas isso pode mudar de acordo com alguns dados coincidentes ainda não divulgados”, diz o Itaú BBA em relatório.

Na mesma linha, o IHS Markit publica o PMI Industrial de dezembro, na segunda-feira (3) – mesmo dia em que o Ministério da Economia publica a balança comercial do ano de 2021.

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O IHS Markit divulga PMIs por todo o mundo e também na segunda publica os índices de compras dos gerentes da indústria da União Europeia, da Alemanha e dos EUA. Na terça-feira (4), será a vez do Reino Unido. Na quarta e na quinta, saem os PMIs compostos e do setor de serviços.

Na política local, investidores devem continuar monitorando as novas movimentações dos servidores públicos federais, que vêm ameaçando greves e paralisações na busca por reajustes salariais.

Fora isso, notícias sobre o avanço da Ômicron e dos casos da covid-19 no geral devem continuar no radar.

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No âmbito corporativo, discussão sobre privatização da Eletrobras é destaque

O BNDES agendou para o dia 5 de janeiro a audiência pública marcada para discutir o processo de privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6).

A companhia deverá pagar R$ 25,3 bilhões à União após o processo de capitalização, de acordo com o valor do benefício dos contratos de concessão definidos pelo Conselho Nacional de Política Energética. Mas esses valores ainda podem sofrer alterações após manifestação do Tribunal de Contas da União.

Além disso, a JSL (JSLG3), no dia 3 de janeiro, reúne acionistas para debater sua reorganização societária,  que prevê a incorporação da Fadel Holding e da Moreno Holding.

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No dia 4, a Equatorial reúne acionistas em AGE para discutir a aquisição de 100% da Echoenergia.

Por fim, dia 7, a Ser Educacional reúne acionistas em AGE para discutir incorporação da controlada Centro Educacional e Desportivo Fase.

(Com Bloomberg)

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