Parente fala sobre planos para Petrobras; Fies “turbo”, Vale e mais 6 notícias no radar

Confira o que é destaque no noticiário corporativo desta segunda-feira (29)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Os olhos do mercado brasileiro se voltam para a fala da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado e para as chances maiores de alta de juros pelo Federal Reserve. Contudo, o noticiário corporativo segue movimentado e pode mexer com diversas ações da Bovespa. Confira o que é destaque nesta segunda-feira (29): 

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) e a Statoil assinarão Memorando de Entendimentos em 30 de agosto por maior cooperação. As companhias realizarão coletiva de imprensa para assinatura do memorando de entendimentos, disse Elin Isaksen, porta-voz da Statoil, para a Bloomberg.

A estatal ainda afirmou que a a Aframax Madre de Deus deve carregar o 1º petróleo produzido pela plataforma FPSO Cidade de Saquarema nos próximos dias, de acordo com comunicado. A FPSO Cidade de Saquarema iniciou suas operações em 8 de julho e a produção fará parte do petróleo comercializado como Lula. A FPSO tem capacidade para produzir 150.000 barris/dia de petróleo; capacidade para armazenar 1,6 milhão de barris.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Por fim, destaque para a fala do presidente da Petrobras, Pedro Parente, em evento em Stavanger, na Noruega. Parente afirmou que a meta de desinvestimento da empresa está mantida e que quer reduzir a dívida da companhia pela metade em três anos e que a empresa terá metas altas de desinvestimento nos próximos dois anos. Ele ainda afirmou que espera receber ofertas pela BR Distribuidora até o fim do ano. 

Vale 
O deslizamento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), no final do ano passado foi causado por um erro de projeto da barragem, segundo afirma o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. A tragédia se deu, aponta ele, por um erro de projeto e foi agravado por novos erros em alterações feitas na estrutura quando ela já estava em uso.

Segundo ele, os dados serão apresentados nesta segunda-feira em Belo Horizonte pela Samarco por um grupo de especialistas estrangeiros contratados pela mineradora. “São geólogos e sismólogos responsáveis por perscrutar os maiores acidentes com barreiras ocorridos no planeta nos últimos dez anos”. Hoje, a Vale (VALE3;VALE5), a BHP Billiton e Samarco apresentam à imprensa resultado da investigação encomendada à Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana às 15h. 

Continua depois da publicidade

Aliansce
A Aliansce (ALSC3) convocou AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para tratar de fatia no Shopping Leblon. A fatia é detida por Renato Feitosa Rique, diretor presidente da Aliansce por meio do Fundo de Investimento em Participações Bali e da RLB Empreendimentos e Participações, segundo comunicado. Em razão do vendedor ser parte relacionada, a companhia tomou as seguintes medidas: criação de comitê especial composto por pessoas indicadas por membros do conselho que não são parte relacionada para avaliar a aquisição; abstenção de voto da parte relacionada na reunião do conselho que avaliou a aquisição. A convocação da AGE para deliberar sobre a Aquisição para 13 de setembro, às 10 horas.

BM&FBovespa
Conforme informa o Valor Econômico, no momento em que as expectativas de uma possível recuperação econômica começam a ficar mais nítidas, o que tende a trazer bons ventos para o mercado acionário, a reforma dos segmentos especiais de governança corporativa da BM&FBovespa (BVMF3) parece não empolgar os participantes.

Associações que representam acionistas e as companhias, por exemplo, ainda não se manifestaram faltando só duas semanas para o fim do prazo de envio de sugestões. Contudo, especialistas já identificaram pontos que prometem esquentar as discussões, como a norma que obriga a realização de uma OPA (oferta pública de compra de ações) por investidor que adquirir 30% de uma companhia. Outro ponto crucial é o possível risco de aumento de custos para as empresas.  

Brasil Pharma
 Leonardo Souza Campos assumiu a função de diretor financeiro e de RI da Brasil Pharma (BPHA3). 

Brookfield
A Brookfield (BISA3) informou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deferiu pedido de cancelamento de registro categoria B da companhia.

CCR
A CCR (CCRO3), segundo o Valor Econômico, estima entregar a linha 2 do metrô de Salvador (BA), passando a operar o terceiro maior sistema metroviário do país, com 41 km de extensão quando ganhar mais dois pequenos trechos. Fica atrás apenas dos metrôs de São Paulo e do Rio. 

Porto Seguro
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Porto Capital, braço de investimento criado pela seguradora Porto Seguro (PSSA3) para a compra de participações em empresas, está em fase final de captação de R$ 400 milhões para investir em companhias de médio porte. Os aportes em aquisições de participações minoritárias começarão a partir de janeiro, afirmaram ao ‘Estado’ Aníbal Messa e Frederico Mesnik, cogestores do fundo.

A gestora já está em conversas avançadas com pelo menos três empresas para fazer esses aportes. Duas delas têm faturamento de cerca de R$ 60 milhões – uma atua no segmento de produtos para pets e a outra em rastreamento de veículos. A terceira companhia é de tratamento de água e tem receita de cerca de R$ 100 milhões.

Educacionais
Destaque para notícia que pode mexer com as ações de educacionais como Anima (ANIM3), Estácio (ESTC3), Kroton (KROT3) e Ser Educacional (SEER3). Segundo o Valor, o MEC e as instituições de ensino superior estão debruçados sobre as fontes de crédito privado possíveis para a viabilização do “Fies Turbo” – nova modalidade do financiamento estudantil prometida para ser lançada em janeiro. Entre as opções analisadas estão o uso dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou a contratação de um empréstimo consignado para amortização do financiamento estudantil, além da criação de Letras de Crédito Estudantil (LCE) e redução de compulsório para os bancos que concederem o crédito universitário.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.