Participação do Brasil no mercado mundial de carbono é de apenas 8%

Brasil perde para China e Índia, cujas participações são de 35% e 29%. Problema pode ser falta de regulamentação

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O mercado mundial de créditos de carbono movimenta cerca de US$ 30 bilhões por ano. No entanto, a participação do Brasil nesse setor é de apenas 8%, menos do que a participação da China, de 35%, e da Índia, de 29%.

Para o integrante do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Marco Antônio Fujihara, o problema é a falta de regulamentação, que dificulta a inserção do País no mercado de carbono.

Barreiras

Embora os títulos resultantes de RCEs (reduções certificadas de emissões) sejam comercializados na BM&F (atual BM&FBovespa) desde 2006, grande parte das transações ainda é feita por meio de contratos de balcão, realizados em agências bancárias. “Temos muitas ferramentas para calcular créditos, mas precisamos partir para a ação”, disse.

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A declaração foi feita na semana passada, durante o seminário “Como as mudanças climáticas impactam os negócios?”, realizado na sede da Fiesp.

Os RCEs possuem natureza jurídica de valor mobiliário para efeito de regulação, fiscalização e sanção por parte da CVM (Comissão de Calores Mobiliários). No entanto, a CVM não é legalmente reconhecida como a responsável pelo registro e validação das entidades operacionais designadas, o que dificulta as transações.

O tema foi discutido em uma mesa-redonda, que contou com a participação de Otávio Vianna, do BNDES, de Alexandre Heinermann, da empresa especializada em mercado de capitais KPMG, de Roberto Gonzáles, da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), e do diretor de Meio Ambiente da Fiesp, Gilberto Barbero.

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Principais players

Hoje, no Brasil, os principais geradores de créditos de carbono são os usineiros, que vendem cotas decorrentes da geração de energia elétrica a partir da biomassa. Os compradores são países que precisam reduzir emissões de gases de efeito estufa, com destaque para o Japão e as nações européias.