Parceria entre gigantes no exterior impulsiona Cetip e derruba BM&FBovespa

No momento, a Cetip é a principal concorrente da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), uma subsidiária da BM&FBovespa, nos serviços de custódia e liquidação

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – A parceria entre NYSE Euronext e ICE (Intercontinental Exchange), que deve criar o maior grupo de bolsas do mundo, está impactando duas ações listadas no Brasil. Às 12h45 (horário de Brasília) desta quinta-feira (20), os papéis da BM&FBovespa (BVMF3) recuavam 3,15%, aos R$ 13,84, enquanto os ativos da Cetip (CTIP3) registravam alta de 3,20%, aos R$ 25,18.  

No momento, a Cetip é a principal concorrente da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), uma subsidiária da BM&FBovespa, nos serviços de custódia e liquidação. “E se a nova bolsa decidir entrar no Brasil, deve usar os serviços da própria Cetip”, afirma Clodoir Vieira, economista-chefe da Souza Barros. A NYSE já demonstrou interesse em abrir bolsa no Brasil. E pior: agora a NYSE conta com a ICE, que é a maior acionista individual da Cetip, com 12,3% do capital da brasileira – segundo dados da BM&FBovespa referentes ao dia 22 de outubro. 

A perspectiva é que as empresas tenham maior “know-how” através das sinergias da NYSE, ICE e a própria Cetip, na instalação de uma bolsa de valores no Brasil, seja para commodities – especialidade da ICE -, seja para o mercado acionário – no qual a NYSE é a maior do mundo. “E certamente ela irá usar os serviços da sua parceira”, destaca. 

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Se isso cria valor para o acionista da Cetip, ela potencialmente pode deteriorar as margens da BM&FBovespa – já que a concorrência derruba os preços cobrados por ela. “É essa expectativa que move as ações nessa sessão, já que a BM&FBovespa teria uma forte concorrente”, finaliza Vieira.