Parfin anuncia tecnologia que impede que Amazon acesse criptos de clientes

Empresa fundada por brasileiros diz que novidade a deixa à frente da concorrência na América Latina quando o assunto é custódia de cripto

Paulo Barros

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A fintech global de criptomoedas Parfin, de origem britânica e brasileira, anunciou nesta terça-feira (3) que começará a utilizar em sua plataforma de custódia uma tecnologia que cria uma nova camada de segurança para isolar dados de clientes (incluindo chaves criptográficas) de acesso de terceiros – incluindo os funcionários de serviços em nuvem da Amazon e da Microsoft.

Por meio de uma parceria com a Anjuna Confidential Cloud, a Parfin irá introduzir o que se conhece como MPC, ou Multiparty Computing Cryptography (Computação Multipartidária Segura, em tradução livre), que usa enclaves dos armazenamentos em nuvem Amazon Web Services e Azure para impedir que sistemas e técnicos das empresas tenham acesso às informações guardadas em seus próprios servidores.

A solução, segundo a Parfin, é necessária porque o uso de ativos digitais em blockchain não impede que as chaves que concedem a propriedade das criptos sejam expostas. Hackers sofisticados podem, portanto, orquestrar roubo dessas senhas para tentar desviar os ativos das carteiras, de modo que a indústria precisa se mexer para eliminar essa lacuna.

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“A Anjuna forneceu o nível de segurança que imaginávamos para nosso sistema Parfin MPC Custody”, disse Alex Buelau, diretor de tecnologia e cofundador da Parfin. “Agora, podemos garantir que os compartilhamentos de chaves distribuídas de nossos clientes sejam protegidos por uma camada adicional de enclaves seguros que não seria possível sem a Anjuna”.

Segundo Buelau, a tecnologia do parceiro foi recentemente contratada pelo Ministério da Segurança de Israel, o que seria mais um indicativo do nível de confiabilidade da solução. Com isso, defende o executivo, a startup que opera no Vale do Silício se colocaria à frente de todos os serviços de custódia de criptomoedas da América Latina quando o assunto é segurança.

“Com tanto em jogo, é fundamental que as finanças digitais vão além das tecnologias MPC para fechar a potencial exposição que existe atualmente durante o tempo de execução nos servidores”, disse Ayal Yogev, cofundador e CEO da Anjuna.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos